Desde alguns anos, como revelou o site, o Metrô decidiu estudar a viabiliadade de uma nova linha ligando a Zona Leste à região central de São Paulo. O ramal em questão, batizado de Linha 16-Violeta, apareceu oficialmente nos planos da companhia há pouco mais de um ano, em seu relatório anual.
A proposta era uma alternativa ao fato que a extensão da Linha 6-Laranja entre São Joaquim e Cidade Líder havia sido considerada na época inviável já que o ramal passou a ser uma Parceria Público-Privada (PPP), cujo contrato foi assinado em 2013 com o consórcio Move São Paulo.
Agora, no entanto, a ideia de estender a Linha 6 até a Zona Leste voltou a ser cogitada pelo governo Doria. A informação surgiu num relatório da Secretaria dos Transportes Metropolitanos publicada no Diário Oficial nesta sexta-feira, 14.
Segundo o curto texto, o projeto da nova ligação metroviária da
Zona Leste está “em revisão (da) escolha entre alternativas da
Linha 16 versus prolongamento da Linha 6-Laranja para o
Jardim Brasília”.
Ainda de acordo com a descrição, somente após decidir a alternativa haverá a “elaboração do Projeto Funcional Avançado, Licenciamento Ambiental, Sondagens e Ensaios Geotécnicos e Projetos Básicos de Civil e Sistemas”.
Aditivo à PPP?
A revelação trazida pela publicação é mais uma possível reviravolta nos estudos do Metrô. Como o site sempre observa, o planejamento da rede metroferroviário é “vivo”, ou seja, pode ser várias vezes alterado, dependendo de vários fatores como demanda, recursos financeiros e, claro, o viés político do governo em questão.
É justamente por essa última razão que a possível volta da fase 2 da Linha 6 se torna algo provável. O governo Doria acaba de alterar dois contratos de concessão que até então proibiam qualquer investimento maciço em expansão das linhas, no caso a Linha 4 e a Linha 5.
Com os novos aditivos assinados, a ViaQuatro e a ViaMobilidade passaram a ter a prerrogativa de investir em novos trechos mediante algum tipo de indenização que deverá recair na extensão do contrato fatalmente.
Será essa possibilidade aventada pela atual gestão juntamente com a Acciona, nova sócia na empreitada da Linha 6-Laranja? Difícil saber ainda, mas não há outra justificativa para tirar do limbo o trecho estudado que não o de repassá-lo para a iniciativa privada.
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
Os caras nem terminaram as obras da linha 6 que recomeçaram á pouco tempo e já estão pensando em expansão da linha!
Alô metrô e poder público?!
Façam o arroz com feijão!
Como dizia o técnico Fábio Carille:
“Jogo á Jogo, para alcançar-mos o resultado”
Não queiram pular etapas.
Se dependesse dessa visão, São Paulo ainda estaria construindo sua primeira linha de metrô mais de 50 anos depois do início das obras.
Eu acho que o bairro da Bela Vista iria ficar meio carente de metrô com essa alteração, dá pra ver nos mapas que como a linha 19 só vai ser construída a primeira fase, o bairro iria ficar sem metrô.
Não entendi. Mas, com ou sem extensão da linha 6, terá a estação Bela Vista. Linha 19, se tudo der certo, vai fazer integração lá com a linha 6.
Poderiam fazer o mesmo com a linha 4, extende-la ate guarulhos no lugar da linha 19.
Posso estar falando uma grande bobagem mas existe alguma inviabilidade tecnica ou de demanda para isso?
A linha 19 me parece tao distante quanto a 16. Talvez as extensoes das linhas 6 sentido leste e 4 sentido norte sejam sonhos menos distantes.
Olá Ivo!
Isso não é uma visão é apenas a pura lógica.
Considerando a histórica instabilidade política-econômica do nosso país, é melhor fazer uma linha e termina-la de cada vez ao invés desse engodo de várias obras paradas espalhadas por São Paulo devido à falta de recursos.
E não precisa ter essa “visão” como você disse pro metrô atrasar, ele veio pro Brasil já atrasado á 40 anos, resultado de um quadro político sempre conturbado, falta de recursos devido á uma fraca economia agroexportadora.
Para um país realizar várias obras simultaneamente, é necessário que ele tenha estabilidade política e uma economia sólida, não dependente do capital externo, para financiar tais obras.
Caso contrário acontece isso aí que vemos:
Muitas obras atrasadas ou paradas, e o Estado para concluí-las se endividando cada vez mais através de inúmeros empréstimos internacionais que servem apenas para enriquecer os bancos.
E no final quem paga a conta somos todos nós!
Diego, o metrô é construído no mundo inteiro assim por etapas. O custo das obras é similar no mundo todo e as formas de financiamento também. Se São Paulo pegou empréstimos nos EUA para fazer o metrô aqui nos anos 1970, Washington DC pegou empréstimo no BNDES na mesma época para financiar trens com componentes fabricados no Brasil pela empresa privada Fábrica Nacional de Vagões.
O Brasil pega empréstimos e também empresta dinheiro lá fora e é assim que as obras de mobilidade são financiadas (dado seu alto custo e complexidade).
Sua “lógica” é muito simplista e não encontra respaldo na realidade complexa das grandes metrópoles. Nenhuma construiu uma linha de metrô por vez. Atrasos e paralisações são comuns nesse tipo de obra complexa de mobilidade no mundo inteiro. E, mesmo assim, nenhuma metrópole abriu mão dessas obras.
Por que São Paulo deveria ser a primeira metrópole do mundo a abrir mão de tocar obras de mobilidade simultaneamente?
Primeiro: Só o fato de se pegar empréstimo internacional já é um erro que os países cometem. Sendo que com a carga tributária e boa gestão pública é capaz de adiquirir recursos próprios.
Esses empréstimos já são formalizados para enriquecer os grandes banqueiros internacionais e políticos corruptos que desviam esse dinheiro emprestado, aprisonando os países em grandes dívidas impagáveis que só os juros consomem a renda dessas nações.
O fato dos outros países adiquirirem recursos dessa forma não quer dizer que seja um bom negócio. Agora só porque outros países fazem tranbiques o Brasil tem fazer?
Se todos os países desenvolvidos passarem a comer lixo, nós temos que passar a comer lixo também?
Segundo: Só com as riquezas naturais que nosso país possui sem somar com a grande carga tributária, é o suficiente para termos recursos próprios para a infraestrutura, sem precisar contrair nenhum empréstimo.
Terceiro: Atrasos e paralisações em obras não são normais em hipótese nenhuma, mesmo em locais com grandes adversidades da natureza. Para isso existe a enganharia amparada com a tecnologia.
Você não vê atrasos e paralisações para o desenvolvimento de material bélico altamente sofisticados.
Pelo contrário, o desenvolvimento de armas sofisticadas de grande letalidade está muito à frente de nosso tempo.
Os atrasos e paralisações em obras são causados de forma proporcital para que corruptos superfaturarem o valor da obra.
Isso acontece em qualquer país do mundo!
Quarto: As obras de mobilidade urbana não precisariam ser tão complexas se não houvessem grandes concentrações urbanas.
Linhas de metrô amenizam mas não resolvem o problema central – muita gente em um mesmo lugar.
É um grande absurdo nosso país de dimensões continentais e a grande parte da população viver exprimidas em cidades, enquanto boa parte de seu território está desabitado.
Com a tecnologia de hoje, é possível levar infraestrutura básica para todas as regiões, promovendo seu desenvolvimento local.
O planeta não está superlotado (que é justamente que elite global quer que nós pensemos).
O problema está na má distribuição populacional.
Países como China e Índia são populosos mas não povoados.
Populoso: Referente a população absoluta, ou seja o número de habitantes de um país.
Povoado: Referente à população relativa, ou seja a densidade demográfica (habitantes por km quadrados)