A Secretaria dos Transportes Metropolitanos (STM) publicou no Diário Oficial desta quarta-feira, 1, nova resolução que prevê uma redução ainda maior da oferta de transporte público no Metrô, CPTM e EMTU. Até março, esse limite era de 35% e passará a ser de 65% em abril. Na prática, a medida permite que as empresas reduzam a frota disponível em praticamente dois terços. Um exemplo é a Linha 5-Lilás, que em dias normais operava com 25 composições nos horários de pico e agora poderá funcionar com um mínimo de nove trens.
A informação mais recente do governo indicava que a demanda nas linhas de metrô havia caído 83% enquanto na CPTM esse índice era de 76%. Em números absolutos, é um total superior a 5 milhões de viagens em ambas diariamente. Agora, esse volume deve ser ainda mais reduzido caso as duas companhias atinjam esse limite. A falta de funcionários também tem obrigado tanto as empresas do estado como as concessionárias a fecharem acessos e bilheterias.
Dependente de alguns serviços cujo trabalho presencial é crucial, São Paulo tem visto aglomerações em estações e trens nos últimos dias. Os intervalos praticados estão bem maiores, fazendo com que os poucos usuários acabem lotando algumas viagens em horários de pico. Na segunda-feira, 30, a Linha 11-Coral precisou receber trens extras para dar conta da demanda, segundo a STM que afirma também monitorar em tempo real as 12 linhas em operação para identificar possíveis gargalos.
Linha 15-Prata segue fechada
Enquanto mantém uma oferta pequena na rede, o Metrô permanece com a Linha 15-Prata inoperante. O ramal de monotrilho completou um mês parado após problemas que ocasionaram a explosão de pneu. O consórcio CEML, formado por OAS, Queiroz Galvão e Bombardier, está executando correções nos trens e nas vias para evitar que o incidente se repita. Segundo relatos, algumas vigas-trilho estão tendo a superfície remoldada para reduzir os solavancos nas composições.
A STM afirmou na semana passada que a Linha 15 permanecerá fechada por prazo indeterminado por conta da baixa demanda e falta de funcionários. Enquanto isso, o sistema Paese, com ônibus gratuitos, continua acionado no trecho onde o ramal funcionava.