A Linha 9-Esmeralda, cujo trajeto margeia o Rio Pinheiros, pode ganhar uma nova ciclopassarela nos próximos anos. O governo do estado planeja implantar uma ponte para pedestres e ciclistas entre a estação Villa Lobos-Jaguaré como parte do projeto do CITI II (Centro Internacional de Tecnologia e Inovação), um pólo gerador de negócios inovadores a ser construído ao lado do campus da USP.
Com cerca de 84,5 mil m², o projeto prevê a concessão da área para a construção de instalações para empresas e startups de tecnologia, mas também prevê o uso residencial e comercial, incluindo um hotel.
O CITI II segue uma tendência mundial de criação de distritos de inovação como os existentes em Barcelona, na Espanha, Nova York, nos EUA, e Recife, em Pernambuco. A meta da atual gestão é conceder o espaço em duas fases com previsão de investimentos pelo parceiro privado de R$ 229 milhões.
Desse montante, R$ 38 milhões se referem à ciclopassarela que ligará o centro tecnológico à estação Villa Lobos-Jaguaré, que se localiza na margem oposta do Rio Pinheiros. O site teve acesso a algumas ilustrações do projeto, mas que não detalham os dados referentes à ponte. Pelo que a projeção acima sugere, a ciclopassarela terá cerca de 300 metros de extensão, cobertura parcial e ligação com a ciclovia da USP.
O cronogram exposto pelo governo prevê que a ciclopassarela seja implantada em 2025, desde que as etapas planejadas sejam cumpridas como planejado. A expectativa é que a licitação de concessão ocorra em dezembro deste ano e a assinatura do contrato, em março de 2023.
Ligações importantes
A ciclopassarela ligando a USP não chega a ser uma novidade. Tempos atrás, o governo chegou a apresentar uma estrutura semelhante, mas que faria a ligação direta com a universidade.
Além desse projeto, já estão em andamento estudos para outras ciclopassarelas, como a que vai ligar a estação Berrini ao parque linear que está sendo construído ao longo do Rio Pinheiros. Não há dúvida que esses acessos podem facilitar o uso da Linha 9-Esmeralda para os que vivem ou frequentam as regiões localizadas na margem oposta do rio. Espera-se, no entanto, que eles sejam de fato implantados, em meio a tantas promessas não cumpridas no passado.