Nenhum interessado apareceu para fazer oferta pelos “naming rights” da estação Vergueiro

Sessão de entrega de propostas nesta quinta-feira, 2, “restou vazia”, como se diz no jargão do meio, em mais um fracasso do programa de concessão de direito de renomeação parcial do Metrô
Estação Vergueiro (Jean Carlos)
Estação Vergueiro (Jean Carlos)

A comissão de licitação do Metrô de São Paulo teve mais um momento decepcionante nesta quinta-feira, 2 de outubro, quando foi realizada a sessão pública de entregas de propostas pelo direito de renomeação parcial da estação Vergueiro, da Linha 1-Azul.

Tratava-se da primeira vez que o Metrô oferecia os “naming rights” da estação, conhecida por ser vizinha do Centro Cultural e do Centro de Controle Operacional da companhia. Mas nem isso foi suficiente para que interessados aparecessem na Rua Boa Vista, 175, às 10h, para fazerem suas ofertas.

Em jargão do meio, a licitação “restou vazia”, ou seja, fracassou. Nem mesmo a notória DSM, empresa de marketing que é dona da concessão das quatro únicas estações aceitas pelo Metrô, resolveu comparecer, um sintoma de que o modelo de licitação da companhia estadual parece esgotado.

Como este site tem abordado com frequência, o Metrô optou por uma estratégia pouco eficiente em oferecer o direito de empresas colocarem suas marcas associadas aos nomes das estações. A companhia, que já realizou com sucesso a concessão da publicidade em estações e trens para a francesa JCDecaux, especializada nesse tipo de mídia, poderia ter feito algo semelhante com os “naming rights”.

Metrô desistiu de vender publicidade de forma direta e repassou trabalho para uma empresa privada (JCDecaux)

Ou seja, escolher uma parceira privada para buscar interessados nesse produto em vez de tentar licitar uma estação de cada vez. Ocorre que os potenciais anunciantes não estão participando de nenhuma das inúmeras licitações, restando então a “atravessadores” o papel de tentar obter a concessão. Como eles irão lucrar ao repassar a terceiros esse direito, as propostas têm sido baixas.

Se em vez disso o Metrô se tornasse sócio de uma empresa privada deixaria de ter o trabalho de lidar com essa burocracia e ganharia uma participação sobre o sucesso do parceiro, assim como ocorre com a JCDecaux, que sabe como gerir esse tipo de ativo.

Espera-se que essa mentalidade mude e o Metrô desista de passar vexame nessas licitações vazias.

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  1. Na opinião da maioria, fazer um pacote com várias estações e lançar a licitação, seria bem mais interessante do que uma m em uma estação

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