Diante na queda das receitas com publicidade este ano (agravadas pela crise), o Metrô decidiu corrigir um erro cometido há anos. Em vez de terceirizar a gestão dos espaços publicitários de estações e trens, a empresa há décadas vendia diretamente esse inventário ou por meio de diversos parceiros. Agora, todo esse potencial será explorado por uma única empresa, com experiência no setor.
Nesta quarta-feira 30, haverá uma audiência pública para detalhar a proposta, mas a expectativa é que o Metrô conceda cerca de 40 mil m² de inventário e 15 mil peças. Mais importante que isso, a nova empresa terá como incumbência modernizar e ampliar os espaços digitais, em linha com o que faz, por exemplo, a ViaQuatro na Linha 4-Amarela. O próprio Metrô reconhece que parte da queda de receita tenha a ver com a mudança do mercado publicitário, que a empresa não acompanhou.
Já com a concessão das linhas 5 e 15 em mente, o Metrô concederá apenas os espaços existentes nas linhas 1, 2 e 3, que não têm previsão de serem repassadas à iniciativa privada. Segundo a empresa, o Metrô é último ativo de OOH (Out Of Home, ou mídia ‘exterior’) disponível na cidade São Paulo após a lei Cidade Limpa.
A expectativa é que com a concessão, o Metrô consiga ocupar melhor os espaços (apenas 55% em 2014) e elevar a receita não tarifária – de apenas R$ 26 milhões em 2016, influenciada pela crise.
Audiência pública: Máster Concessão de Publicidade do
Metrô de São Paulo
Data: 30 de novembro de 2016
Local: Sala São Paulo – Auditório SC – 1º andar (Acesso pela Rua
Mauá, 51)
Horário: 14h30