Enquanto os poços e túneis da Linha 6-Laranja próximos à Marginal Tietê ainda estão cheios de esgoto após o acidente com o tatuzão no dia 1º de fevereiro, a Acciona, responsável pelas obras do ramal de metrô, segue avançando em outras frentes.
Uma delas é o trecho na região do Pacaembu e Sumaré, bairros nobres da capital e que terão duas estações, PUC-Cardoso de Almeida e FAAP-Pacaembu. O canal iTechdrones, parceiro do site, sobrevoou os canteiros desses frentes de trabalho na semana passada e constatou um avanço bastante consistente.
A futura estação FAAP-Pacaembu, renomeada em 2021, finalmente começou a apresentar movimento de trabalhadores. A parada será bastante extensa, com acessos distantes entre eles. Um deles ficará próximo à Fundação Armando Alvares Penteado e passou a contar a preparação do terreno para as futuras intervenções.
Mais acima, na esquina entre as ruas Sergipe e Ceará, a construtora espanhola demarcava a área circular onde será escavado um poço.
Próximo dali está um dos canteiros mais avançados, o VSE Pacaembu, um poço de ventilação na entrada da Praça Charles Miller e que será também um estacionamento subterrâneo de trens.
O poço já possui boa parte das paredes definitivas assim como a laje fundo concretada. Agora a Acciona avança na escavação por NATM (túnel mineiro) para abrir os túneis de estacionamento.
Mais a oeste desse ponto, as escavações da estação PUC-Cardoso de Almeida já atingiram uma profundidade bastante grande. Ela será uma das mais profundas da Linha 6, com 61 metros abaixo da superfície.
Tatuzões ainda submersos
Segundo o site da LinhaUni, concessionária que fará a operação do ramal, PUC-Cardoso de Almeida tinha atingido 15,36% de avanço, mas o dado não é claro já que não apresenta uma data de referência.
Enquanto isso, seguem os trabalhos de retirada do esgoto que invadiu túneis e poços no VSE Tietê e SE Aquinos. O nível, segundo vídeo gravado na semana passada, já está abaixo das vigas inferiores do poço de onde partiu a tuneladora sul, em dezembro.
Ou seja, dentro de alguns dias será possível ver o estado de alguns equipamentos e estruturas que ficaram submersos durante os cerca de 35 dias desde o acidente. Até aqui a Acciona e o governo do estado não se pronunciaram sobre as causas do rompimento do interceptor da Sabesp.