A CPTM estreará nesta terça-feira, 04, o “Serviço 710”, nada mais do que a fusão operacional das linhas 7-Rubi e 10-Turquesa, e que já foram unidas num passado distante. Embora tenha preferido manter a identidade dos dois ramais, na prática é como se a companhia tivesse recriado uma “super linha”, com cerca de 100 km e que seria capaz de transportar cerca de 900 mil pessoas por dia fora da pandemia.
A nova operação, que passará a valer durante todo o período de funcionamento, incluindo fins de semana e feriados, promete melhorar a vida dos usuários por eliminar a necessidade de troca de trens em Brás, mas para muita gente a mudança ainda deve causar dúvidas.
Por conta disso, o site preparou uma lista de potenciais perguntas e que foram respondidas com base em dados oficiais e informações obtidas indiretamente. Confira as respostas e comente se não encontrar algo – atualizaremos o artigo conforme surjam novas perguntas pertinentes.
Como vão funcionar as plataformas da estação Brás com o Serviço 710?
A plataforma 1 (utilizada pela Linha 10) passará a ter como destino a estação de Jundiaí. Os passageiros que desejaram seguir viagem além da estação Brás não precisarão mais fazer a troca de plataforma.
Onde o novo serviço vai parar na estação da Luz?
O novo serviço deverá parar na plataforma 1 da estação Luz quando estiver indo sentido Jundiaí/Francisco Morato. Quando o trem estiver com sentido Rio Grande da Serra ou Mauá ele vai parar na plataforma 2 (central). Para o passageiro da Linha 7, a operação na estação da Luz pouca coisa muda, mas para o da Linha 10 será uma grande melhoria.
O intervalo entre os trens vai ser reduzido?
A expectativa é que o intervalo em horário de pico se mantenha próximo dos 6 minutos no trecho Francisco Morato-Mauá. Esse tempo é levemente maior ao que já é praticado na Linha 10. Em contrapartida, os passageiros não precisarão realizar transferências, o que representa economia de tempo em geral. Segundo a CPTM, o intervalo nas pontas de linha serão de 12 minutos (trens intercalados)
Vou poder ir de Jundiaí a Rio Grande da Serra pagando uma passagem?
Sim, apenas com o pagamento de uma tarifa (R$ 4,40) o passageiro poderá utilizar o serviço em qualquer distância que desejar, assim como ocorre em toda a rede metroferroviária.
Os novos trens da Série 9500 vão circular no trecho da Linha 10?
Sim, os trens coreanos da Série 9500 passarão a prestar serviço na Linha 10-Turquesa. Os maquinistas e os trens já foram devidamente habilitados para possibilitar que o serviço passe a operar no novo trecho.
A CPTM vai usar os trens espanhóis no novo serviço?
Os trens espanhóis da Série 2100 não deverão ser utilizados neste serviço. Sua atuação deverá ficar restrita apenas ao Expresso ABC
E o Expresso Linha 10 continuará funcionando?
O Expresso seguirá operando nos horários de pico da manhã e da tarde, atendendo os passageiros entre Tamanduateí e Santo André.
As extensões operacionais vão retornar fora do horário de pico?
Não. A idéia é que seja feito um loop interno com trens intercalados. O passageiros de Rio Grande da Serra e Jundiaí não precisarão realizar transferências para chegar aos seus respectivos destinos. Entretanto, o passageiro que estiver no trecho entre Francisco Morato e Mauá deverá se atentar ao destino do trem. Fora do horário de pico, os trens circulam ao longo de todo o trecho.
E se um trem quebrar? Ele vai prejudicar todo o serviço ou apenas uma das linhas?
Trens que apresentam avaria podem causar prejuízos para a operação de forma total ou parcial. Dependendo do local da ocorrência e do tipo de falha, o serviço poderá ser comprometido em toda sua extensão, mas espera-se que a CPTM tenha estudado estratégias para mitigar tais problemas.
Vai ter trem suficiente para uma viagem tão longa?
Sim, a frota de trens das linhas 7-Rubi e 10-Turquesa unificadas será o suficiente para que o Serviço 710 possa operar com o mínimo impacto. A frota de trens da Linha 7-Rubi é composta por 30 trens da Série 9500 enquanto a Linha 10-Turquesa possui 13 trens da Série 7000, 8 trens da Série 7500, além de 6 trens para o Expresso Linha 10 da série 2100. Os 5 trens da Série 3000 encontram-se fora de serviço.
A previsão é que o Serviço 710 opere com cerca de 40 trens nos horários de pico.
Como fica a questão da privatização da Linha 7 no futuro? Essa “super linha” será concedida por inteiro?
O governo não se pronunciou a respeito. Por enquanto, o projeto do Trem Intercidades só inclui a Linha 7-Rubi, mas não será surpresa se a gestão Doria resolver conceder a Linha 10-Turquesa também.
Todas as linhas – Rio Grande da Serra/Jundiaí – Rio Grande da Serra/Brás – e vice-versa continuarão a ter integração com a linha 2 Verde do Metrô?
Sim, não há mudança em relação à integração com o Metrô.
Como fica a questão da privatização da Linha 7 no futuro? Essa “super linha” será concedida por inteiro?
Todas as linhas – Rio Grande da Serra/Jundiaí – Rio Grande da Serra/Brás – e vice-versa continuarão a ter integração com a linha 2 Verde do Metrô?
Muito bom esta unificação, nunca deveria ter deixado de ser uma linha única ou então quando a CPTM mudou a nomenclatura de suas linhas de letras (A, B, C, D, E e F) para as atuais (7. 8, 9, 10, 11 e 12) deveriam já unificar as então Linhas A e D, mas antes tarde do que nunca! Esta foi uma das melhores notícias recebidas ultimamente. Uma dúvida que ficou é: para o passageiro que quiser seguir viagem até Jundiaí, precisará fazer a inconveniente baldeação na Estação Francisco Morato ou não será mais necessário?
Decisão corretíssima esta “Reunificação”, destas linhas que nunca deveriam sido separadas (sempre foram uma só criando a Linha Integradora-710 a antiga Santos a Jundiaí), pois flexibiliza a mobilidade, estas linhas redistribuem o fluxo entre todas linhas Metrô Ferroviárias e reduzem de forma significativa os tempos de viagens e as múltiplas baldeações desconfortáveis e desnecessárias, além de as redistribuir, e passar a integrar e englobar todas linhas Metrô Ferroviárias existentes, restando as futuras Linha 15-Prata e 5-Lilás no Ipiranga e priorizar a construção de Água Branca, cujo projeto já está em andamento, e englobar todas as linhas independente da pandemia, e ira beneficiar um número maior de usuários, parabéns pela correção com esta decisão sensata!
Trens Metropolitanos sempre devem ser prioritários em relação aos futuros TIC -Trens Intercidades, pois comprovadamente beneficiam um número expressivamente maior de usuários diariamente, desta forma era insensato a retirada das Linha 7-Rubi de sua chegada na Luz, da mesma forma a Linha 10-Turquesa, que possuem o mesmo número de passageiros, portanto foi acertada sua reunificação, esta importantíssima constatação deve ser levada em conta nos planejamentos do Plano Diretor e antes de se fazer quaisquer concessões precipitadas, para demonstrar isto vejamos os números;
De acordo com dados da própria CPTM, foram as seguintes as demandas mensais das Linhas 7-Rubi e 10-Turquesa no ano de 2020;
Fevereiro (antes da pandemia) – Linha 7- ~7.700 mil , linha 10- ~7600 mil
Agosto (durante a pandemia) – Linha 7- ~5.070 mil , linha 10- ~4800 mil, ficando comprovado que não existe praticamente diferenças entre elas.
As estimativas de demanda é de que o Trem Intercidades até Campinas, atinja no máximo 15% deste total o que perfaz ~305 mil.
“Um fracassado é um homem que cometeu um erro e não é capaz de transformar em experiência” E. G. Hubbard
Coitado dos maquinista num viagem so sem ir ao banheiro de riogrande da serra ate jundiai
Nenhum maquinista vai conduzir um trem por todo esse trecho.
Salvo engano, o maior trecho em que eles conduzem é entre Brás e Jundiaí (ou de Jundiaí a Brás).
Nao sabia que tinha inaugurado o expresso ABC,quando eu morava no tamanduatei ainda era um projeto que nao saia do papel (2014).
O projeto original do Expresso ABC (Luz-Mauá) nunca saiu do papel.
O que existe é um pequeno e modesto serviço expresso entre Santo André e Tamanduateí (com parada intermediária em São Caetano do Sul).
Este serviço funciona apenas em dias úteis e só em horários de maior movimento da manhã e da tarde/noite.
É composto por um único trem que vai e volta prestando serviço, nos dois sentidos, por uma única via (singela), já que é utilizada a via central (auxiliar) já existente na linha (ou seja, nada foi construído à parte). Este serviço NÃO interfere no serviço regular da linha. Mas, por possuir só uma única via para o expresso, só pode circular um único trem (como já citado), fazendo com que o intervalo médio praticado entre uma partida e outra (no mesmo sentido de operação: Tamanduateí OU Santo André) seja de longos 30 min. Portanto, só há 2 viagens/partidas de trem por hora e por sentido durante a operação desse serviço.
Victor
Os gestores tiveram muito tempo para planejar esta reunificação, esta insistente postergação já passou o momento de terminar, pois ao invés de se investir e capacitar as linhas existentes da CPTM para receber e redistribuir um fluxo muito maior de usuários, os gestores de SP criaram uma mentalidade expansiva com metrô e conservadora com os trens suburbanos, e ficam anunciando e cancelando múltiplas linhas coloridas de Metrô com prazo longo de execução, sem se concluir as expansões que já estavam iniciadas e incompletas, portanto já passou a hora de se exigir uma solução definitiva para esta crônica saturação da Luz.
Com a construção da estação *Bom Retiro e revitalização da Julio Prestes, é perfeitamente possível a reunificação, com a reversão desta mutilação das linhas 7 e 10, ou seja, exatamente como era em passado em linha única, quanto ao Expresso ABC (Luz-Mauá), existiu sim, eu mesmo utilizei dele várias vezes, linha esta que no passado foi utilizada como expressa singela com paradas na Luz, Brás, São Caetano, Sto André e Mauá (não existia ainda Tamanduateí acessível) com sentido de maior fluxo, pois da forma como estava antes desta reunificação era inviável para quem usasse a Linha 10-Turquesa acessar as Linhas Azul e Amarela no Brás, é mais fácil e cômodo utilizar a Linha 2-Verde com tempo de viagem evidentemente maior.
*Existe também a opção Nova Luz em relação ao Bom Retiro, que por ser subterrânea seu custo é maior e longo prazo de execução.
Mais uma vez , parabéns ao qualificado pessoal de engenharia de operações que veio do Metrô e está modificando a CPTM para melhor !
E os antigos números e cores da Linha, serão mantidos?
Pergunta:
A unificação das linhas 7 e 10 da CPTM deve trazer mais passageiros, inclusive nos horários de pico, para a já saturadíssima (pelo menos até antes da pandemia) Estação da Luz?
Resp.:
Provavelmente sim. Na prática, será como se, além da L7 (e a L11), a L10 chegasse também diretamente à Luz. Assim, tornando-se mais atrativo seguir, por exemplo, até a Luz pela L10, para acessar o centro e a L4-Amarela diretamente com uma única transferência, do que se transferir para o Metrô em Tamanduateí (L2).
Portanto, de modo geral, vejo essa unificação como algo muito positivo. O único risco (possível aspecto negativo) é para a própria Luz, devido à sua atual estrutura.
Mas, por outro lado, a unificação é boa para a rede e, em especial, ótima para a L2-Verde e, claro, também para as duas linhas unificadas (7 e 10). Pode desafogar um pouco também a transferência Consolação (L2)—Paulista (L4) indiretamente e talvez até a estação Brás da CPTM.
Vale ainda ressaltar que o retorno da L10 à Luz era/é uma condição ESSENCIAL para a expansão da L2 (a fim de desafogar Tamanduateí e a própria L2) e para a futura integração em Ipiranga com a L15-Prata cumprir o seu verdadeiro papel: atrair passageiros do monotrilho com destino ao centro, Barra Funda, Água Branca, Lapa, etc., desafogando Vila Prudente das linhas 2 e 15 e a própria L2.
Quando houver alguma falha (seja do lado da L7 ou da L10), é possível, por exemplo, segregar as linhas novamente em Brás até a operação ser totalmente normalizada, minimizando assim o tamanho do trecho afetado negativamente pela falha.
Na minha opinião, acredito que a possibilidade de que, após a pandemia, a demanda, mesmo que certamente aumente, não retorne aos patamares pré-pandemia (devido à “nova cultura” do home office) foi um dos motivos para a CPTM tomar essa decisão antes mesmo de construir uma nova área de transferência, na Luz, para a Linha 4 (o que está previsto para ocorrer nos próximos anos).
Vale ainda ressaltar que o retorno da L10 à Luz era/é uma condição ESSENCIAL para a expansão da L2 (a fim de desafogar Tamanduateí e a própria L2) e para a futura integração em Ipiranga com a L15-Prata cumprir o seu verdadeiro papel: atrair passageiros do monotrilho com destino ao centro, Barra Funda, Água Branca, Lapa, etc., desafogando Vila Prudente das linhas 2 e 15 e a própria L2.