Obras de segregação da MRS na Linha 7-Rubi podem impactar cronograma de implantação do TIC

Apesar de fundamentais, atividades deverão se refletir também na operação do trem metropolitano. Trem Intercidades deverá operar após oito anos do inicio das intervenções.
Locomotiva da MRS

O edital de do Trem Intercidades, publicado no começo deste ano, prevê a construção de um trem de média velocidade entre São Paulo e Campinas. Após alguns meses de análises a iniciativa privada estaria insatisfeita com o projeto.

Dentre os aspectos que foram alvos de reuniões com o governo há a questão do aporte público do projeto, que deverá aumentar para até R$ 9 bilhões, e a sustentação da demanda para o TIC que poderá também sofrer aportes financeiros do estado.

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Outro ponto que também foi alvo de abordagem, porém, de difícil conciliação, são as obras de responsabilidade da MRS Logística. A operadora de trens de carga deverá construir uma nova via segregada da Linha 7-Rubi para ampliar o fluxo de composições.

A questão, segundo matéria publicada pela Revista Ferroviária, não é necessariamente o investimento para segregação de cargas, que é bem visto em âmbito global, mas o tempo para se implantar toda a estrutura necessária.

Trem de carga da MRS em estação da CPTM (Jean Carlos/SP Sobre Trilhos)

A MRS teria cerca de 10 anos para realizar suas obras, sendo esta uma condição para a renovação do seu contrato de concessão. O longo prazo poderia impactar na implantação e operação do trem regional que também terá vias segregadas.

A operadora de carga por sua vez tem consciência da complexidade do projeto de segregação. Apesar de fundamentais para gerar mais dinamismo e, dentro do possível, a independência operacional, as obras deverão gerar impactos na operação.

O TIC deverá, quase que mandatoriamente, esperar o trem de carga passar primeiro. Não se trata apenas do aspecto meramente operacional, mas sobretudo, de segurança para a circulação de ambos os serviços.

Transporte de carga pode gerar receita adicional (Jean Carlos)
Transporte de carga deverá ser segregado (Jean Carlos)

Neste sentido, a iniciativa privada deverá traçar estratégias para tornar a operação “tardia” do serviço expresso mais rentável. O governo do estado, diante deste impasse, pouco pode fazer para influenciar diretamente o processo de implantação das novas vias de carga, já que a renovação do contrato da MRS Logística foi firmado junto ao governo federal.

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  1. O negócio tem 10 anos pra ficar pronto, enquanto isso a operadora que quase nada investira no TIC já que querem que o estado banque 80% da obra, irá lucrar na operação da linha 7 por muitos anos

  2. Eu vejo um problema muito grande na faixa de domínio da Linha 07 em trechos críticos sem espaço físico nenhum para a implantação das novas vias da MRS e Trem InterCidades: paredões de rocha espremendo a via dupla da Linha 07 entre Perus e Caieiras e por falar nesse município, a estação da SPR é tombada pelo patrimônio histórico, há uma cabine seccionadora na via sentido Centro e uma via para veículos de manutenção de rede área, o viaduto que eliminou a passagem de nível para carros tem pilares muito próximos dos trilhos, o sistema viário do entorno é apertado, no sentido Jundiaí onde tem uma lagoa fizeram uma espécie de parque e pesqueiro, não há espaço nenhum para alargar a faixa de domínio da ferrovia e implantar novas vias.
    Outro trecho crítico é principalmente entre Vila Clarice e Jaraguá, com morros, barrancos e tudo o mais, muita vegetação nativa e faixa de domínio apertada na maior parte da Linha 07 que é muito sinuosa, muitas residências novas e antigas casas de turma das antigas companhias ferroviárias! Se alguém olha pra Linha 07 pensando construir alguma coisa, acho que tem vontade de desistir e deixar tudo como está! Eu acho que se eu fosse o governador, só faria um trem como esse entre Jundiaí e Campinas mesmo e só, seria muito menos trabalhoso e mais barato!

    1. Existem alguns pontos críticos mesmo, mas todo o resto é extremamente fácil de se adaptar, convenhamos construimos estações a 69m de profundidade, tatuzões enormes, mover uns morros em pontos estratégicos é nem um pouco difícil, é extremamente bizarro esse prazo de 10 anos pra uma obra tão simples em sua maior parte da extensão

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