Pouco mais de um ano após o acidente com um dos tatuzões da Linha 6-Laranja do Metrô, dois laudos produzidos por especialistas diferentes mostram conclusões conflitantes sobre as causas do rompimento do interceptor da Sabesp que inundou túneis e poços da obra.
No final de janeiro, um relatório encomendado pela construtora Acciona, responsável pela obra metroviária, apontava como possível causa a fragilidade da estrutura da Sabesp, que estaria operando sobre pressão. O documento, obtido pela TV Globo, diz ainda que o sistema da Sabesp , chamado de ITi-7, “não seria capaz de sustentar até modestos níveis de compressão” por conta da construção fora da especificação. O interceptor é um imenso túnel por onde a empresa de saneamento transporta o esgoto para regiões de tratamento. Ele fica localizado acima de onte o túnel da Linha 6-Laranja foi escavado.
Na semana passada, a TV Globo obteve novamente outro lado, desta do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), que é vinculado ao governo do estado e foi chamado para investigar o acidente. As conclusões foram opostas às apresentadas pela Acciona.
Segundo o documento, que é parte da investigação levada a cabo pelo Ministério Público e a Polícia Civil, a Acciona teria falhado em instalar uma parede para evitar o deslocamento de terra com a passagem da tuneladora. Em vez disso, teria concretado uma parede mais fina, que não suportou a pressão exercida.
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O IPT também aponta possíveis fragilidades no solo causadas por sondagens abandonadas, embora a reportagem não cite a quem elas pertenciam. O instituto isenta de culpa a Sabesp, a quem atribui a correta construção do interceptor, localizado 3 metros acima do túnel do ramal metroviário. Segundo ele, não houve rompimento da tubulação e, ao contrário do que afirmou a consultoria da Acciona, as bombas da rede de esgoto estavam desligadas no momento da passagem.
O acidente em 1º de fevereiro de 2022 ocorreu minutos após o Tatuzão Sul atingir o poço SE Aquinos, na Margina Tietê. Como mostrou um vídeo publicado em primeira mão pelo MetrôCPTM, após a roda de corte terminar de derrubar a última parede, uma enxurrada de esgoto desaba sobre ela. Em pouco tempo, toda a área escavada foi tomada pelo material, mas felizmente não houve vítimas já que os funcionários conseguiram deixar o local.
A Acciona teve de reformar os dois tatuzões (a Tuneladora Norte foi parcialmente afetada) e retomou as escavações no final de agosto.
A decisão governamental de se convocar o IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) que é um organismo altamente qualificado para uma avaliação dos acontecidos foi uma decisão sensata, pois a grandiosidade do empreendimento não se pode deixar as análises dos fatos ficarem restritas as opiniões de um único relatório contraditório inconsistente encomendado pela construtora Acciona, responsável pela obra metroviária não constando nome dos peritos e referencias da empresa que elaborou o laudo sobre o risco de grande perda de segurança, credibilidade e confiabilidade, pois esta demora da definição permite uma série de especulações sobre prováveis elementos estruturais.
Com relação ao episódio, o IPT isentou de culpa a Sabesp, a quem atribui a correta construção do interceptor, localizado 3 metros acima do túnel do ramal metroviário.
Esta Galeria tubular ITI-7 tem 3,4 m de largura e 2,65 m de altura com cerca de 7,5 km de extensão foi construída sob e em paralelo da Marginal Tietê e se sabia de sua existência pois é recente e consta em plantas, e não foi providenciado reforço para o seu entorno para evitar seu desabamento justamente em seu ponto de cruzamento.
só repetiu o que a notícia disse, mas no mínimo estranho ambos apontarem um ao outro, sabendo que o projeto do mêtro é mais antigo e previa os túneis há muito mais tempo, não faz o menor sentido construir um túnel 3m acima da passagem de uma tuneladora imensa de mais de 10m de diâmetro, ambos os laudos nos colocam na estaca 0 sendo tão contraditórios
O IPT foi até bonzinho… verdadeira atrocidade o que a contrutora fez…