Ainda falta muito para que a Linha 7-Rubi tenha condições mínimas de transportar seus passageiros com qualidade, mas ao menos uma boa notícia: a CPTM confirmou nesta quarta-feira (06) que o terceiro trem da Série 8500 entrará em operação nela. “O terceiro irá para a Linha 7, mas toda a Região Metropolitana será beneficiada”, disse o governador no evento de entrega do primeiro trem.
Com isso, finalmente os velhos trens da séries 1100, 1400, 1600 e 1700 poderão ser aposentados. O objetivo do governo do estado é entregar duas composições a partir deste mês, tanto da nova Série 8500 como da inédita Série 9500, que ainda entrará em fase de testes.
Conforme antecipamos, o governador fez entrega simbólica do primeiros desses 65 trens à CPTM. O Expresso Leste, da Linha 11, receberá as duas primeiras unidades e deve repassar a Série 2000 para a Linha 12-Coral.
Embora não tenha antecipado como será feita a distribuição dos novos trens, o mapa dentro dos vagões indica que eles serão usados em qualquer uma das seis linhas da CPTM – até mesmo a Linha 10 que hoje opera exclusivamente com os lentos trens espanhóis da Série 2100.
Câmeras no lugar dos retrovisores
A nova Série 8500 foi fabricada pela CAF em Hortolândia e lembra suas irmãs 7000, 7500 e 8500. Mas a composição foi aprimorada com novos paineis de informação, layout modificado de assentos, luzes de LEDs, sistema de biometria para reconhecimento do condutor e câmeras externas no lugar dos retrovisores para auxiliar o condutor a enxergar as plataformas – o sistema atual exige que ele recolha os espelhos após a partida.
Mas o que mais diferencia a Série 8500 das demais é a proteção lateral no teto e a parte frontal mais alta, que dão uma aparência mais imponente ao trem, visual semelhante ao da Série 9500, produzida pela Rotem e que deve entrar em testes nas próximas semanas.
Fotos: CPTM
Honestamente, acho triste como cada vez mais os layouts dos trens têm menos assentos, para poderem caber mais pessoas em pé. Esses trens metropolitanos fazem viagens longuíssimas, que chegam a passar de uma hora, e não existe um mínimo de empenho do governo em deixá-las mais confortáveis. Podem ver que em grandes cidades pelo mundo, os trens suburbanos são todos projetados totalmente ao contrário disso: só existe espaço para ir sentado, porque sabe-se que quem utiliza o serviço não o faz para trechos curtos, onde dá pra ir em pé numa boa.
Não é de estranhar que as pessoas prefiram carro desse jeito…