O Metrô de São Paulo tentará vender sua ex-sede na Rua Augusta, 1.626, em 2022 em uma nova licitação, apurou o site. O edifício, com 9.865 m², está próximo da Avenida Paulista e da estação Consolação, uma região com imóveis de alto valor.
A primeira tentativa, no entanto, terminou de forma frustrante. Lançada há um ano, a licitação teve a sessão pública realizada em 25 de maio, com o comparecimento de apenas um interessado, a SELC Empreendimentos Ltda.
A empresa ofereceu somente R$ 2,2 milhões pelo imóvel, mas após negociações elevou sua oferta para R$ 7 milhões. O valor, no entanto, estava muito abaixo da avaliação imobiliária obtida pelo Metrô.
De fato, a proposta da SELC envolve um valor de metro quadrado pífio: R$ 223 por m² na primeira oferta e R$ 710 por m² após a negociação. À título de curiosidade, dois anúncios recentes com ofertas de andares corporativos na região pediam R$ 13.000 por m² e R$ 20.000 por m², respectivamente (veja imagem).
E não se tratam de empreendimentos novos, os chamados “triple A”, que contam com vários recursos modernos e sustentáveis, ausentes em projetos antigos como o da ex-sede do Metrô, construída no final dos anos 60.
O edifício da Rua Augusta possui 19 pavimentos com galeria de lojas, andares corporativos, garagem e chegou a ser construído com um apartamento em seu projeto, segundo documentos anexados ao processo – o terreno possui área de 1.188 m².
É razoável supor que o Metrô esperava levantar com a venda um montante no mínimo dez vezes maior do que o proposto pela empresa. Segundo o site apurou, o relançamento da licitação deve passar por uma estratégia que o torne mais atraente, mas não foi possível compreender o que essa alteração fará.
A venda do edifício faz parte de uma iniciativa da empresa de se desfazer de vários imóveis em seu nome a fim de levantar caixa e reduzir seu endividamento. Entre eles está o terreno onde está instalada a sede do Sindicato dos Metroviários, na Zona Leste.
Como o site mostrou nesta terça-feira, a companhia continua acumular um prejuízo elevado, a despeito de as receitas passarem por um processo de recuperação. Até setembro, no entanto, o rombo nas contas era de R$ 804 milhões.
Com a ascensão do home office, creio que pra muitos desses prédios comerciais não haverá outro jeito: convertê-los em prédios residenciais. O déficit habitacional brasileiro ainda é muito grande e isso precisa ser feito.
Individada, qual será o futuro da Companhia do Metropolitano de São Paulo?
PRIVATIZAÇÃO!
Endividamento devido à pandemia. Será que as contas da CCR fechariam no azul se fossem as cláusulas de mínima demanda?