Lance mínimo da concessão das Linhas 5 e 17 é de R$ 190 milhões

Vencedor terá de investir durante os 20 anos de contrato R$ 3 bilhões, mas deve faturar R$ 10,8 bilhões, segundo governo
O sistema CBTC permitirá reduzir o intervalo entre os trens, hoje alto na Linha 5 (GESP)
O sistema CBTC permitirá reduzir o intervalo entre os trens, hoje alto na Linha 5 (GESP)

O governador Geraldo Alckmin apresentou nesta quinta-feira (30) o edital de concessão das Linhas 5-Lilás e 17-Ouro. Disponível a partir desta semana, a concorrência internacional terá o vencedor anunciado em leilão a ser realizado na Bovespa no dia 4 de julho. A expectativa do governo é arrecadar ao menos R$ 189, milhões com a concessão das duas linhas em conjunto.

O concessionário que assumi-las terá de investir cerca de R$ 3 bilhões em manutenção e modernização das duas linhas, ou seja, ele não arcará com as possíveis ampliações, que continuará a cargo do estado. Estima-se que o grupo que explorar o trecho terá uma receita aproximada de R$ 10,8 bilhões no período, entre valores oriundos de tarifas e também da exploração comercial das estações e trens.

Ao todo, as duas linhas deverão transportar cerca de 1 milhão de passageiros por dia quando estiverem entregues as obras atuais. Nos 20,1 km da Linha 5 são esperados 850 mil passageiros e na Linha 17, 200 mil nos 7,7 km da primeira fase. Alckmin aproveitou para publicar também a licitação da estação Morumbi do monotrilho, aguardada há anos.

Antes prevista como parte do atual prédio da CPTM, a estação Morumbi foi retirada da primeira licitação para que fosse feito um novo projeto com um prédio ao sul da linha e com entrada independente. A nova previsão para entrada em operação da Linha 17 é de julho de 2019.

Programa de concessões

Com o anúncio em julho, a concessão das duas linhas deve sofrer atrasos. Caso não haja adiamentos, algo normal em um processo tão complexo, ainda deve-se esperar por alguma contestação dos perdedores. Caso isso não ocorra, a assinatura do contrato pode ocorrer entre agosto e setembro, mas o concessionário terá um período de seis meses em que acompanhará a operação antes de tomar a frente do negócio. Ou seja, isso só deverá ocorrer em 2018 quando a extensão estiver perto de ser entregue e quando de fato passará a valer os 20 anos.

Agora, o governo deve preparar para junho ou julho o edital de concessão da Linha 15-Prata, monotrilho na Zona Leste que será ampliado em 2018. Há também em gestação a PPP dos trens regionais, que pode incluir a Linha 7-Rubi, além dos estudos para concessão da Linha 2-Verde e das linhas 8 e 9 da CPTM – estas últimas previstas para serem leiloadas em conjunto no segundo semestre.

Estação do monotrilho da Linha 17: entrega em julho de 2019

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3 comments
  1. Excelente decisão do governador Geraldo Alckmin em privatizar as linhas do Metrô, CPTM e Monotrilho. A iniciativa privada, até pela legislação, por não ficar limitada como uma empresa pública, pode fazer a gestão de maneira mais ágil, eficiente e econômica. Um bom exemplo disso, é a Linha 4 Amarela do Metrô. É assim que uma gestão moderna e eficiente faz.

  2. é só olhar o quanto o contribuinte paga para a viaquatro ter lucro, para ver a gestao moderna, eficiente e economica….

    contratar uma nova empresa para gerir o metrô, no lugar do … metrô ???? quem conhece mais a ferrovia que os ferroviarios ??? a triunfo? a oderbrecht?

    o governo ao inves de investir em suas estatais, que tem konwhow gigantesco naquilo em que trabalham, vem sucateando as suas estatais como forma de justificar o privatismo, para assim fazer com que a maquina publica sustente o lucro de grupos empresariais. isso será oneroso demais pros cofres do estado, mas parece que pouca gente se importa. o problema do metrô e CPTM nao é tecnico, é politico. mas para a cabeça do povao que pouco pensa, o privatismo é a soluçao pra tudo. a lava-jato mostra a cada dia a sujeira existente entre governo e empresarios, ma pouco gente se dá conta disso. é triste ver o desmonte que esse governo está fazendo em nosso estado

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