A inclusão do Trem Intercidades até a cidade de Sorocaba não fará parte da licitação que concederá as linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda para a iniciativa privada. A afirmação foi feita pelo presidente da CPTM, Pedro Moro, durante a 26ª Semana de Tecnologia Metroviária, promovida pela AEMESP, associação de engenheiros e arquitetos de metrô.
Moro desmentiu seu ex-chefe, o secretário licenciado Alexandre Baldy, que em mais de uma ocasião admitiu essa hipótese. A favor do presidente da CPTM pesa o fato de que os documentos preliminares da concessão não traziam qualquer referência à inclusão do serviço de trem regional até Sorocaba. Segundo uma fonte ouvida pelo site tempos atrás, essa possibilidade nunca existiu.
Apesar disso, seria natural que o Trem Intercidades fosse incluído nesse pacote afinal eles terão de compartilhar as mesmas vias e concentrar tudo em apenas um grupo facilitaria a estratégia de operação. Algo assim ocorrerá em outra licitação, a do TIC até Campinas e Americana, que incluirá o Trem Intermetropolitano e a Linha 7-Rubi. Uma das possibilidades para a ideia não ter sido levada à frente é o fato de que poderia atrasar todo o processo, que é o mais adiantado entre as concessões da CPTM.
Edital atrasado
Outra previsão de Baldy, a de que o edital das linhas 8 e 9 seria publicado na primeira quinzena de agosto, acabou não sendo cumprida. Paulo Galli, secretário executivo dos Transportes Metropolitanos e que responde pela pasta atualmente, afirmou também na semana passada que o projeto está na fase final de modelagem.
“A gente acredita que entre setembro e outubro devemos estar com isso pronto para mostrar aos comitês internos. Havendo aprovação, encaminhar para publicação e avançar”, disse. Se esse cenário se confirmar, é provável que um vencedor seja conhecido até março de 2021 caso não surjam imprevistos.
Com prazo de 30 anos, a concessão prevê investimentos em novas estações, reformas e adequações, aquisição de 30 trens e implantação do sistema CBTC de sinalização a fim de reduzir os intervalos. Apenas nos primeiros seis anos da concessão, haverá um investimento estimado em R$ 2,6 bilhões a cargo do parceiro privado. As duas linhas atendiam diariamente antes da quarentena pouco mais de um milhão passageiros, total que deve atingir 1,150 milhão nos próximos anos.
Mesmo sem qualquer disposição sobre o trem intercidades para Sorocaba, seria prudente ao menos ser disposto neste edital de concessão a possibilidade de sua implementação. Isso pode jogar para um momento posterior este projeto, mas ao menos evita ter que ocorrer uma renegociação com a empresa que ganhou a concessão para a passagem dos trens ou até mesmo a criação de alguma resistência quanto a este projeto por quem estiver administrando as linhas Com isso um projeto futuro teria a possibilidade de ser estudado com mais calma o projeto, permitindo atrair mais interessados que além de terem a necessidade de compartilharem vias, teriam que aportar, em tese, recursos para construção de trechos de segregação, retificação de outros.
Tomara que exista essa consciência e que essa concessão não seja apenas para pequenos acréscimos aos ramais.
A elaboração dos contratos de concessões por possuírem prazos longos, acima de trinta anos devem ser minuciosamente descritos com a colaboração do sistema jurídico, não devendo dar margens a interpretações dúbias, assim como já aconteceram com os trens intercidades que não se previu compartilhar trens de passageiros com os de carga, aquele bloqueio para os trens da Linha 13-Jade não terem acesso ao aeroporto de Guarulhos e inúmeros outros, no entanto percebe-se uma atitude afoita dos gestores principalmente nas proximidades dos períodos eleitorais.
A exclusão do serviço de trens de passageiros intercidades entre a capital e Sorocaba no pacote de concessão, com prazo para ser executado é o verdadeiro motivo neste contrato de concessão ainda estar pendente, pois caso isto aconteça se irá entregar o filet mignon e ficar com o osso e será mais uma vez o estado subsidiando o privado ou seja se privatiza o lucro e socializa o prejuízo, e após isso ocorrer não adiantará lamentar.
Seja quem for que vá assumir essa concessão, vai querer apenas lucrar e investir o mínimo possível, e o prazo para as aquisições das novas composições, se não for 15, poderá ser 18, ou até 24 meses para compra que é uma preocupação menor e irrelevante, pois foi algo não exigido nas concessões das Linhas-4, 5 e não será na 15, e conforme já mencionei em meus comentários anteriores, foi colocada como um jabuti nas negociações para desviar a atenção dos incautos, e sim com as reforma e as modernizações de estações, rede aérea, subestações elétricas, via permanente, oficinas, sinalização, enfim toda infraestrutura que requerem maiores investimentos.
“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo tempo; Mas não pode-se enganar a todos por todo tempo” Abraham Lincoln.
e qual a surpresa? alguém realmente acreditava que o TIC até Sorocaba saia? um grande investimento para uma demanda de 25 mil por dia?
e sobre a concessão das linhas 8 e 9, volto a falar: ou o governo abre as pernas, ou a concessão não sai.
Acorda CPTM, tem uma linha que vai de Sorocaba pra São Roque, de ônibus, se a CPTM usar um pouco a cabeça, será uma opção pro sorocabano e toda região de Sorocaba ir pra São Paulo, sem depender da Cometa. Depois, se for o caso, Sorocaba banca um vlt até São Roque. O que não entendo é a linha 8 terminar em amador Bueno. Faz pelo menos em linha singela. E vê se coloca essa opção no edital.