O Metrô de São Paulo esperava iniciar a operação do sistema de controle de trens e sinalização CBTC na Linha 1-Azul ainda em junho, segundo relatório de empreendimentos publicado nesta semana.
O projeto, a cargo da Alstom, deveria ter sido concluído em abril, mas os testes realizados aos fins de semana e madrugadas não teriam suficientes para resolver todas as pendências. Agora, a empresa deverá realizar uma espécie de operação assistida apenas aos domingos, dia de menor movimento no ramal.
É uma estratégia semelhante a feita na Linha 2-Verde, a primeira a receber o sistema da fabricante francesa. Se tudo correr bem, o Metrô deverá estender os testes para os sábados e, enfim, para os dias úteis.
Primeiro ramal de metrô inaugurado em São Paulo, em 1974, a Linha 1 utiliza o ATC, um sistema de sinalização analógico, que depende de circuitos de via para localizar a posição dos trens, e controlar o carrossel de operação. Nesse conceito, há blocos fixos em todo o trajeto e que conseguem identificar a presença de um trem, assim evitando que dois deles estejam em blocos seguidos.
No entanto, o ATC não permite intervalos muito baixos por conta da falta de precisão do sistema. O CBTC, que usa sinais de rádio nos trens, consegue ter a posição de todos os trens em tempo real, que operam “interligados”, ou seja, se há uma frenagem repentina numa composição, as demais também reduzem a velocidade num tempo bastante curto.
A expectativa é que com o CBTC a Linha 1 tenha uma operação mais eficiente e até ligeiramente capaz de suportar uma demanda um pouco maior.
Portas de plataforma
Também parte do pacote de serviços da Alstom, as portas de plataforma (PSD) das estações Jabaquara e Tucuruvi também devem começar a operar neste mês. Elas estão em testes há várias semanas, mas dependem do funcionamento do CBTC para operarem de forma adequada.
As previsões do Metrô, no entanto, podem ser frustradas mais uma vez já que o relatório não costuma acertar suas datas.