O Metrô recebeu nesta quarta-feira (15) as propostas das empresas interessadas em prestar o serviço de ‘financial advisory’ (consultoria financeira) para o projeto da Linha 20-Rosa.
Cinco consórcios compareceram à sessão pública, com propostas entre R$ 1,643 milhão e R$ 5,208 milhões. Após a entrega dos envelopes contendo os detalhes comerciais, os representantes da companhia intimaram o consórcio com o valor mais baixo – Logit-Queiroz Maluf-Almeida & Fleury – EGT – a apresentar em até três dias úteis as planilhas de serviços e preços.
Caso o consórcio consiga comprovar sua habilitação, o Metrô então abrirá um período para que os demais consórcios possam analisar os documentos e, caso achem oportuno, entrar com recursos administrativos questionando o resultado.
Se não houver manifestações nesse sentido, o Metrô então habiltará e adjudicará o consórcio, que terá de apresentar uma SPE (Sociedade de Propósito Específico) para constar do contrato a ser assinado. A duração dessa fase é imprevísivel.
A licitação de “financial advisory” foi lançada com o intuito de ajudar o Metrô a modelar a PPP da Linha 20 de uma forma inédita. O governo Doria pretende oferecer o ramal à iniciativa privada com uma possibilidade de exploração de receitas muito mais ampla e diversificada.
“A nossa expectativa é que venha um player de mercado com atuação internacional para nos ajudar inclusive indicando qual a melhor garantia que o privado quer num negócio desse, qual o melhor modelo de leilão para a concessão”, disse Silvani Pereira, presidente do Metrô, em apresentação durante a 27ª Semana de Tecnologia Metroferroviária nesta semana.
Para Silvani, a PPP da Linha 20 pode apresentar alternativas variadas de participação do setor privado como por exemplo ele explorar todo desenvolvimento imobiliário e receitas acessórias desde o início. O presidente da companhia citou inclusive uma ideia proposta por este site anos atrás, a de criar um empreendimento associado a estações em que o dono do terreno pode se tornar sócio do projeto, assim evitando os desgastes e custos com desapropriações.
Outra hipótese é que o próprio Metrô seja o operador, mas por meio de uma SPE (Sociedade de Propósito Específico) em que um fundo de investimentos, sem experiência nessa atividade, pode se tornar um sócio, apenas interessado num retorno financeiro de longo prazo.