Em mais uma ação para tentar conter a disseminação de doenças contagiosas dentro de suas estações e trens, o Metrô de São Paulo lançou nesta segunda-feira, 22, um chamamento público para que empresas apresentem um projeto piloto de monitoramento de temperatura corporal e detecção de uso de máscaras de proteção.
Entre os requisitos apresentados pela companhia estão o funcionamento remoto e que disponha de ferramentas de gestão e inteligência artificial capazes de identificar usuários com febre ou sem estarem portando as máscaras de proteção, atualmente exigidas para acessar as linhas metroferroviárias de São Paulo.
O processo não tem custo para o estado e não vincula qualquer solução apresentada a uma possível e futura adoção. O Metrô pretende analisar as propostas para então definir se lança uma licitação de aquisição do sistema.
A adoção da medição em massa da temperatura corporal está entre as medidas tomadas pelo governo chinês após a pandemia do coronavírus surgir na província de Wuhan. O sistema utiliza a medição de radiação infravermelha para mapear a emissão de calor das pessoas e assim apontar possíveis indivíduos febris. A imagem acima, de uma estação de metrô chinesa, mostra como a tecnologia funciona: tons esverdados significam temperatura normal enquanto os vermelhos indicam um estado febril (acima de 36,5ºC), um dos sintomas de infecções.
No entanto, o Metrô também quer que a tecnologia consiga identificar pessoas sem máscaras, um fato extra de complexidade. Resta saber como a companhia procederá ao identificar esses usuários. Se haverá algum tipo de interpelação para evitar que acessem os trens em caso de febre. Com mais de 4 milhões de viagens diárias, o Metrô paulista possui estações abarrotadas que certamente desafiarão a logística de controle de acesso desses passageiros.
Outra dúvida diz respeito a uma possível invasão de privacidade já que as câmeras registram imagens e comparam padrões. Há alguns anos, a ViaQuatro implantou um sistema de painel publicitário que reagia às expressões dos usuários da Linha 4-Amarela, mas acabou retirando o equipamento após protestos.
O edital de chamamento tem prazo de entrega dos projetos marcado para o dia 22 de julho.
Bom questionamento no texto!
Mesmo que tenha essa tecnologia, o Metrô agirá como nesses casos?
Porque se fôssemos depender da fiscalização que já não é muito competente para enfrentar o comércio ilegal, artistas “de rua” e a mendicância…
Não tenho mais visto ninguém ser abordado nessas situações.
É até um milagre a maioria do povo ainda estar respeitando a exigência de máscara no transporte público!
A fiscalização depende de mão-de-obra.
Mas, ao invés de escrever aos deputados estaduais cobrando mais recursos para o metrô de São Paulo contratar mais agentes de segurança, a sociedade prefere criticar e prejudicar o trabalho dos poucos agentes existentes. A Assembléia Legislativa custa R$ 1,2 bilhão/ano para a sociedade paulista bancar. Se custasse 1/3 disso, o estado teria recursos para mais investimentos, incluindo dobrar a força de segurança do metrô.
Enquanto São Paulo possui 1200 agentes de segurança, a Cidade do México possui 5 mil agentes de polícia e 1200 agentes patrimoniais do próprio metrô.
Vc acha mesmo que essa preocupação toda é com covid (uma doença que cedo ou tarde vai passar)? Quando passar, vcs acham que o governo abrirá mão desse tipo de controle? O governo de sp busca cada vez mais ter controle sobre a população (vide o monitoramento dos celulares), e muita gente é ingênua o suficiente para acreditar que é (só) pelo seu bem. Vamos ver se haverá protestos contra esse plano ou se, dessa vez, a chantagem emocional do covid será suficiente para amainar os ânimos.
Quem não deve, não teme…