As bilheterias do Metrô e da CPTM deixarão de existir até o final deste ano, anunciou a Secretaria dos Transportes Metropolitanos nesta segunda-feira (4). A intenção é que os guichês sejam desativados de forma gradativa a partir já da próxima sexta-feira (8).
Nesse dia, o horário de funcionamento das bilheterias das estações Belém (Linha 3-Vermelha) e Granja Julieta (Linha 9-Esmeralda) será reduzido para dois períodos: das 6h às 10h e das 16h às 20h. Na sexta-feira seguinte, dia 15, ambas os guichês deixarão de funcionar em definitivo. As demais estações ainda devem ser anunciadas pelo governo do estado.
No seu lugar, os passageiros deverão utilizar os totens automáticos para adquirir bilhetes no formato QRCode ou utilizar o aplicativo da empresa parceira do governo.
O motivo da extinção é econômico: o governo do estado espera reduzir custos com o sistema em R$ 100 milhões por ano. A primeira medida nesse sentido foi o fim do uso dos bilhetes magnéticos Edmonson, que já tinham baixa utilização por conta do uso do bilhete único pela grande maioria dos usuários.
Segundo a STM, os funcionários da CPTM que hoje atuam nas bilheterias serão reaproveitados em outras áreas operacionais. No caso do Metrô, os guichês são operados por empresas terceirizadas, cujo contrato não se sabe o destino ainda.
A companhia, inclusive, teria treinado vários ex-bilheteiros para outras funções, incluindo a operação de trens.
O fim das bilheterias deverá ocorrer também nas linhas 4-Amarela e 5-Lilás já que esse serviço não está incluso nas concessões para a ViaQuatro e ViaMobilidade.
Até junho, mês mais recente divulgado pelo Metrô, o prejuízo acumulado da companhia em 2021 era de R$ 630,7 milhões. A CPTM, por outro lado, não divulga essa informação em sua página de transparência.
A STM dará mais detalhes sobre o processo de fechamento das bilheterias em entrevista coletiva às 18h30.
Mais desemprego.
Funcionários realocados apenas os concursados, o que inibe novos concursos (serão realocados para cargos de vacância de provimento de novos funcionários que seriam contratados e mão vão mais).
Na empresa terceirizada, com certeza será facão como qualquer empresa de telemarketing quando alguma inovação tecnológica coloca robôs/aplicativos no seu lugar.
Estações que passam dezenas de milhares de pessoas por dia, e a companhia não consegue colocar um simples ser humano ao menos para dar suporte nos uso nas máquinas. Como sempre, os idosos, deficientes e os não adeptos às novas tecnologias serão prejudicados pois terão ninguém pra ajudar a usar as máquinas (terão que caminhar até estabelecimentos fora da estação).
As contas estão no vermelho, mas quando tudo voltar a fluir, duvido que eles voltem atrás pra colocar pessoas de suporte na venda de bilhetes.
Acho que o papel principal das empresas públicas deve ser operar os serviços que lhe conferem de forma eficiente, com qualidade e com o menor impacto possível ao erário público.
Não sei se estou entendendo direito, mas parece que você defende serviços anacrônicos ou a NÃO aplicação de novas tecnologias, pois assim o estado empregaria mais gente e cumpriria um papel de ofertar trabalho para a sociedade, mesmo que desnecessários.
Acho lamentável isso, pois serão menos postos de trabalho, sem dizer que a modernidade não dispensa o trabalho humano. Daria perfeitamente pra conviver os 2 sistemas, humano e tecnológico, ainda que se diminuíssem os quadros do primeiro, mais as decisões são tomadas por pessoas que não usam o transporte público, então tanto faz.
Desde que fique um funcionário próximo aos totens para ajudar pessoas mais idosas ou com alguma deficiência, não vejo problemas.
as maquinas de auto-atendimento sempre dao pau, sem contar q nem todo mundo tem acesso facil a celular. isso pra mim cheira mais a manobra para favorecer a empresa TOP que detem o sistema. e nao duvido nada se nao colocarem funcionarios nas estaçoes para auxiliar as pessoas a comprar creditos nas maquinas de auto-atendimento.
se o governo tivesse realmente preocupado em reduzir custos, começava enxugando um monte de contrato de terceirizaçao q só burocratiza e aumenta as despesas da empresa. sem contar as concessoes, q o proprio rodrigo garcia disse em entrevista q devem garantir a maior segurança financeira possivel para o concessionario.
tudo isso é uma mafia, quem só se ferra nessa historia é o povo.
O objetivo unico eh ” PRODUTIVIDADE ” , traduzindo aos leigos = produzir mais e melhor com menor custo, e a reduçao da mao-d-obra eh inevitavel e necessario. Precisamos d funcionarios eficientes, bem treinados visando atingir novos patamares e cargos mais tecnicos. Quem nao se adaptar a esta nova tecnologia . felizmente ou infelizmente podera tentar vender rapadura ou gerimum em outra cidade.
Mais uma dificuldade pros passageiros. Fora que São Paulo é a cidade mais burocrática que eu já vi na vida pra conseguir bilhete de transporte público, nunca vi nenhum lugar do mundo que o passageiro precise cadastrar CPF e endereço pra poder ter bilhete único. Ou seja, turista em SP vai ter cada ve mais dificuldade de andar em transporte público, ainda mais agora que nem bilheteria nos metrôs vai ter mais.
Como São Paulo é a cidade mais tecnológica e única alpha city do país é de se espantar que ainda existam bilheterias por aqui. A evolução tecnológica é um caminho sem volta e a adoção de novas tecnologias fazem parte da modernização de nossa malha metroferroviária.