Com obras paradas e canteiro abandonados desde o final do ano passado, a Linha 17-Ouro tem sido uma dor de cabeça para o Metrô de São Paulo, que busca uma saída para concluir os trabalhos do chamado trecho prioritário, em construção há 11 anos.
Em declarações, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) tem dito que as alternativas na mesa são oferecer o projeto para a ViaMobilidade, concessionária que irá operar o ramal de monotrilho, realizar outra licitação ou, então, oferecer o serviço a um dos concorrentes que participaram do certame realizado em 2019.
O primeiro nessa linha de sucessão seria o consórcio Paulitec-Sacyr, que pediu R$ 513 milhões para executar o serviço, ou R$ 15 milhões a mais que a Coesa. Mas, ao que tudo indica, a bola da vez é a construtora Carioca Christiani-Nielsen Engenharia S.A, sediada no Rio de Janeiro.
De acordo com consultas realizadas pela empresa junto à área de contratações, o Metrô pretende pagar R$ 432 milhões para que um dos participantes da licitação assuma o serviço deixado pelo Consórcio Monotrilho Ouro (Coesa e KPE). A meta seria que os trabalhos durassem 18 meses a fim de concluir o pátio Água Espraiada e sete das oito estações, além de outros serviços menores.
A licitação de obras civis remanescentes da Linha 17 foi lançada pelo Metrô em 2019 após outra rescisão, com o Consórcio Monotrilho Integração, ter sido realizada. A ideia da companhia era dividir os escopos de obras e sistemas para facilitar a execução, mas no fim o processo ambos os processos acabaram parando na Justiça.
Onze concorrentes
Nada menos que 11 grupos apresentaram propostas para concluir as obras do monotrilho, com valores que iam de R$ 495 milhões (Constran Internacional) a R$ 750 milhões (Consórcio T.A.S).
A Carioca Engenharia acabou pedindo R$ 573,7 milhões e ficando atrás da Constran, Coesa, Paulitec-Sacyr e Contracta-Planova. Não está claro se o Metrô enviou consulta a todas as concorrentes derrotadas ou se está sodando empresa por empresa, conforme a posição na licitação.
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Com quase quatro anos desde o leilão, os valores das propostas certamente ficaram desatualizados, o que pode dificultar a busca por um interessado em assumi-las. Isso não é inusitado, basta lembrar que o próprio Metrô reativou os contratos de obras da Linha 2-Verde após sete anos.
Se conseguir assinar um novo contrato em meados deste ano e ele for cumprido, as obras da Linha 17-Ouro entre Congonhas/Washington Luis e Morumbi poderiam ficar prontas até o final de 2024, abrindo caminho para uma possível inauguração em 2025.