A imensa Linha 20-Rosa, que deve partir da região da Lapa, cruzar a Zona Sul de São Paulo e terminar no ABC Paulista, ainda está longe de virar realidade, porém, aos poucos o Metrô tem realizado estudos e projetos para tornar o ramal mais perto da construção.
Um desses levantamentos envolve definir os terrenos onde serão implantadas estações, saídas de emergência e ventilação e pátios de manutenção.
É justamente esse último item que teve o maior dos pátios revelado pela companhia na documentação da licitação para laudo macro de desapropriações, lançada na semana passada.
O Metrô já havia mencionado um primeiro pátio de manutenção na região da estação Santa Marina, mas desta vez mostrou o chamado ‘Pátio Rhodia’, onde deverá se concentrar a principal área de manutenção da Linha 20.
A tarefa de encontrar locais para implantar um parque de serviços como esse é difícil já que é necessário uma grande área para acomodar trens e prédios de manutenção.
Felizmente, a Linha 20-Rosa, que terá sua estação terminal ao lado da Linha 10-Turquesa, em Santo André, poderá contar com um espaço bastante adequado e, no momento, desocupado, bem perto dali.
O Pátio Rhodia deverá ser construído onde existiu por 90 anos uma fábrica da Rhodia, divisão brasileira do grupo francês Rhône-Poulenc.
No local, inaugurado em 1921, a Rhodia fabricou produtos químicos até 2013, quando sua nova dona, a belga Solvay, transferiu toda a produção para o interior, na unidade de Itatiba.
O enorme terreno, de cerca de 160 mil m² parece bastante adequado para esse fim. Além de estar ao lado da estação Santo André, trata-se de um terreno plano e de fácil acesso.
No entanto, é esperado que o trabalho de preparação para a obra inclua a descontaminação do solo já que foram quase um século de atividades fabris.
Linha gigante, frota numerosa
Ainda é um pouco cedo, no entanto, para cravar alguns números da Linha 20. Embora os estudos estejam evoluindo, há que se definir como o projeto será implantado, se em fases ou de uma só vez. O ramal, todo subterrâneo, entretanto, é uma obra cara e demorada.
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Dados preliminares falam em 33 km de extensão, 24 estações, 1,3 milhão de passageiros por dia e uma frota de 50 trens. Ou seja, será uma das maiores linhas metroviárias de São Paulo.
Com 50 composições, de fato, um pátio não será suficiente, por isso o Metrô planeja distribuir os trens em mais de um lugar. À título de curiosidade, o pioneiro Pátio Jabaquara ocupa uma área de cerca de 200 mil m².
Spoiler: se um dia sair do papel, essa linha sairá da Lapa até a Saúde e o trecho do ABC será substituído por um “moderníssimo BRT”, sem integração tarifária.
Vamos ver se este terreno poderá ser aproveitado. Já existe destinação para ele:
vide reportagem abaixo:
http://www.folhadoabc.com.br/index.php/secoes/negocios/item/26418-area-da-antiga-fabrica-da-rhodia-ganhara-um-dos-maiores-complexos-logisticos-do-estado