O edital de do Trem Intercidades, publicado no começo deste ano, prevê a construção de um trem de média velocidade entre São Paulo e Campinas. Após alguns meses de análises a iniciativa privada estaria insatisfeita com o projeto.
Dentre os aspectos que foram alvos de reuniões com o governo há a questão do aporte público do projeto, que deverá aumentar para até R$ 9 bilhões, e a sustentação da demanda para o TIC que poderá também sofrer aportes financeiros do estado.
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Outro ponto que também foi alvo de abordagem, porém, de difícil conciliação, são as obras de responsabilidade da MRS Logística. A operadora de trens de carga deverá construir uma nova via segregada da Linha 7-Rubi para ampliar o fluxo de composições.
A questão, segundo matéria publicada pela Revista Ferroviária, não é necessariamente o investimento para segregação de cargas, que é bem visto em âmbito global, mas o tempo para se implantar toda a estrutura necessária.
A MRS teria cerca de 10 anos para realizar suas obras, sendo esta uma condição para a renovação do seu contrato de concessão. O longo prazo poderia impactar na implantação e operação do trem regional que também terá vias segregadas.
A operadora de carga por sua vez tem consciência da complexidade do projeto de segregação. Apesar de fundamentais para gerar mais dinamismo e, dentro do possível, a independência operacional, as obras deverão gerar impactos na operação.
O TIC deverá, quase que mandatoriamente, esperar o trem de carga passar primeiro. Não se trata apenas do aspecto meramente operacional, mas sobretudo, de segurança para a circulação de ambos os serviços.
Neste sentido, a iniciativa privada deverá traçar estratégias para tornar a operação “tardia” do serviço expresso mais rentável. O governo do estado, diante deste impasse, pouco pode fazer para influenciar diretamente o processo de implantação das novas vias de carga, já que a renovação do contrato da MRS Logística foi firmado junto ao governo federal.
Ótimo! assim o serviço 710 durará um pouco mais
O negócio tem 10 anos pra ficar pronto, enquanto isso a operadora que quase nada investira no TIC já que querem que o estado banque 80% da obra, irá lucrar na operação da linha 7 por muitos anos
Eu vejo um problema muito grande na faixa de domínio da Linha 07 em trechos críticos sem espaço físico nenhum para a implantação das novas vias da MRS e Trem InterCidades: paredões de rocha espremendo a via dupla da Linha 07 entre Perus e Caieiras e por falar nesse município, a estação da SPR é tombada pelo patrimônio histórico, há uma cabine seccionadora na via sentido Centro e uma via para veículos de manutenção de rede área, o viaduto que eliminou a passagem de nível para carros tem pilares muito próximos dos trilhos, o sistema viário do entorno é apertado, no sentido Jundiaí onde tem uma lagoa fizeram uma espécie de parque e pesqueiro, não há espaço nenhum para alargar a faixa de domínio da ferrovia e implantar novas vias.
Outro trecho crítico é principalmente entre Vila Clarice e Jaraguá, com morros, barrancos e tudo o mais, muita vegetação nativa e faixa de domínio apertada na maior parte da Linha 07 que é muito sinuosa, muitas residências novas e antigas casas de turma das antigas companhias ferroviárias! Se alguém olha pra Linha 07 pensando construir alguma coisa, acho que tem vontade de desistir e deixar tudo como está! Eu acho que se eu fosse o governador, só faria um trem como esse entre Jundiaí e Campinas mesmo e só, seria muito menos trabalhoso e mais barato!
Existem alguns pontos críticos mesmo, mas todo o resto é extremamente fácil de se adaptar, convenhamos construimos estações a 69m de profundidade, tatuzões enormes, mover uns morros em pontos estratégicos é nem um pouco difícil, é extremamente bizarro esse prazo de 10 anos pra uma obra tão simples em sua maior parte da extensão
Que tal convidar os ex técnicos do Euro Túnel (França/Inglaterra) ?
😊😊😊
O transporte ferroviário de turismo, está sendo deixado de lado, com as concessões de ferrovias.