Tatuzão Norte da Linha 6-Laranja já está escavando em direção à Brasilândia

A cidade de São Paulo voltou a contar com dois “tatuzões” em atividade simultânea. O chamado “Tatuzão Norte”, da Linha 6-Laranja, já iniciou as escavações em direção à região da Brasilândia, como revela um vídeo do canal iTechdrones gravado na sexta-feira, 18.

Comparando imagens do equipamento do dia 23 de outubro, é possível confirmar que a tuneladora já havia avançado cerca de seis metros, aproximadamente. O vídeo do canal também mostra material que foi retirado pela esteira, embora no momento da gravação ela estivesse parada.

O início da escavação do “Tatuzão Norte” não foi divulgado pela Acciona, empresa responsável pelas obras da Linha 6, nem pelo governo do estado até o momento. Ao contrário de épocas anteriores, quando qualquer novidade nos canteiros era motivo para a realização de eventos com a presença do atual e do governador anterior, João Doria, a chegada do “Tatuzão Sul” à estação Santa Marina, primeira a ser atingida, não foi noticiada pelos parceiros do projeto.

O site tentou obter informações da LinhaUni, concessionária que irá operar o ramal de 15,3 km, porém, até o momento não obteve qualquer resposta além de um “estamos verificando”, enviado no dia 7 de novembro.

Trecho curto, trabalho mais difícil

O “Tatuzão Norte”, embora tenha sido fabricado pela mesma empresa e guarde muitas semelhanças com seu irmão, foi concebido para abrir os túneis em rocha. Por isso, sua roda de corte é feita com materiais diferentes e o ritmo de avanço é menor do que o da tuneladora sul, de 9 metros contra 12 metros por dia da segunda. Por outro lado, o trajeto do segundo TBM (Tunnel Bore Machine) será menor, de 5 km aproximadamente.

O início das escavações do segundo tatuzão havia sido previsto pelo governo e pela Acciona, entre outubro e novembro, o que acabou sendo confirmado. Embora não estivesse completamente montado no fundo da vala e dos poços abertos no VSE Tietê, o segundo “shield” também foi afetado parcialmente pelo acidente que rompeu o interceptor de esgoto da Sabesp em fevereiro. O material acabou inundando toda a área, causando prejuízos aos equipamentos e atrasando o progresso da obra em cerca de sete meses.