Ao menos dois grupos devem concorrer pela concessão do Metrô de BH

Segundo secretaria de infraestrutura do estado de Minas, um consórcio nacional e outro formado por empresas brasileiras e estrangeiras deverão participar do leilão marcado para o dia 22
Trem do Metrô de BH (Divulgação)

Em meio à tentativas de cancelamento por via judicial e uma greve nesta quarta-feira, 14, o Metrô de Belo Horizonte caminha para sua concessão, cujo leilão está marcado para a próxima quinta-feira, 22, no Bolsa de Valores de São Paulo (B3).

E pelo menos dois grupos já teriam demonstrado interesse em concorrer no certame, um consórcio nacional e outro formado por empresas brasileiras e estrangeiras, afirmou o secretário de Infraestrutura do estado de Minas Gerais, Fernando Marcato, ao Diário do Comércio.

Marcato não revelou os nomes das empresas, mas disse esperar que um terceiro grupo se apresente no dia 22. A concessão do Metrô de Belo Horizonte, hoje controlado pela estatal federal CBTU, é há muito esperado diante do sucateamento da operação e da falta de perspectivas de expansão.

A empresa vencedora deverá modernizar a Linha 1, além de construir mais uma estação (Novo Eldorado) e implantar a Linha 2 (Nova Suíça-Barreiro) numa extensão de 10,5 km e sete estações.

Atualmente, o Metrô de BH possui 28 km e 19 estações, que transportam diariamente cerca de 100 mil pessoas. A previsão é que com a expansão, mais de 270 mil passageiros sejam transportados por dia, 50 mil deles na Linha 2.

A entrega da Linha 2 tem prazo de seis anos para ser construída, o que indica o ano de 2029 já que a assinatura da concessão deverá ocorrer em 2023. Mas no quarto ano do contrato, a concessionária já deverá inaugurar partes das estações.

A implantação do Metrô de BH após a concessão (GEMG)

Ações na Justiça e greve

No entanto, boa parte dos recursos para modernização e ampliação serão bancados pelos cofres públicos. Enquanto a futura concessionará arcará com apenas R$ 440 milhões, o estado bancará R$ 460 milhões e o governo federal, R$ 2,8 bilhões. Já o lance mínimo de outorga é de R$ 19,3 milhões.

O leilão às vésperas do final do mandato do governo Bolsonaro motivou o Partido dos Trabalhadores, do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, a entrar na Justiça para impedir a concessão. No entanto, o juiz Eduardo Rocha Penteado, da 14ª Vara Federal do TRF da 1ª Região, rejeitou o pedido, mas acredita-se que outras ações continuarão a ser tentadas até o dia 22.

Nesta quarta-feira, os funcionários da CBTU entraram em greve, também em movimento contra a concessão, sem previsão de retorno.

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11 comments
  1. Mais uma vez o que esse governo que sai vai deixar um rastro de insanidade junto com o governador mineiro. A privativacao do metrô e um erro d scabivel. Invistam esse dinheiro na melhorar do metrô de BH. Não coloque funcionários concursados na rua!! Zema e Marcato entrega m tudo que puder a iniciativa privada. Acorda presidente Lula para não ficar com mais uma bomba para o novo governo.

  2. Em MG continua “tudo como antes no Quartel de Abrantes”, mas o BR terá um novo velho presidente em uma quinzena e ele não é muito simpático à privatizações…

    Mesmo com uma outurga pequinina, será que algum investidor privado teria coragem de torrar sua grana numa compra que pode ser anulada na virada do ano? Os ricos são ricos porque sabem gastar bem seu dinheirinho.

    1. o pagamento não é no ato, tipo saiu o resultado, toma aqui o dinheiro.

      na verdade são entrega de propostas e depois disso ainda há uma análise para ver se a proposta vencedora realmente tem todos os requisitos e arcabouço financeiro para manter a contrato.

  3. Não façam essa concessão! Deixem as estatais nas mãos da quadrilha petista. Luladrão está sedento pra voltar a roubar depois de fraudulentamente ser colocado na cena do crime

  4. Traduzindo aqui , o “Terceiro Grupo” que ele espera seria a CCR, até pq até o momento os sócios da empresa não tiveram interesse nessa concessão, já que eles estão esperando a Concessão da L7-RUBI+TIC+TIM em São Paulo em 2023

    1. A CCR vai participar do leilão sim,mas não deve arrematar.
      Quem deve levar esse leilão é a ACCIONA ou o tal consórcio estrangeiro.

    2. a CCR é o maior financiador dessa concessões.

      já informou aos seus acionistas, no evento CCR day, o desejo de ter a concessão de todas as linhas da CPTM, CBTU e trensurb, metrô de brasilia, futuro metrô de curitiba e se tornar o maior operador de mobilidade nacional. eles só não querem a supervia no RJ.
      o desejo de ter a concessão das linhas da CPTM vem de antes mesmo do governo “pensar” em conceder. há slides de eventos CCR day falando das linhas da CPTM, incluindo a 13-jade, e a linha 5 do metrô, antes mesmo de sair qualquer proposta governamental.

      o negocio deles é pegar coisa pronta, que dá retorno rápido, inclusive essa é a justificativa para não participarem do processo da linha 6, pois entenderam que demoraram no minimo 6 anos só de gasto, obra subterranea e risco alto.

      então meu amigo, quando os caras tem interesse, se o governo não pensou em conceder, eles fazem o governo pensar, se é que bem me entende.

  5. Para que fazer estas concessões? O serviço melhora? É só ver como está a situação do Rio de Janeiro. As linhas de trens metropolitanos de São Paulo com pouco tempo de concessão já começaram a aparecer problemas.

  6. É o famoso negócio “de pai para filho”
    O filho fica com a arrecadação e o pai com os custos da construção e modernização.
    Até eu que sou mais “otário” viro empresário desse jeito!

  7. “No entanto, boa parte dos recursos para modernização e ampliação serão bancados pelos cofres públicos”, como em todas as concessões. Se havia dinheiro para investir, por que não o fizeram antes? Não tem interesse público nenhum nessa concessão, somente dos possíveis ganhadores.

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