Pelo que se viu até agora, as obras da Linha 6-Laranja, que estão paradas há exatos 10 meses, devem ganhar um novo sócio privado na PPP lançada pelo governo do estado. Depois de ver mais um prazo se esgotar sem que o consórcio Move São Paulo retomasse os trabalhos, a Secretaria de Transportes Metropolitanos admitiu que rescindirá o contrato caso a empresa não retome as obras até o final de julho.
É mais um prazo dado pelo governo para que a Move São Paulo encontre uma forma de financiar a obra, que compreende uma linha de mais de 15 km de extensão e 15 estações entre os bairros de São Joaquim e Brasilândia, no noroeste da cidade. No entanto, desta vez soou como um últimato: ou a empresa retorna ao trabalho ou seus sócios vendem sua participação para grupos que não têm restrição para empréstimos com o BNDES.
Nesse cenário, surgiu o grupo espanhol Cintra-Ferrovial, um dos maiores do setor e que opera de estradas a aeroportos. O secretário Clodoaldo Pelissioni revelou à imprensa que está sendo costurada uma negociação com as três empreiteiras sócias da Move (Odebrecht, Queiroz Galvão e UTC) para que a Ferrovial assuma a operação e construção da linha 6.
A entrada de um novo sócio é uma saída mais “harmoniosa” para o problema já que, caso haja a rescisão, será preciso refazer a licitação e calcular o que foi entregue e pago até agora. O governo, no entanto, insiste em manter o prazo de entrega para 2021, algo pouco provável na atual situação.