A contagem regressiva para a conclusão do trecho prioritário da Linha 17-Ouro do Metrô recomeçou nesta quinta-feira (26), quando a companhia assinou contrato com a Coesa Engenharia, após meses em que a licitação ficou parada nos tribunais. Com isso, a contratada poderá em breve iniciar os trabalhos assim que a primeira ordem de serviço for emitida, ainda em dezembro.
Se não houver surpresas, como uma possível ação na Justiça para impedir a execução do contrato (como fez a própria Coesa), a conclusão do contrato deve ocorrer em junho de 2023, ou seja, 30 meses após a emissão da primeira ordem de serviço. Ela prevê que o primeiro trabalho envolva a execução do projeto executivo dos serviços, que incluem a conclusão das obras de sete estações, do pátio de manutenção, lançamento das vigas-trilhos e também atividades complementares como o recapeamento da avenida Roberto Marinho e a construção de um centro esportivo e de lazer.
A execução desse contrato é crucial para que a Linha 17 possa evoluir de forma completa pela primeira. Desde o início das obras, em 2012, o projeto de monotrilho sofre com inconstâncias. A fabricação dos trens, por exemplo, mal chegou a ser realizada pela Scomi, que acabou falindo pelo caminho. As obras a cargo do consórcio Monotrilho Integração tiveram altos e baixos e os contratos de construção de estações e pátio foram rescindidos e substituídos pela empresa Tiisa.
Judicialização
Para tentar colocar um ponto final nessa situação, a gestão Doria rescindiu contrato com o Monotrilho Integração e lançou duas licitações separadas, para sistemas e obras civis remanescentes. Ambas acabaram na Justiça e só tiveram um desfecho há poucos meses.
A fabricação dos trens está a cargo da BYD Skyrail, que começou a trabalhar em outubro na preparação para fornecer 14 trens de monotrilho e sistemas associados. Já a Coesa foi selecionada em setembro após um processo movido por ela ser julgado pelo Tribunal de Justiça com o afastamento da concorrente Constran Internacional, vencedora anterior. No mês passado, outro concorrente, o Paulitec-Sacyr, teve o recurso administrativo negado. O consórcio argumentou que a Coesa não teria condições técnicas e financeiras para assumir o projeto de R$ 500 milhões.
A Coesa (cuja dona é a OAS) foi fundada na década de 70 e possui algumas peculiaridades como endereço oficial em um depósito de máquinas e equipamentos às margens da Via Dutra, em Guarulhos. Além disso, os responsáveis pelos contatos com a comissão de licitaçao do Metrô utilizam e-mails da OAS em vez da Coesa (não há um site no ar). Ignora-se, portanto, as razões de a OAS ter utilizado essa subsidiária na concorrência em vez de participar ela própria.
Acho que o Dória vai fazer de tudo pra inaugurar, nem que seja um trechinho, até 2022, ano de eleições.
quanta incompetência Geral do Governo não tem capacidade de dar uma continuidade nos trabalhos, por enquanto é 2023 do jeito que as coisas andam até 2025 teremos novidade nesse caso.