Prometida para 2024, a extensão da Linha 15-Prata até a estação Ipiranga (Linha 10-Turquesa) ainda não tem traçado conhecido, o que tem causado aflição em moradores da Favela de Vila Prudente, que fica às margens da avenida Anhaia Mello.
Embora o Metrô já tenha encaminhando licitações para a consolidação dos projetos que levarão o monotrilho até a estação da CPTM, faltava definir como implantar as vias em boa parte desse trecho. Nesta terça-feira, no entato, a companhia publicou a assinatura de um contrato para realização de levantamento topográfico da área a ser desapropriada na região.
O levantamento
Este levantamento visa mapear as áreas dos terrenos de forma precisa, assim como levantar suas características topográficas, aquelas relativas à altitude dos terrenos. Tal levantamento é importante para que haja um bom planejamento quando da execução das obras civis que, no caso do monotrilho, são a instalação de pilares, vigas e demais estruturas que deverão dar apoio à expansão.
Cabe citar que a realização do levantamento também será utilizado para a realização da majoração dos valores necessários para desapropriar os terrenos. Os dados serão compilados para que futuramente um decreto de desapropriação seja elaborado, dessa forma, liberando os terrenos para a execução efetiva das obras.
O Metrô, no entanto, não tornou pública as áreas onde serão realizados os levantamentos, mas que só começarão após o decreto “expropriatório” e respectiva comunicação aos ocupantes. Como a ordem de serviço terá de ser emitida em até 30 dias, imagina-se que o aviso de desapropriação terá de ocorrer até meados de junho. Segundo uma reunião ocorrida entre representantes da companhia e moradores, seriam cerca de 25 imóveis desocupados, às margens da Favela de Vila Prudente.
Prazo e custo
O contrato para o levantamento planialtimétrico das áreas a serem desapropriadas terá um prazo contratual limitado em 3 meses. A empresa responsável pelas obras será a Tsenge Engenharia S/S EPP que receberá o valor de R$ 40.300,00 pelos serviços prestados.
Conclusão
A Linha 15-Prata do monotrilho atualmente atende as populações da região leste da cidade de São Paulo, servindo mais de 800 mil passageiros por mês (abril/21). A Companhia do Metropolitano já trabalha em projetos que visam viabilizar a expansão do serviço na ponta leste com a entrega da estação Jardim Colonial, que está com suas obras em estágio avançado, e com o encaminhamento dos projetos que levarão a linha até a estação de Jacu Pêssego.
A etapa de levantamento de áreas e altitudes dos terrenos é mais uma importante fase do planejamento para a expansão dos serviços. Especialmente na Linha 15-Prata, é fundamental que as ações possam transcorrer dentro dos prazos considerados toleráveis, uma vez que a implantação da estação Ipiranga é considerada uma ação estratégica que visa melhorar a integração e o fluxo dos novos passageiros oriundos das futuras estações no extremo leste da Linha 15. Apesar do fato da estação de Vila Prudente ser ampliada, a expansão até Ipiranga é fundamental para que a saúde do sistema seja preservada.
CPTM também deve agilizar a modernização de Ipiranga. Já que será de extrema importância, além da L5.
Depois que concluirem as linhas 15 e 17, espero que esqueçam de vez essa idéia de monotrilho e foquem em metrô subterrâneo convencional.
O que é exatamente isso que uma cidade de mais de 11 milhões de habitantes precisa.