O Metrô adiou a sessão pública de recebimento das propostas para a licitação de “financial advisory” (aconselhamento financeiro) da Linha 20-Rosa, que ocorreria nesta quinta-feira, 2. Agora o certame está previsto para o dia 15 de setembro, uma quarta-feira.
A companhia não explicou no comunicado os motivos do adiamento, mas várisa questões enviadas pelos possíveis interessados acabaram sendo enviadas nos últimos dias.
Como o site explicou em detalhes aqui, o Metrô pretende potencializar a concessão do ramal, de cerca de 28 km de extensão, e que está previsto entre as estações Santa Marina, próxima à Lapa, e Santo André, no ABC Paulista.
O governo Doria já sinalizou desejar repassar o projeto para a iniciativa privada num formato inédito, em que o parceiro tenha condições de explorar a linha de metrô ao máximo ao repensar fases como as desapropriações, construção, operação e implantação de empreendimentos associados e outras formas de captação de receitas.
O objetivo da empresa contratada para realizar a consultoria é justamente estudar essas possibilidades e apresentar alternativas ao Metrô e que ajudem a modelar o projeto.
Enquanto isso, seguem os contratos de mapeamento geológico e o projeto funcional e anteprojeto de arquitetura, que também terão um papel fundamental em entender como a Linha 20 poderá ser concebida.
O interesse da iniciativa privada já existe, como mostramos com exclusividade no início do ano. O grupo britânico Ascendal apresentou uma proposta de concessão conjunta das linhas 2-Verde e 20-Rosa ao governo, cuja análise ainda não se tornou pública.
Independentemente da origem, todos os documentos e estudos divulgados até aqui consideram o trecho Santa Marina-São Judas como prioritário e de maior demanda. Já a etapa entre São Judas e Santo André, que atenderá o ABC Paulista, foi apontada como menos interessante pelo Ascendal.
O que é engraçado nesses projetos do Metrô e CPTM que nunca saem do papel, nunca avançam e quando tem novidades é sempre de adiamento. O conselho para a gestão seria focar nas obras paradas e em andamento, pois essas tem mais possibilidades de se tornar realidade. Direcionar energia e recursos para o que já esta ai, seria forma mais assertiva para pensar em linhas que nem do papel saíram.
Sensacional e perfeito seu comentário. Espero que o Sec. dos Trans. Metropolitanos Alexandre Baldy onde considero um cara muito sensato, inteligente e lê comentários deste tipo como uma crítica construtiva no aprimoramento do atual momento.
Invistam em obras que necessitam de extensão atualmente temos 9 nove linhas que precisam ao menos de 1 uma nova estação. Quando tiver praticamente na reta final de conclusão possam pensar em novas linhas de metrô ou da CPTM.
Não vejo problema algum da iniciativa privada construir o trecho prioritário e o governo do Estado construir o trecho entre São Judas e Santo André, é claro que milhares de pessoas vão ser contra mas isso seria o mais viável.
a ideia do governo estadual parece interessante no inicio, mas uma grande utopia. e eles sabem disso.
o melhor exemplo é o trem até campinas. tava mais que na cara que ninguem ia embarcar na ideia de investir mais de 7 bilhoes para modernizar a linha 7 e fazer um trem que sai da barra funda e chega em campinas em 1:05 hs.
o que o governo fez? bancou 80% do projeto. e deve bancar mais porcentagem. e tava na cara que ia ser desse jeito.
a mesma coisa vai ser com a linha 20. o governo diz que vai fazer a linha de metrô somente com dinheiro privado, ou investindo o minimo. a iniciativa privada faz a contraproposta e fala até onde pode bancar, e quanto quer receber. o governo aceita, tira dinheiro sabe-se lá de onde (que enche a boca para falar que nao tem), e tudo resolvido. e os caras se acertam lá em cima. e ninguem questiona.
o governador fez carreira e dinheiro fazendo intermediaçao entre politicos e empresarios. esse é o serviço do lide. quando resolveu entrar na politica, dória quis deixar de ser intermediario para ser o próprio representante do empresariado. a ideia é de quase que uma transferencia total de dinheiro publico para um grupo de grandes empresarios. nao enxerga quem nao quer.
Com a previsão de assinatura da ordem de serviço do projeto em 2021, a provável finalização do projeto em 2023, sua execução física será após a década de trinta!
A controvertida Linha 20-Rosa foi usada como uma pretensa compensação para o cancelamento da Linha 18-Bronze e desta forma sua situação real só começou a ficar clara neste ano quando o Metrô lançou a licitação do projeto funcional e de arquitetura. Tratava-se de um passo ainda inicial para determinar onde serão as estações, poços de ventilação e pátio, além de métodos de construção e outras características técnicas. Só então seria possível lançar outra licitação, a de projeto básico, que dará subsídios para um edital de concessão, a forma escolhida por Doria para viabilizá-la.
Apesar disso, os estudos do ramal foram alterados radicalmente, e embora as previsões iniciais levando a Linha 20 até a estação Santo André numa ponta, e Santa Marina na outra. Sorrateiramente, uma Manifestação de Interesse Privado apresentada em dezembro de 2020 na qual ao governo propôs a concessão da Linha Rosa em conjunto com a Linha 2-Verde. A empresa sugeriu assumir a operação deste ramal enquanto construiria a Linha 20, mas somente no trecho Santa Marina São Judas, foi considerado prioritário por ela, ao contrário da extensão até o ABC Paulista, tida como opcional foi mutilada e descartada, e mais uma vez a população do ABC foi ludibriada e o cambalacho confirmado, pois com a reunificação da Linha Integradora-710 esta linha perdeu a razão de ser, pois esta já possuem as Estações de Santo André e Lapa no seu trajeto.