Primeira PPP (parceria público privada) a assumir a construção e operação de um ramal de metrô no Brasil, a Linha 6 Laranja teve um marco no dia 24 de junho. O consórcio Move São Paulo estreou um método inédito de construção no poço VSE Tietê, de onde partirão as duas tuneladoras que escavarão os cerca de 15 km da linha.
Nesse dia foi lançado o primeiro ‘estacão’, uma estrutura com 40 metros de altura e que, junto com as vigas de travamento, serão responsáveis pela contenção das paredes do poço e das saídas de emergência do local. A vantagem do método é dispensar o uso de tirantes para manter a integridade do poço.
O trabalho é dividido em três fases: escavação, instalação da armação e concretagem. Para içar a peça de 40 metros foram usados dois guindastes e uma treliça metálica para dar suporte à armação.
Prazo apertado
O lançamento da primeira parte da estrutura do poço é um dos aspectos visíveis da construção da Linha 6, que também já começa a ser percebida pela população das regiões por onde passará. Já há a interdição e desvio de vias além de trabalhos de demolição em terrenos já desapropriados.
Segundo o consórcio, do VSE Tietê, na marginal do mesmo nome, partirão dois tatuzões, um com destino à estação São Joaquim e outro ao pátio Morro Grande. Eles devem passar primeiro pelas estações e, posteriormente, será feita a escavação das paradas propriamente ditas.
A meta é inaugurar toda a linha até 2020, o que, se for conseguido, significará o menor prazo de construção de uma linha de metrô subterrânea no Brasil.