Apesar de ter sido liberado para instalação dos canteiros, o Complexo Rapadura, parte da extensão da Linha 2-Verde até Penha, continua sem obras. O consórcio responsável por escavar um poço no local para entrada do ‘tatuzão’ ainda depende da licença ambiental fornecida pela Cetesb para iniciar os trabalhos.
A boa nova é que isso deverá ocorrer em setembro, segundo sugeriu o presidente do Metrô, Silvani Pereira, em resposta no Instagram. A informação foi confirmada pelo site com uma fonte ligada ao projeto.
Se tudo correr como previsto, as escavações no local finalmente terão início, pouco mais de um ano depois de o projeto ter sido suspenso após protestos de moradores. O atraso deve se refletir nas metas do governo de entregar a extensão de 8 km entre 2025 e 2026. Oficialmente, o prazo permanece valendo.
Localizado entre as estações Santa Isabel e Vila Formosa, o Rapadura também servirá como estacionamento de trens de estratégia, composições que são inseridas no carrossel durante os horários de pico.
Antes disso, a vala a céu aberto (VCA) que será construída a partir do mês que vem servirá de base para o emboque da tuneladora da Herrenknecht, fabricante alemã contratada pelo Consórcio CML2, para iniciar escavações até o poço Falchi Gianini.
Empréstimo com o CAF ainda não foi assinado
Com exceção do Rapadura, outros canteiros têm mostrado evolução contínua. A estação Vila Formosa, a primeira que será visitada pelo shield, atingiu 22,5 metros de profundidade, ou seja, pouco mais da metade do poço.
Orçadas em cerca de R$ 5,5 bilhões pelo governo, as obras de expansão da Linha 2-Verde dependem de um financiamento de US$ 550 milhões junto ao CAF, Banco de Desenvolvimento da América Latina, valor que convertido para reais chega a cerca de R$ 2,8 bilhões.
Aprovado no final de julho pelo CAF após liberação pelo Cofiex, órgão ligado ao Ministério da Economia, o empréstimo ainda está pendente de assinatura, de acordo com o painel publicado pelo governo federal.
Até julho, o desembolso com o projeto da Linha 2-Verde havia atingido R$ 143,5 milhões, ou 40% dos R$ 360 milhões previstos pelo Metrô para 2021. O avanço físico do empreendimento era de 16,3%, segundo relatório da companhia.