O Trem Intercidades (TIC) entre São Paulo e Santos é aquele que apresenta a maior complexidade técnica. Apesar de o trecho no planalto ser particularmente muito favorável, a transposição da Serra do Mar é um obstáculo hercúleo.
O governo do estado está estudando formas de viabilizar no médio e longo prazo a construção de uma rede de trens de média velocidade ligando as regiões metropolitanas da chamada macrometrópole paulista.
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Por meio de informações a que o site teve acesso e de relatórios oriundos do Plano Integrado de Transportes Urbanos (PITU 2040) é possível delinear perspectivas para o último traçado desta primeira etapa de TICs.
Projeto atual
O atual projeto de trens entre São Paulo e Santos é composto por 76 km de vias e seis estações, sendo elas: Brás, Tamanduateí, Santo André, Mauá, Cubatão e Santos.
O principal fator que justifica a implantação de um TIC neste trecho é a saturação do sistema Anchieta-Imigrantes, que possui tráfego compartilhado entre viagens domésticas e de carga.
A promoção de conexão, fazendo com que o TIC possa partir da estação Brás, pode viabilizar uma maior atração de demanda. Outrora estudos chegaram a ser desenvolvidos prevendo que o serviço pudesse partir de uma nova estação denominada Parque da Mooca.
A concepção de traçado e características operacionais foi realizada através de uma equipe de engenharia que projeta as características do sistema via com seu traçado geométrico, pátios de cruzamento e áreas de manobra, sendo esses dados simulados em software para verificação de seus parâmetros.
Esta primeira etapa visava uma otimização dos projetos de engenharia, fazendo-os ter maior viabilidade na operação dos trens. A segunda etapa do projeto foi a definição da grade horária de serviços e adoção de infraestrutura adicional.
Os estudos indicam, assim como em todos os projetos de TIC, que o compartilhamento de vias entre os serviços de passageiros regulares (CPTM) e os trens de carga são completamente inviáveis. Será necessário uma via dedicada para os trens regionais.
O tempo de viagem estimado será de 70 minutos no serviço regular. O intervalo mínimo será de 15 minutos, de onde partirão trens elétricos de dois andares com capacidade para 1.200 passageiros cada. A velocidade máxima destes trens seria de 160 km/h.
A demanda diária estimada para os serviços é de 56 mil passageiros no período inicial e de 160 mil passageiros caso opere em rede com os demais serviços implantados.
O valor de tarifa estimado entre Brás e Santos é de R$ 24 em valores de 2021 com uma tarifa de aproximadamente R$ 0,34 por quilômetro percorrido.O valor para a implantação do projeto é de R$ 7,97 bilhões para obras e de R$ 2,92 bilhões para a compra dos trens. O valor total de investimento é de R$ 10,8 bilhões.
Preocupações do governo
O projeto entre São Paulo e Santos possui duas alternativas possíveis. Uma delas, considerada a mais viável, é a construção de um túnel ferroviário entre Mauá e Cubatão.
Sob o aspecto operacional a alternativa seria basicamente uma linha reta com rampa gradual o que poderia, na descida, gerar uma economia grande de energia elétrica. Tal energia poderia ser reaproveitada para os trens na subida.
Porém, a alternativa de um túnel com esta magnitude é muito cara, o que requer bastante cuidado ao se optar por ela. Outra possibilidade é fazer uma novo sistema cremalheira, semelhante ao da MRS, sob penalidade de aumento no tempo de viagem.
A presença da densa vegetação na região da Serra do Mar iria requerer maior rigor por parte dos estudos ambientais em todos os aspectos. Órgãos de financiamento poderiam aumentar suas exigências para minimizar os impactos do projeto, encarecendo seu custo.
Sob os aspectos operacionais discute-se a possibilidade de novas vias no trecho entre Mauá e Rio Grande da Serra. A estação Tamanduateí poderia ser cotada como parada inicial do trem até Santos, tendo em vista a saturação de trechos, sobretudo de trens metropolitanos, na estação Brás.
Portanto, este último eixo de TIC possui a maior complexidade. Seja pelo aspecto técnico-econômico ao tentar se promover uma solução viável para vencer a serra do mar, tanto pelo aspecto sócio-ambiental ao viabilizar o desenvolvimento das regiões metropolitanas sem abrir mão da preservação do bioma existente na Serra do Mar.
Se não tivessem deixado apodrecer a antiga ferrovia! Brasil é um país burro em vários aspectos….
Também entendo que a travessia da Serra do Mar poderia ser feita usando o leito do antigo sistema funicular, porém isso dependerá da situação geológica dos taludes e encostas desse trecho – há décadas abandonado e sem qualquer manutenção.
Quanto à inclinação da rampa, certamente há na indústria modelos de trens capazes de vencê-la em livre aderência e com segurança – lembrando que nos trens de passageiros o peso por eixo é relativamente baixo.
O que os estudos indicam em todos os TIC: vias exclusivas.
O que o governo está tentando fazer: vias compartilhadas.
Vai dar errado sim ou com certeza?
Um trem a 160 km/h, dividindo os trilhos com a L-10 Turquesa e trens de carga, é óbvio vai dar errado
Rindo até 2050. Piada né? Sabe quando vai sair do papel esse trem intercidades? Nunca!
Isso é piada mesmo,trem intercidades já virou palhaçada,eu não acredito mais nessa história de trem 🚂 intermentiroso,piada pura mentira,a inauguração acho que pode ser qualquer dia 31 de fevereiro. Posso sugerir um trem com velocidade de 4.500 km /s , já que é pra mentir, vamos caprichar!!!
Governo está usando esse cavalo de Tróia para dar as linhas metropolitanas para a CCR. Mas é justo, esse foi o projeto vencedor nas urnas. Por mais padrão de qualidade via mobilidade linhas 8 e 9! Viva a democracia! Depois não adianta chorar quando os subsídios do governo para a CCR ir lá para a estratosfera, inversamente proporcional à qualidade do atendimento.
Será que não haveria possibilidade de aproveitar o traçado do antigo funicular que se encontra abandonado pois segundo informações antigas da EFSJ as composições de passageiros Estrela e Planeta conseguia desenvolver uma boa velocidade até mesmo no trecho de serra e poderia utilizar trens que permite utilizar o trilho da cremalheira sem a necessidade de troca de locomotivas como acontecia no passado, fora também que os passageiros podem desfrutar da paisagem da Serra do Mar aumentando seu potencial turístico a exemplo do Trem Curitiba – Morretes da Serra Verde.
Está na hora desse governo ser mais criativo…nas últimas eleições já utilizaram essa conversa para enganar o povo…se não me engano foi o Doria
Eu também não acredito nesta promessa de trens regionais, daquí a pouco isto vai acabar fazendo parte do folclore brasileiro!
kkkkkk
Também entendo que a travessia da Serra do Mar poderia ser feita usando o leito do antigo sistema funicular, porém isso dependerá da situação geológica dos taludes e encostas desse trecho – há décadas abandonado e sem qualquer manutenção.
Quanto à inclinação da rampa, certamente há na indústria modelos de trens capazes de vencê-la em livre aderência e com segurança – lembrando que nos trens de passageiros o peso por eixo é relativamente baixo.
Por conta de continuar iludindo a população, governantes tem se apresentado com múltiplos projetos no papel para serem montados em forma irresponsável, mirabolante e simultânea numa ilusão para animar os eleitores incautos em tempo de trampolim para as eleições, mas num mandato de quatro anos, nenhuma das três linhas sairá do papel; São José dos Campos, Sorocaba e Santos não faz sentido ter um TIC e não possuir paradas intermediárias. Os projetos levam tempo para maturação, há prazos e nem verbas no orçamento para serem cumpridos, não se tira estudos assim do dia pra noite.
E os recursos disponíveis também são limitados, e eles sabem disto, pois já existem várias obras de expansão em andamento inconclusas, que devem ser finalizadas primeiro, pra depois se priorizar essas linhas, para tentar justificar as concessões das linhas metropolitanas. Muita falácia e o que de fato está acontecendo é a retirada de foco das concessões, para entregar todas as linhas da CPTM e Metrô.