O Metrô de São Paulo conseguiu ampliar o investimento na expansão e modernização de suas linhas em 2022, porém, ficou aquém dos R$ 3,1 bilhões previstos. Segundo a companhia, foram empregados R$ 2,1 bilhões no ano passado, ou seja, dois terços dos recursos disponíveis.
Originalmente, a companhia previa empreender quase R$ 3,5 bilhões em vários projetos sobre trilhos, porém, em meados do ano passado, a previsão foi revista, com redução de 10% no total a ser investido.
O projeto que mais recebeu recursos foi a Linha 2-Verde, cuja extensão até Penha consumiu R$ 1,15 bilhão ou 54% do total investido. Outro empreendimento da Zona Leste, a Linha 15-Prata, foi a segunda em valores investidos, com R$ 326 milhões.
Como tem sido praxe, a complicada Linha 17-Ouro voltou a decepcionar. O ramal de monotrilho com 6,7 km de extensão e oito estações teve apenas R$ 173 milhões empregados, ou 39% do orçamento atualizado.
O cenário para o ramal, no entanto, era mais otimista no início do ano, quando o Metrô pretendia investir R$ 1 bilhão durante os 12 meses. Embora tenha vários contratos em andamento, a Linha 17 passa por seguidos atrasos, sobretudo do Consórcio Monotrilho Ouro (Coesa e KPE), que deveria ter avançado nas obras civis remanescentes, que incluem sete estações e um pátio de manutenção.
Já os estudos para implantação da Linha 19-Celeste consumiram R$ 28 milhões, um montante bem superior aos anos anteriores. O Metrô também aplicou cerca de R$ 4,4 milhões em outros projetos da expansão, entre eles a Linha 20-Rosa.
Foco nas linhas 1-Azul e 3-Vermelha
Em relação aos projetos de modernização, o destaque ficou as linhas 1-Azul e 3-Vermelha, que estão passando pela mudança de sistema de sinalização (de ATC para CBTC), além de instalação de portas de plataforma.
O investimento em expansão e modernização no Metrô tem crescido nos últimos anos. Em 2019, haviam sido apenas R$ 505 milhões, total que dobrou em 2020 e atingiu R$ 1,5 bilhão em 2021.