Quase um mês após desabar no Rio Pinheiros, a estrutura metálica que faria parte da nova passarela da estação Santo Amaro (Linha 5-Lilás) permanece em situação incerta. A obra está sendo tocada pela ViaMobilidade, concessionária responsável pelo ramal, e tinha previsão de entrega em janeiro de 2022.
Em post em rede social, o secretário dos Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, afirmou que a ViaMobilidade contratou uma empresa para remover a estrutura, com previsão de início dos trabalhos no final de setembro e conclusão até novembro.
O site enviou cinco questões simples para a concessionária a fim de esclarecer a situação do projeto, mas a ViaMobilidade retornou com a reprodução da mesma informação compartilhada pelo secretário.
No final desta terça-feira, a concessionária voltou a contatar o site para trazer mais explicações sobre o acidente.
“A ViaMobilidade, concessionária responsável pela manutenção e operação da Linha 5-Lilás de metrô de São Paulo, reitera que contratou uma empresa especializada para a remoção da estrutura metálica que está no Rio Pinheiros e que aguarda o resultado dos estudos que estão sendo feitos para essa operação”, diz a nova nota.
“A definição do novo cronograma da obra, tanto para retomada quanto para sua conclusão, só será possível após o término dessa etapa. Sobre as possíveis causas do ocorrido, a concessionária informa que seguem em apuração”, concluiu a empresa.
O site tentou saber junto à ViaMobilidade qual seria a empresa contratada, se a estrutura seria totalmente descartada e o que será feito das demais estruturas já montadas e não afetadas pelo desabamento. Também questionamos se a concessionária sabia o motivo do acidente e se existe alguma perspectiva sobre a retomada dos trabalhos e prazo de conclusão.
Vale esclarecer aos leitores que a ViaMobilidade apenas envia respostas aprovadas pela Secretaria dos Transportes Metropolitanos (STM), a quem ela está subordinada. A falta de transparência surpreende já que o discurso de Baldy é o de estar sempre disposto a esclarecer os fatos.
A ausência de explicações, no entanto, também ocorre com a grande imprensa. No sábado, o jornal Folha de São Paulo fez uma longa crítica à Linha 17-Ouro, com diversas afirmações errôneas, inclusive. A STM foi consultada pela reportagem para se pronunciar a respeito dos problemas mas não havia respondido qualquer pergunta até a publicação do artigo.
Atraso no projeto
O infeliz acidente com a estrutura metálica da estação Santo Amaro ocorreu quando já surgiam dúvidas sobre a real possibilidade de conclusão do projeto, que prevê a ampliação das plataformas e de áreas de ligação com a estação homônima da Linha 9-Esmeralda da CPTM.
A obra faz parte do contrato de concessão e deveria ser entregue dentro de quatro meses. Mas mesmo que o desabamento não tivesse ocorrido, parecia pouco provável que a ViaMobilidade conseguisse concluir a montagem das duas passarelas, além de outras estruturas associadas. Isso porque ainda haveria toda a parte de acabamento e de instalação de sistemas e equipamentos variados.
No final de julho, o site enviou perguntas sobre o cronograma da obra para a ViaMobilidade, que assegurou o cumprimento das metas. A concessionária convidou alguns sites de mobilidade para uma visita ao local menos de dez dias antes do desabamento.
Confira um vídeo do iTechdrones mostrando a estrutura após o acidente.
Nota do editor: o artigo foi atualizado após nova resposta da ViaMobilidade.
Confira a primeira resposta enviada pela ViaMobilidade:
“A ViaMobilidade, concessionária responsável pela manutenção e operação da Linha 5-Lilás, informa que contratou uma empresa especializada para a remoção da estrutura metálica que está no Rio Pinheiros.
Neste momento a empresa está trabalhando em um plano de remoção para que as atividades se iniciem até o final deste mês. Após o início dos trabalhos, a previsão é que a remoção esteja concluída em até 60 dias.
A ViaMobilidade informa que está à disposição para informar cada avanço do trabalho.”
O papel deste portal é nos manter informados, e cumpre isso com brilhantismo, mas infelizmente o ocorrido não mudará os fatos.
“Confira as perguntas:… já chegou? E agora? Já chegamos agora?…” ficou parecendo aquela situação de criança impaciente. A ViaMobilidade já respondeu mais que suficiente.
Certeza que após a retirada das estruturas ela informará um novo prazo de conclusão. Certamente ainda não há, afinal a estrutura continua imersa.
E o Baldy não é comprometido com discursos de esclarecimentos, basta olhar o silêncio do mesmo, com perguntas sobre a finada Linha 18-Bronze.
o desabamento coloca muitas duvidas sobre a seguranca desta estrutura que estava sendo montada !! se a estrutura desabou sem nenhuma pessoa em cima dela, o que vai acontecer quando esta estrutura receber milhares de pessoas que vao circular diariamente por estas novas estruturas ?? da medo so de pensar e isto precisa ser investigado e respondido, isto nao eh uma brincadeira, sao milhares de pessoas circulando por esta parada todos os dias !! sou engenheiro e nunca gostei da forma como esta obra foi e esta sendo conduzida de forma amadora !! CREA-SP precisa se manifestar bem como o Ministerio publico estadual e federal !!
Já que vc é engenheiro então explica por que a estrutura caiu? … O engraçado que antes da estrutura cair, nenhum engenheiro criticava, agora aparece um monte de engenheiro de teclado.
Imagina se a obra fosse tocada pelo metrô ou CPTM …
Imagina quantos engenheiros envolvidos no processo??? Quantas reuniões??? Quanto dinheiro para o bolso?!? Isso é Brasil Sil Sil Sil
E o metrô que era pra copa de 2014?!? Brasil Sil Sil Sil