Projetos e licitações importantes do Metrô e CPTM têm passado por seguidos adiamentos nas últimas semanas sem uma razão aparente, um fenômeno incomum mesmo para um setor que costuma remarcar leilões com certa frequência.
Neste sábado, duas licitações significativas tiveram as datas de recebimento de propostas postergadas, a que prevê a concessão de espaços comerciais em 19 das 23 estações da Linha 1-Azul do Metrô e que envolve a extensão das linhas 11-Coral e 13-Jade entre as estações da Luz e Palmeiras-Barra Funda.
A licitação do Metrô deveria ocorrer na quinta-feira, 25, mas foi remarcada apenas para 28 de abril. O projeto envolve a concessão de 1.200 m² de área para lojas e serviços, que deve render à companhia ao menos R$ 882 mil mensais como participação na receita da futura concessionária. Diante de um prejuízo cada vez maior, a busca por mais receita não-tarifária é uma necessidade urgente, daí a estranheza de ver o certame atrasar.
Já o projeto da CPTM de atualizar a rede aérea e de sinalização, além das vias, entre as estações Luz e Barra Funda passou por mais um atraso, o terceiro seguido. Originalmente, a licitação deveria ter ocorrido no dia 26 de fevereiro, mas foi alterado pela primeira vez para 10 de março. Logo em seguida a companhia remarcou a sessão de recebimento de propostas para esta segunda-feira, dia 22. No entanto, agora o leilão só ocorrerá no dia 8 de abril – se não houver mais atrasos.
A implantação dessa infraestrutura é vital para que a CPTM possa reutilizar as vias entre duas de suas mais movimentadas estações e assim permitir baldeações mais eficientes em Barra Funda, onde há mais plataformas e espaço de circulação do que na centenária Luz. O cronograma, entretanto, é longo – nada menos que 36 meses -, o que faz com que cada atraso jogue a solução mais distante ainda.
Os adiamentos têm ocorrido em várias outras licitações e muitas vezes são justificados por questões técnicas, como esclarecimentos de dúvidas dos interessados. O piora na pandemia também pode ter influenciado na remarcação já que o governo Doria tem tentado reduzir a circulação de pessoas. Pode pesar também o momento pouco favorável para oferecer esses contratos ao setor privado, mas nesses casos não está claro o que tem feito as duas empresas adiarem essas licitações, que foram lançadas há pouco tempo, já em meio ao crescimento de casos de coronavírus no estado.
Esperar o que desse governo? Esse Doria é uma piada
Não façam muito barulho com isso, senão o doriana cancela tudo e passa pra Metra tomar conta.