A retomada das obras da Linha 6-Laranja, a partir do próximo dia 6 de outubro, está perto de ser confirmada. A Linha Universidade, concessionária criada pela construtora Acciona para assumir o projeto, dará mais um passo para garantir o projeto nesta sexta-feira, 2, quando emitirá títulos de debêntures no valor de R$ 1 bilhão para oferecê-los no mercado financeiro.
Embora não esclarecida pelo governo, a medida deve fazer parte das condições do contrato de compra da concessão da Move São Paulo no primeiro semestre. Um sinal disso é que a emissão das debêntures também envolve assumir dívidas e financiamentos da antiga concessionária assim como o pagamento de R$ 210 milhões pela parte dela na PPP (Parceria Público-Privada), diz documento a que o site teve acesso.
Entre os credores está o BNDES, o banco de fomento do governo federal, do qual é esperado um futuro financiamento de longo prazo. A Linha Universidade, inclusive, condiciona a recompra dos títulos a obtenção desse empréstimo a juros mais baixos e que é condição-chave para que a linha de metrô possa ser viabilizada. Foi justamente a impossibilidade de contar com esse financiamento que fez a Move São Paulo abandonar as obras.
Linha Universidade deve investir cerca de R$ 6 bilhões
A oferta de debêntures será feita na B3, a Bolsa de Valores de São Paulo, por meio dos bancos Santander, ABC Brasil, BTG Pactual e BNDES. Esses títulos, no entanto, não dão direito a ações da empresa, mas tem como garantia as sócias da concessionária – Acciona Construcción e Acciona Concessiones. Os futuros credores também terão direito a receber valores de indenização que incluem as receitas futuras da concessionária em caso de inadimplência.
O valor de R$ 1 bilhão é apenas uma pequena fração do custo do projeto, calculado em pelo menos R$ 12 bilhões, dos quais metade é de responsabilidade do parceiro privado. Mas trata-se de uma importante injeção de recursos para permitir sua retomada e também oferecer as garantias exigidas pelo governo do estado para autorizar a mudança do contrato de concessão do ramal.
Linha 6 deveria estar pronta neste ano
O projeto da Linha 6-Laranja tem sido um dos mais complicados da expansão metroferroviária em São Paulo. O ramal começou a ser tocado pelo Metrô que chegou a investir em projetos e estudos, mas acabou deixado de lado quando a gestão Alckmin decidiu transformá-lo numa PPP integral.
A mudança atrasou o processo que só teve um desfecho em 2013 quando apenas um consórcio apresentou proposta, o Move SP, reunindo as empresas Odebrecht, Queiroz Galvão e UTC, todas envolvidas na operação Lava Jato, que seria deflagrada nos anos seguintes.
A obra chegou a ter poços escavados e recebeu os dois tatuzões que serão usados para abrir os túneis, mas o atraso nas desapropriações comprometeu o avanço do projeto. A obra parou em setembro de 2016 por falta de recursos. Após várias idas e vindas, o governo Doria conseguiu viabilizar a venda da concessão para a Acciona no final do ano passado.
Agora, o ramal de 15,3 km e 15 estações que ligará a Brasilândia a estação São Joaquim deve ter as obras retomadas nas próximas semanas. Sobre o prazo de inauguração, o governo tem imaginado mais quatro anos até sua conclusão, o que colocaria a data entre 2024 e 2025 se não houver imprevistos. Segundo dados do TCE, a Linha 6 deveria ter sido entregue até o primeiro semestre deste ano.
Ricardo, com tantas novidades nas últimas semanas, acho que está na hora de atualizar aquela sua matéria de andamento das obras de expansão kkk
Que vergonha aquela página, Lucas! Tá mais atrasada que obra do metrô…rs
Vou remontar essa página de uma forma mais bacana em breve. É promessa (não de político)…rs
Hahahahahahah vai ficar show