Um dos mais antigos contratados assinados pelo Metrô para a implantação da Linha 17-Ouro teve seu prazo de vigência adiado pela terceira vez. Trata-se do projeto de fornecimento do sistema de comunicação móvel e de telecomunicações do ramal de monotrilho, que foi assinado com a empresa T’Trans em dezembro de 2013.
Originalmente, esse trabalho deveria ter sido concluído em março de 2016 (26 meses de prazo), mas os seguidos problemas na obra da Linha 17 teriam motivado a companhia a postergar sua execução.
Em março de 2016, o Metrô reprogramou o projeto para ser finalizado em março de 2018, mas nessa data a empresa voltou a assinar um aditivo postergando a execução, desta vez com prazo final de setembro de 2019.
O 4º aditivo, assinado no dia 11 de fevereiro, nem faz menção à mudança de data, apenas estabelece que a implantação dos sistemas de telecomunicações deverá ser concluído até outubro de 2023.
O contrato com a T’Trans estipulava um custo total de R$ 73 milhões e desde então não teve seu valor alterado, a despeito de já terem se passado mais de oito anos. Segundo um documento publicado pelo Metrô no início de 2021, o projeto tinha atingido pouco mais de 40% de evolução desde 2013.
Incertezas quanto à inauguração
Lançada oficialmente em 2011 como parte dos projetos de mobilidade para a Copa do Mundo de 2014, a Linha 17-Ouro teve as obras iniciadas em abril de 2012.
Praticamente todos os contratos que envolvem sua implantação apresentaram problemas, seja com as empresas contratadas, disputas judiciais ou mudanças de escopo e acidentes.
A gestão Doria, que assumiu em 2019, rescindiu um dos principais contratos, com o consórcio Monotrilho Integração, e relicitou as obras civis e de sistemas, mas ambos acabaram sendo questionados por participantes dos certames.
Atualmente, estão em execução as obras civis, com o consórcio Monotrilho Ouro, mas com claros indícios de atrasos, e a implantação de sistemas, responsabilidade da BYD, e que prevê a entrega de 14 trens de monotrilho a partir do final deste ano.
O Metrô também está recebendo as escadas rolantes e já concluiu a construção da estação Morumbi. Por outro lado, a empresa relançou a licitação de fornecimento de energia após dois consórcios não cumprirem suas obrigações.
Por todas essas incertezas, não há um prazo oficial para inauguração do trecho prioritário da Linha 17-Ouro, com oito estações entre Congonhas/Washington Luiz e a estação Morumbi.
Simplesmente esse contrato é inexequível, nunca será instalado, a TTrans não existe mais…