Trens Metropolis da Frota F voltam à operação comercial na Linha 5-Lilás

Composições que estrearam no ramal em 2002 estavam afastadas de serviço desde março de 2017, quando o sistema de sinalização CBTC foi implantado
Trem da Frota F de volta à operação (STM)

Após mais de 3 anos e meio, os trens da Frota F voltaram à operação comercial da Linha 5-Lilás do Metrô neste sábado (12). Um vídeo da Secretaria dos Transportes Metropolitanos mostra a composição 505 chegando à estação Santo Amaro, em direção à Chácara Klabin.

É o fim de uma novela que dura desde 2017 quando a Bombardier concluiu a entrega do sistema CBTC no ramal hoje operado pela ViaMobilidade. Na época, embora os trens Metropolis fossem equipados com o novo sistema, o Metrô optou por usar a nova Frota P, fabricada pela CAF, e que só possuía o CBTC equipado. Mais numerosa (26 composições), ela facilitaria a expansão dos serviços à medida que mais estações fossem inauguradas.

Enquanto isso, a Frota F ficou parada à espera da finalização dos testes, porém, o processo foi longo e cheio de promessas de retorno. Apenas em junho deste ano, o Metrô e a Bombardier concluíram esse trabalho e repassaram as oito composições para a ViaMobilidade. No entanto, a concessionária também seguiu avaliando os trens em viagens durante a operação, mas sem receber passageiros.

A pandemia do coronavírus também fez a urgência pela entrada dos trens perder sentido já que o movimento de passageiros segue bem inferior a fevereiro, último mês de operação normal. Se nesse período, passavam em média pela Linha 5 quase 590 mil pessoas diariamente, em outubro esse volume foi de apenas 334 mil usuários.

Ao todo, a ViaMobilidade passa a contar com 34 trens operacionais, o que permitirá a redução do intervalo nos horários de pico assim que a demanda voltar ao patamar pré-surto. A volta da Frota F revela o constraste com os trens da Frota P. As composições, que não possuem salão contínuo, também carecem de um painel de estações eletrônico – em vez disso há um adesivo com as paradas acima da porta. Até mesmo o mostrador eletrônico de destino na frente dos trens continua desativado, substituído por um cartaz.

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12 comments
  1. Só por oferecerem uma maior oferta de lugares, seu retorno já é super válido! Estive presente e a sensação foi de nostalgia total!

    Interessante notar que os Operadores estão falando em inglês, mantendo o padrão da ViaMobilidade.

    Alguém sabe dizer quando abrirá novas vagas para Operador de Trem na L5?

  2. A ViaMobilidade tem mostrado muita competência desde que assumiu essa linha. Só precisa aumentar o salário dos Operadores de Trem, coitados. São primordiais para o funcionamento dessa linha, e merecem um salário compatível com a responsabilidade que possuem.

    Será que em breve veremos 30 trens no pico? Seria um sonho.

  3. Apesar da pandemia e numeros menores, nos ultimos 90 dias os trens da linha 5 lilas estavam cheios no horario de pico, o que demonstra claramente a necessidade de mais trens nos horarios de pico da manha e da tarde ! demorou demais esta entrada em operaçao da frota F e nao ha desculpa para isto, muito menos de pandemia !

  4. No texto e citado a entrega do sistema CBTC pela Bombardier, mas no vídeo dentro do trem é mostrado a placa da Alstom. Alguém explica essa questão!

  5. Tem placa da Altom porque eles construíram este trem. CBTC é um sistema dentro de outro tanto de sistemas que compõem um trem.

  6. Só uma observação (talvez irrelevante para alguns, rs): a adoção de assentos trasversais em um trem estreito como esse (assim como a frota P) deixa o corredor ainda mais apertado e desconfortável.

    As frotas novas da CPTM, cujos trens são mais largos do que esse, alternam assentos transversais com laterais frente a frente, a fim de melhorar o espaço do corredor. Mas o Metrô insiste com assentos transversais, um de frente com outro, mesmo em frotas com largura mais estreita (F e P). Resultado: conforto zero para quem vai em pé no corredor.

    🤷🏻‍♂️

    1. Boa observação, Victor.
      Assim como acontece nas indústrias automobilística, eletrodomésticos etc. vale ressaltar da inconveniência de um montador concorrente fazer esta troca de componentes, por questão de garantias o ideal seria seu próprio fabricante. Da mesma forma causa estranheza que os custos e a administração destas instalações e modernizações administradas pelo Metrô, e não pela concessionária.
      Vale lembrar que esta Linha-5 possui modais divergentes das Linhas-1, 2 e 3, e portanto suas composições possuem características próprias que bloqueiam a interpenetração com outras linhas, como bitola, forma de alimentação elétrica, largura de carruagem e finalmente a distância entre as portas, que deveram coincidir obrigatoriamente com o modelo das portas fixas nas plataforma que estão sendo implantadas. (Nesta situação mais uma vez fica clara a importância da padronização).
      A Linha-5 Lilás até poderia se interpenetrar na Linha 2-Verde sem transbordo com intuito de se evitar tumultos e aglomerações, mas infelizmente foi concebida em modais diferentes, porém a boa notícia é que existe um estudo avançado para se estender seu terminal da Chácara Klabin para a Estação Ipiranga da Linha 10-Turquesa da CPTM, assim como já foi confirmado para a Linha 15-Prata.

  7. Fiquei super emocionado com a matéria. Pura nostalgia e charme. Obrigado Via Mobilidade , aos poucos vai mostrando sua competência. Quando puder quero dar uma voltinha em uma destas composiçôes, pois nâo sou fâ da sala continua. Bola pra frente e sucesso… !!!

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