Após protelar o pagamento do PPR (Plano de Participação nos Resultados) aos funcionários da CPTM desde março, o governo Doria recuou após sindicatos dos ferroviários realizarem uma greve parcial nesta quinta-feira, 15.
Acertado entre a companhia e a categoria, o PPR 2020 será pago em duas parcelas, a primeira em agosto e a segunda em janeiro de 2022, informou a CPTM ao anunciar um acordo para retomada da operação nas sete linhas na noite passada – os recursos virão do caixa estadual.
Ainda está pendente o dissídio, que será decidido pelo TRT (Tribunal Regional do Trabalho). Enquanto os sindicatos exigem um reajuste após dois anos de salários congelados, o governo pretendia manter os valore atuais, por conta da pandemia.
O impasse entre a CPTM e seus funcionários já se prolongava há meses, desde que a empresa deixou de realizar o pagamento da primeira parcela, em março. Apesar de várias ameaças de paralisação, o governo do estado manteve a posição de não negociar qualquer valor, alegando a crise financeira e sanitária. A única concessão da gestão atual foi a vacinação da linha de frente meses atrás.
Apesar do acordo, os ferroviários decidirão em nova assembléia na segunda-feira, 19, se aceitam a proposta do governo. Caso contrário, há a possibilidade de nova greve na terça-feira que vem.
Caos no transporte
A paralisação das linhas da CPTM acabou sendo parcial, em primeiro lugar porque existem três sindicatos diferentes ligados às linhas operadas. A entidade que representa as linhas 11, 12 e 13, as duas primeiras oriundas da antiga Central do Brasil, não aderiu ao movimento e os funcionáirios operaram os ramais normalmente.
As quatro linhas restantes tiveram situações distintas. Enquanto a Linha 9-Esmeralda passou a maior parte do dia completamente paralisada, a Linha 10-Turquesa voltou a operar no final da manhã no trecho entre Santo André e Tamanduateí.
As linhas 7-Rubi e 8-Diamante abriram com operação parcial a partir de Palmeiras-Barra Funda até Caieiras e Barueri.
Sem opção de transporte rápido, muitos passageiros acabaram surpreendidos pelas estações fechadas. Houve protestos e depredações em alguns locais, sobretudo a estação Francisco Morato. Sem condições de utilizar plenamento o sistema PAESE, a CPTM acabou solicitando aumento das frotas de ônibus intermunicipais e municipais para amenizar os problemas.
Com uma malha maior e pendular, atingindo regiões de baixa renda e bastante distantes dos pólos de emprego, a CPTM se mostrou muito mais sensível às paralisações do que o Metrô.
A greve realizada em junho nas linhas da companhia acabou tendo menos efeitos por conta das linhas operadas pela iniciativa privada e também da própria CPTM, que ofereceram alternativas aos usuários, algo que não é possível na mesma escala com o Metrô.
Nao entendi nada, CPTM e METRO tem prejuizos bilionarios no ano de 2020 e os funcionarios querem receber PLR ?? participacao nos lucros e resultados quando ha prejuizo ?? os empregados vao ajudar a pagar os prejuizos ??