A despeito da meta ambiciosa de investir R$ 5,6 bilhões em projetos de expansão e modernização em 2023, o Metrô de São Paulo continua com imensas dificuldades de colocar a teoria em prática.
Em quatro meses, a companhia só conseguiu empregar R$ 748 milhões desse montante, ou 13% do total. Num cálculo simplório, baseado no número de meses, esse dado já deveria ter chegado por volta de 33%.
Dos projetos listados pelo Metrô, apenas os que envolvem a Linha 4-Amarela estão perto desse índice (31%), porém, o ramal já está praticamente pronto, com 99,9% do avanço físico registrado. Vale observar que se tratam de serviços complementares, que somam apenas R$ 118 milhões.
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Considerando os empreendimentos em expansão, a Linha 2-Verde continua o destaque, com investimento de R$ 459 milhões de um total de R$ 2,7 bilhões previstos para este ano (17%).
A extensão até Penha, com oito estações, está avançando bem, mas ainda há muito a fazer. Os túneis a serem escavados pelo tatuzão “Cora Coralina” só serão abertos em meados do segundo semestre enquanto o Metrô ainda não lançou a aguardada licitação de aquisição de 44 novos trens.
De menor envergadura, mas bastante importante, a ampliação da Linha 15-Prata avançou 21%, com R$ 105 milhões empregados de um total de R$ 491 milhões.
Como não é mais surpresa, a Linha 17-Ouro continua um imenso problema. A fase prioritária, por mais irônico que isso soe, foi agraciada com quase R$ 1,1 bilhão de investimento em 2023, mas somente R$ 68 milhões foram usados (6%).
Curiosamente, há vários outros contratos em execução (sistemas, sistemas de alimentação elétrica, elevadores e escadas rolantes), mas a impressão é que não estão andando na velocidade ideal, influenciados pela parada nas obras civis após o afastamento do Consórcio Monotrilho Ouro (KPE e Coesa).
A situação não deve mudar tão cedo visto que o Metrô ainda não anunciou que empresa deve assumir os trabalhos do consórcio afastado.
Entre os demais projetos, a Linha 19-Celeste, ainda em estudo, consumiu R$ 16,7 milhões dos R$ 252 milhões disponíveis e os trabalhos relacionados à expansão da malha metroviária (onde estão projetos como as linhas 20, 16 e 22), apenas R$ 3,7 milhões.
Já na modernização dos três ramais mais antigos, o avanço é mais nítido na Linha 3-Vermelha, que está prestes a testar o sistema CBTC. A instalação de portas de plataforma, por sua vez, teve até aqui 6% do orçamento utilizado.
Isso se chama sucateamento
Se tem o dinheiro e não faz, isso se chama incompetência, falta de gerenciamento e por aí vai.
para se ter uma ideia, a empresa responsável em trazer o Tatuzão de Santos até o complexo Rapadura, extensão da linha 2 verde, projeta 1 mês. O metrô informou que não acredita nesse prazo e calcula até 3 meses. É isso, ao invés de cobrar o cumprimento do prazo, aposta no atraso sem justificativa, colocando o dobro do tempo para o tatuzão chegar ao complexo rapadura, do que demorou para o Tatuzão chegar da China até Santos.
O poço do Rapadura ainda não está pronto pra receber o tatuzão.
O metrô não executa nada, o metrô contrata e fiscaliza. Se a empresa contratada não consegue seguir o cronograma que ela mesma apresenta, os valores pagos ficam defasados dos previstos. Estranho seria o Metrô pagar por coisa que não foi executada.
E a ViaMobilidade? Investiu quanto nesse periodo?
Tem que contratar funcionários, o deficit tá vegonhoso, feito de propósito pra destruir a empresa por dentro.
Achei curioso o avanço expressivo do percentual de obra da Linha 17 no último mês, número mostrado no relatório de acompanhamento financeiro de ações do Metrô. Claro que se trata da parte de sistemas, mas ainda assim, significante.