O Metrô de São Paulo abriu uma nova licitação para a prestação de serviços de consultoria estratégica para facilitar a criação do projeto Visão de Futuro do Serviço (VFS), e da Estratégia de Futuro.
Trata-se de uma iniciativa para tornar a operação das estações mais automatizada e assim deslocar os funcionários para atividades mais interessantes. Para testar o conceito, a empresa pretende viabilizar a implantação de uma “Estação Piloto”.
Ao lançar a licitação, o Metrô tomou como uma das suas principais justificativas a necessidade de aumentar sua capacidade de adaptação e de se alinhar com as expectativas de funcionários e passageiros.
A pandemia de COVID-19 revelou um cenário até então desconhecido para a companhia, que precisou mudar radicalmente uma série de processos operacionais e que fomentou a revisão de outras atividades.
Entre elas está a melhoria da efetividade por parte dos funcionários altamente qualificados que estão em parte alocados em funções aquém das capacidades, gerando ineficiência e alto custo operacional, segundo ela.
Dentro dos benefícios esperados para o projeto de Visão de Futuro do Serviço estão:
- A maior assertividade e clareza na adoção dos critérios e diretrizes ditarão o futuro do Metrô de São Paulo.
- A melhoria na experiência do passageiro e dos funcionários, a otimização dos recursos existentes em suas diversas dimensões, como recursos humanos, financeiros e tecnológicos.
- A identificação de oportunidades de negócios, bem como as ameaças ao futuro da empresa.
- Maior diversidade e colaboração entre as áreas, maior de adaptabilidade e capacidade para lidar com as incertezas, maior agilidade ao corresponder às tendências e comportamentos de passageiros e funcionários
- Substituição gradual dos modelos, processos e filosofias, de forma a garantir uma curva de transição mais confortável aos novos modelos.
ESTAÇÃOx
Dentre os cenários explorados na VFS, está o conceito da “ESTAÇÃOx”. O cenário imposto pela pandemia e seus efeitos inéditos na operação do sistema metroviário paulistano, bem como de toda a rede de transporte, levantaram questionamentos quanto à qualidade dos processos existentes.
A revisão dos processos concebidos e realizados por décadas, que garantiram a solidez da companhia, já não refletem mais a realidade atual marcada pelos avanços tecnológicos e a automatização cada vez mais intensa nos diversos sistemas.
Realocar os melhores funcionários de funções de rotina para práticas mais gratificantes pode ter reflexos positivos para eles e também aos passageiros, diz a companhia.
9 dimensões da ESTAÇÃOx
Experiência do Cliente (CX) e Experiência do Funcionário (EX)
A forma como o cliente (passageiro) interage com a empresa é pensada para além do contato com o sistema metroviário se expandindo para a experiência antes e após a viagem. Já a experiência do funcionário visa criar melhores condições de conforto, acessibilidade e segurança, assim como atuar no âmbito cultural, físico e tecnológico criando uma boa atmosfera ao empregado.
Ambiente construído
A concepção de arquitetura, design e paisagismo das áreas internas e externas das estações deverão ser pensadas e projetadas para quem trabalha e utiliza as paradas diariamente.
Gestão de facilidades
Concerne o melhor gerenciamento dos serviços de suporte prestados pelo próprio Metrô ou por empresas terceirizadas como maneira de garantir a qualidade da manutenção dos equipamentos e espaços.
Comunicação
Forma como os passageiros e funcionários se relacionam e trocam informações de maneira que o serviço possa ser desempenhado conforme o planejado. Envolve a comunicação externa e interna, ou seja, a que ocorre entre as áreas do Metrô.
Segurança
A adoção dos conceitos de segurança visando a proteção ao patrimônio material e digital (Security), adotar de também a visão de segurança pública, resguardando os passageiros e os funcionários (Safety)
Sistemas de Operação, Controle e Gestão
A utilização de ferramentas variadas para o gerenciamento do serviço prestado incluindo a gestão de espaços, equipamentos e sistemas.
Modelo de Negócio
A entrega e a captura de valor de forma que o Metrô possa explorar ao máximo seu potencial econômico, tornando possível a viabilização financeira do negócio no longo prazo promovendo sua perpetuação.
Modelo de Operação
Forma como o Metrô se organiza para realizar a prestação do serviço aos seus passageiros.
Modelo de Manutenção
Maneira de como o Metrô atua para manter seus ativos em pleno funcionamento, de forma que os mesmos possam operar dentro das melhores condições.
CONCEITOx
Além da ESTAÇÃOx, a ideia de “CONCEITOx” também será adotada pela companhia. Com uma abrangência maior, o CONCEITOx visa fixar valores para os projetos de alta complexidade e que envolvam multidisciplinar entre as diversas áreas do Metrô com foco em uma concepção integrada e com visão única. Os valores dos projetos dentro do CONCEITOx são:
- Eficiência e Sustentabilidade: Ecologicamente Correto, Socialmente Justo e Economicamente Viável
- Escaláveis: Projetos flexíveis para aumentar ou diminuir os a oferta de serviços e a demanda conforme a necessidade
- Seguros: De forma física, operacional, cibernética e de segurança pública
- Contemporâneo: Uma infraestrutura focada no presente, sem ficar defasada pelo tempo
- Humano e Diverso: Projetos focados na experiência do passageiro e do funcionário com seus pontos de vista no centro das decisões
- Resilientes: o negócio deve estar preparado para qualquer situação, seja ela qual for.
Com base nos preceitos do CONCEITOx, os projetos que estão em fase de implantação ou desenvolvimento deverão ser alinhados com as Diretrizes de Alinhamento de Projetos. Estas diretrizes estão em consonância com a Visão de Futuro do Serviço (VFS).
A “desrobotização” dos funcionários é uma premissa que fará com que os colaboradores possam atuar em cenários onde existe necessidade de decisões que levem em conta a interpretação dos sentimentos, empatia, cuidado e senso crítico. As atividades lógicas e sistemáticas deverão ser gradualmente automatizadas através de algoritmos.
Os projetos deverão ter visão de futuro, em que a vida útil dos elementos existentes, sua manutenção e eventual substituição sejam consideradas.
O prazo para a empresa realizar a montagem da Visão de Futuro do Serviço juntamente ao Metrô de São Paulo será de 15 meses. As ideias adotadas pela companhia visam trazer uma oxigenação a estatal que viu-se estagnada no tempo e visa se tornar uma empresa com uma dinâmica maior, atendendo e se atentando às experiências de seus passageiros e funcionários.
acho q essa noticia é velha, pois o que vc menos vê numa estação do metrô são funcionários. a estação X já está implantada faz tempo.
Antes da oxigenação na empresa tem que terminar o cco X
A automação nos transportes públicos é um caminho sem volta, especialmente em sistemas modernos como o metrô de SP.
O X da queståo såo os assaltos dentro do metrô…e is vagöes abarrotados de ambulante.
Vai mudar isso ?
Automação de transporte público só funciona aonde os passageiros são educados e inteligentes.