Após cerca de mil dias como titular da pasta dos Transportes Metropolitanos, o goiano Alexandre Baldy deixou o cargo de secretário nesta segunda-feira (18). A informação foi revelada pela colunista Bela Megale, do jornal O Globo no final da manhã e confirmada pelo governo em nota.
Segundo a atual gestão, Baldy teve o pedido de demissão aceito pelo governador João Doria para cuidar de sua pré-candidatura ao Senado por Goiás – ele é presidente do Partido Progressista (PP) no seu estado natal.
A saída do ex-deputado federal e ex-Ministro das Cidades do governo Temer já era esperada há tempos, mas ocorreu antes do previsto, segundo colunistas políticos – até então, acreditava-se que ele deixaria o cargo em dezembro.
“Alexandre Baldy foi competente, dedicado e inovador à frente da Secretaria de Transportes Metropolitanos. Deixa amigos e um grande legado com sua atuação”, afirmou Doria.
Secretário executivo da pasta, Paulo Galli assume interinamente o cargo.
“Porta-voz oficial” da STM
A gestão de Baldy à frente da secretaria tem sido marcada por avanços como na complicada gestão para reverter a situação da Linha 6-Laranja, parada por três anos até ser retomada em 2020, e na tentativa de resolver alguns problemas crônicos como as obras da Linha 17-Ouro.
Por outro lado, foi com o ex-ministro que a Linha 18-Bronze do Metrô (uma PPP assinada em 2014 e que aguardava verbas do estado para sair do papel) acabou sendo extinta no maior episódio de retrocesso em mobilidade em São Paulo.
Em seu lugar, a gestão bancou um pacote de benesses à Metra, concessionária controlada por uma tradicional família de empresários de ônibus do ABC. A extensão e ampliação do contrato de concessão do Corredor ABD está sendo analisada pela Justiça e pelo Tribunal de Contas do Estado.
Baldy também marcou seu período à frente da pasta por transformar-se no porta-voz quase que exclusivo das notícias na área de transportes. Anúncios positivos eram revelados por meio de suas redes sociais enquanto temas delicados como os protestos de moradores no Complexo Rapadura eram ignorados.
O ex-deputado federal também se notabilizou por ‘inaugurar’ acessos, reformas de ciclovias e viadutos de pequeno porte nesse período, entre outras obras menores. Sem contar os eventos de assinatura de contratos, entre outros aspectos que em gestões passadas eram assuntos burocráticos.
Outro episódio marcante da sua passagem foi a tentativa de ‘colar’ a imagem à implantação do People Mover do Aeroporto de Guarulhos, um projeto a cargo exclusivamente do governo federal e da GRU Airport, concessionária do terminal aéreo.
Em abril, Baldy levou o Ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Vital do Rêgo para realizar uma viagem entre o centro de São Paulo e a estação Aeroporto Guarulhos da Linha 13-Jade a fim de convencê-lo da necessidade do People Mover. No mês passado, entretanto, o relator do processo que analisa a necessidade da ligação por trilhos suspendeu os efeitos do aditivo que permitiria sua implantação.
Durante sua gestão, a STM entregou as novas estações Campo Belo (Linha 5), Fazenda da Juta, Sapopemba e São Mateus (Linha 15) e que estavam praticamente prontas na gestão anterior.
A reforma da estação Francisco Morato, também iniciada pelo ex-governador Geraldo Alckmin, e a entrega incompleta de Mendes-Vila Natal, foram os principais pontos na CPTM.
Sua gestão levou a frente o projeto de concessão das linhas 8 e 9 da CPTM, vencida pela ViaMobilidade. A empresa privada irá assumir a operação dos dois ramais em janeiro. Já o projeto do Trem Intercidades atrasou e só deverá ser leiloado em 2022.
Por conta da urgência eleitoral, o goiano não participará das entregas das estações Vila Sônia (Linha 4), prometida para dezembro, e mesmo de João Dias e Jardim Colonial, esperadas para o final deste mês e que foram iniciadas nesta gestão, outro aspecto positivo de seu período à frente da secretaria.
Várias promessas duvidosas como a conclusão do trecho prioritário da Linha 17 e a conclusão da estação Varginha, ambas em 2022, ficarão na conta do agora ex-secretário, assim como o ‘BRT ABC’, obra defendida com frequência por ele como ágil e moderna e que segue no papel sem previsão de entrega.
Que Surpresa foi essa? não estava esperando isso não kkkk!
O bom senso indica ser fundamental e imprescindível que a escolha de um dirigente que tenha sólida formação técnica e experiência comprovada no cargo ou função que se proponha a comandar, preferencialmente algum profissional de carreira, porém não é isto que ocorre freqüentemente em SP.
Quando se conhece o “Modus Operandi” do PSDB que está em prática em São Paulo a mais de 28 anos não deveria se surpreender com estas bravatas, o sr. Baldy que foi reconduzido a Secretaria dos Transportes após acusação de improbidade enquanto era Secretário da Saúde em Goiás, posteriormente quis indicar para o Metrô o delegado da Polícia Federal, Joaquim Mesquita, que não possuia experiência alguma, sem perfil técnico algum e ligação com a companhia em seu currículo relativa ao transporte público e ainda é acusado de improbidade administrativa pelo Ministério Público de Goiás em razão de um processo sobre contratação de obra em uma penitenciaria sem licitação assim com o sr. Paulo Vieira de Souza, vulgo Paulo Preto afastados por corrupção, sendo que este último foram encontrados mais de cem milhões de reais em cédulas em um apartamento em SP.
Os gestores vem colecionando fracassos com sucessivos erros de planejamento ignorando o “Plano diretor”, divulgando e iniciando novas linhas de Metrô em detrimento da CPTM de forma concomitante sem concluir as que estão iniciadas, invertendo prioridades, fazendo politicagem com os projetos, desperdiçando o dinheiro público.
Finalmente esse corrupção saiu do cargo, ele foi o maior responsável pelo fim da linha bronze, não fez porcaria nenhuma pelo ABC, ninguém quer o BRT. Tomara que ele vá para o inferno e nunca mais volte aqui.
Foi tarde. Falastrão que não conhece nada de São Paulo. Usou o cargo pra alavancar a própria carreira política em outro estado.
Nossos sinceros ‘vai tarde’ ao unico secretário da história a cancelar uma linha de metrô já contratada.
e o pior é absoluto silencio da imprensa sobre isso…..
Já vai tarde, São Paulo não merecia um cara desse, foi um grande atraso para a população. Agora só falta sair do poder a turma do Dória e o PSDB para podermos ter alguma esperança em melhorias reais, incluindo o cancelamento da aberração que é o BRT-ABC, um dos maiores absurdos já vistos no transporte de massas na história do Brasil.
Lembrando que Alckmin e PSD é trocar seis por meia dúzia.
Acho que o Alckmin consegue ser pior do que o Dória
está saindo com mala cheia de dinheiro. tomara q não seja eleito senador por Goiás. que o eleitor goiano tenha consciência.
Podia voltar para prisão. Pior Secretário dos Transportes que SP já teve!
Ele se orgulhava que retomou a estação Varginha quando Ministro. Virou Secretário. Vai embora. E nada de estação Varginha.
Vai tarde, aliás nem deveria ter sido nomeado. Qual é a explicação de terem colocado esse bandido no cargo? Nenhuma!, mera jogada política do “jestor”, o governador mais marketeiro e mal caráter que o estado já teve.
Podia levar o Doria junto…
Só espero que os paulistas não eleja esta corja de fdp’s no ano que vem, senão serão tão jumentos quanto eles.
Ele vai se candidatar por Goiás
Imagino esse cara no Senado querendo trocar a Ferrogrão pela BRT-Grão.
quando assume o governo do estado de SP, dória forma uma coalizão de partidos, não apenas pensando em “passar tudo”, mas também em 2022 e seu grande objetivo que é a presidência da republica. e com isso monta um versão paulista do governo temer, onde grande parte do secretariado é composta por gente oriunda do governo temer. nesse pacote, alexandre baldy vem junto, homem forte do PP e indicado por ciro nogueira (atual chefe da casa civil do governo bolsonaro) para o governo dória na pasta dos transportes metropolitanos. lembrando: dória não é politico, é gestor.
agora baldy vai embora para cuidar da politicagem do PP, também a pedido de ciro nogueira. fica em seu lugar paulo galli, ex-vice presidente da caixa econômica federal também do governo temer.
como se percebe, nesse ramo todo mundo “cai pra cima”, como se diz no popular. nenhum desses nomes é um nome técnico, como em quase nada em que se vê em cargos comissionados. esse povo migra entre governos, secretarias, ministérios, estatais, autarquias, empresas privadas q tem negócios com o governo.
o Brasil precisa de uma reforma politica séria, em que serviços públicos sejam confiados em pessoal técnico, concursado, de carreira e com o mínimo possível de cargos comissionados. enquanto isso rolar, vai ficar essa bagunça.
Já foi tarde esse biltre!!