Um dos principais investimentos no contrato de concessão das linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda, operadas pela ViaMobilidade, é a aquisição de 36 novos trens. Para além dos atrasos no cronograma de entregas, alguns trens estão sendo recebidos com defeitos de fabricação.
Siga o MetrôCPTM nas redes: Facebook | LinkedIn | Youtube | Instagram | Twitter
Defeitos de fabrica
Um vídeo recentemente divulgado pelo perfil ViaImobilidade, e que circula pelas redes sociais, mostra uma falha de montagem no console do maquinista.
No vídeo é possível ver que os botões do painel estão invertidos. Um dos funcionários pressiona o botão para buzina, mas apenas se escuta o som do encanamento de ar. Já ao pressionar o botão de desacople, o som da buzina é emitido, indicando uma possível inversão dos comandos.
Em alguns trens existe a função de desacople frontal e desacople intermediário. Não é possível indicar qual função está sendo executada, mas, em caso de imperícia do condutor uma falha de grandes proporções poderia ocorrer no momento de reboque de um trem, por exemplo.
Geralmente os trens, assim que são recebidos, passam por um processo de testes de comissionamento. Nesta etapa são verificadas diversas funções do trem para garantir que os mesmos possam operar sem grandes falhas.
23 trens atrasados
O cronograma de entregas de trens para a ViaMobilidade está completamente atrasado, sendo impossível cumprir as exigências no contrato. Durante a apresentação no CCR Day 2023, a concessionária afirmou que iria discutir este atraso junto a Alstom.
Segundo o contrato de concessão, a ViaMobilidade já deveria ter recebido 28 trens da Alstom em seu pátio, sendo que 19 deles deveriam estar em serviço nas linhas 8 e 9.
A realidade, porém, é frustrante. Apenas cinco composições chegaram em Presidente Altino e três delas estão em operação. O atraso de 23 trens pode indicar, por um lado, exigências contratuais muito fortes por parte do governo, ou por outro, uma capacidade muito baixa da fabricante em entregar os trens.
Trens da CPTM retidos com a ViaMobilidade
Enquanto a entrega de novas composições está atrasada, diversos trens da CPTM estão retidos junto à concessionária. São eles: sete trens da série 8500, oito trens da série 7500 e 19 trens da série 7000.
Algumas das composições estão passando pelo processo de revisão de Nível F, realizada a cada 1,2 milhão de quilômetros percorridos. Segundo o contrato de concessão, 16 trens já deveriam ter sido devolvidos, preferencialmente os das séries 8500 e 7500, que são mais novos.
Um acordo foi assinado para permitir o empréstimo remunerado destes trens. Não se sabe exatamente qual o prazo e o valor cobrado pela CPTM à concessionária. O site questionou a estatal, mas não obteve resposta.
A Secretaria de Parcerias em Investimentos (SPI) enviou posicionamento ao site quanto a questão abordada:
“A Comissão de Monitoramento das Concessões e Permissões (CMCP) esclarece que acompanha todo o processo de implementação dos novos trens adquiridos pela concessionária ViaMobilidade, fabricados pela Alstom. O trem que aparece no vídeo não está em operação comercial, pois ainda está cumprindo a fase de teste estático, que é acompanhada e monitorada pela Comissão. Nenhum trem é liberado para circular sem atender os requisitos estabelecidos pelas normas brasileiras e europeias de segurança.
Antes de entrar em circulação, as composições da série A05 passam por testes operacionais que incluem a verificação de todos os aspectos de segurança, sendo a primeira avaliação na fábrica da Alstom. Após chegarem ao Pátio de Presidente Altino, novos testes são realizados na presença do fabricante e da concessionaria. O processo de verificação também é certificado por um auditor independente.”
A ViaMobilidade também se posicionou por meio de nota, informando que os trens passam por bateria de testes de segurança:
“O trem A05, assim como todas as composições adquiridas, passa por intensa bateria de testes operacionais, incluindo a verificação de todos os aspectos de segurança, antes de entrar em circulação. O início da operação do A05 está previsto para o mês de novembro.”
Se tratando da Alstom, era de se esperar
A empresa assume a concessão e… não tinha ainda nenhum trem – agora depois de mais de um ano, tem três. Concedeu pra quê?
Alstom perdeu a qualidade
Até os operacionais tem apresentados defeitos (pequenos). O A02, por exemplo, passou uns dias com o painel na frente e fundos dos carros com a data e hora congelada em “15/10”. Além disso, o painel de led em cima das portas, que indica as estações, só deixa uma estação “verde” quando chega na estação seguinte e não quando sai da mesma. O sistema de som também parece falhar, os avisos sonoros saem com som estourado. São defeitos pequenos, mas que precisam ser ajustados.
Alstom é uma piada msm… Não sei o pq ainda fecham contratos com essa empresa com outras como a Hyundai Rotem ou a CRRC por aí. Não adianta sair “mais barato” fazer o trem aqui na planta dela, se ela não tem qualidade mínima na entrega, pq esse barato de novo sairá caro lá na frente.
Corrupção, a Alstom tem casos de corrupção em 40 países, ja foi condenada na Suíça tendo q pagar multas milionárias, caixa 2 é com ela, os políticos adoram.
23 trens atrasados, os 5 que chegaram com defeitos, eita incompetência tanto da Alstom quanto da Via Calamidade
Infelizmente este é o prêmio pela morte da indústria ferroviária nacional, nosso país está refém de fornecedores internacionais!
Quem conhece sabe q essas falhas são normais, e acontece com todas as fabricantes. Por isso a necessidade de garantia e acompanhamento dos técnicos da montadora por um período de 2 anos. E não eh só com os trens que isso ocorre, mas com automóveis tbm. Vide o grande número de recalls das montadoras automobilísticas.
A concessão feita pelo Dória estelionatário eleitoral calça apertadinha foi DESASTROSA, pois ela foi feita às pressas e de forma atabalhoada para que ele tivesse o que mostrar na eleição de 2022, querendo dar uma de gestor moderno e eficiente para que tivesse chances de concorrer à presidência da República! Pois bem, fez um contrato porco e ridículo, período de transição curto, o tal ganancioso Grupo CCR pensando mais no lucro rápido e benesses estatais do que na boa prestação de serviços e uma coisa séria consequência da outra, mas a ganância falou mais alto junto com esses improvisos e gambiarras estúpidas que têm sido feitos até então!
O problema é que o atual governador não poderia simplesmente aplicar a caducidade do contrato porque seria um imenso prejuízo em termos de multas a pagar à concessionária e falta de pessoal que a CPTM teria para operar as linhas 08 e 09, pois muitos foram demitidos após a transição e era um pessoal qualificado e acostumado com as linhas, tanto é que a operação com a CPTM nas duas era muito melhor, não tem nem comparação, mesmo quando davam problemas, mas não era essa esculhambação aí!
Agora é consertar tudo isso de alguma forma e não repetir os erros graves nas outras concessões, alguns ajustes foram feitos nas modelagens dos outros contratos, mas todo cuidado é pouco com isso!
O governador atual é tão pilantra quanto o Doria. Não faz nada porque não quer mesmo, tanto que advoga descaradamente a favor da CCR e logo entregará o resto pra ela.
pois o atual governador está doidinho pra cometer o mesmo erro em todas as linhas… linha 7 será leiloada no início do ano… na Viamobilidade os funcionários já tem a linha como da empresa…
Concessão desastrosa e criminosa, mas continuem defendendo algo que nunca deveria ter acontecido…
Por ocasião das concessões precipitadas das Linhas 8 e 9 para facilitar as negociações em detrimento do Estado ocorreu mais um gravíssimo erro administrativo com grandes perdas ao erário público que foi o empréstimo sem custos das composições e não a sua venda definitiva, quaisquer administradores honestos e competentes saberiam que o prazo inexequível de 2 anos para a entrega das 34+2 novas composições, com o agravante de quem recebeu emprestado ainda reclamou de sua qualidade e tentou imputar responsabilidades por acidentes que existiram. Este critério deveria se aplicar a totalidade dos trens emprestados a ViaMobilidade que deveriam ser devolvidos no mínimo com a atualização da revisão obrigatória da manutenção periódica a ser executada antes da entrega por conta de quem emprestou, uma vez que não houve ônus por sua locação pelo desgaste por longo período.
O mínimo que Governo do estado deveria cobrar para que ViaMobilidade cumpra o contrato e devolva trens da CPTM devidamente revisados no mínimo com a manutenção em dia pelo período utilizado a partir de maio/23 não seria mais que a obrigação ética e moral, mas os contratos de concessões deixam brechas jurídicas propositais para não serem cumpridos.
Com relação a Alstom já possui amplos antecedentes de má conduta, é a mesma que já está claudicando para a Linha 15 não mudou nada.
Por fim, ainda há a questão da Câmara de Compensação – embora este Governo perdulário negue que nunca vá assumir isto, ela não é eterna ou permanente, com tantos operadores para pegar sua fatia, já caminhamos velozmente para uma situação caótica nas finanças qual o Estado subsidia as concessionárias privadas gastando mais do que usava nas estatais, principalmente se for conceder as linhas que essas empresas já operam, pois o aumento de usuários devido às contrapartidas dos contratos nunca será o suficiente para equalizar essa balança, prejudicando o erário e os contribuintes.
Agora o sindicato foi longe demais sabotando os trens antes de chegarem para a melhor empresa privada de transporte das linhas 8 e 9.
Não teve exigência contratual muito forte nenhuma. Em qualquer outro país estaria previsto em contrato a perda da concessão, aqui ao contrário a empresa é blindada pelo contrato e ainda tem direito a “ajuste de aporte financeiro”. Sem contar que a empresa ficou UM ANO junto com a CPTM antes de assumir o serviço sozinha e age como se simplesmente tivessem jogado nas mãos dela. O Brasil é um paraíso pra empresas parasitas.
Por favor, puxem o historico e vão poder confirmar que na enterga da serie 9000 para a CPTM aconteceu algo parecido com a frota retida em P. Altino, sem uso por não passar nos teste de comissionamento. parece que os problemas com esta fabricante continuam. A Aciona que fique esperta com o frota da Linha 6
Qual a finalidade de se dar prioridade a um TIC -Trens Intercidades em detrimento aos Trens Metropolitanos que possuem demandas múltiplas vezes maiores e fazer concessões, se o governo do Estado faz um malabarismo e banca e continua pagando obras inclusive como participação nos preços das passagens e todas as despesas com a CCR de São Paulo com a ViaMobilidade com reajustes abusivos do pedágio R$35,20 no sistema Anchieta Imigrantes entre outros, tais fatos são omitidos de forma sorrateira da população, e poucos tem conhecimento, só a partir destas informações é que poderemos avalizar esta concessão se foi benéfica ou não!?
De acordo com a Finance News a CCR (CCRO3) anuncia pagamento de dividendos. Veja os detalhes:
O conselho de administração da CCR (CCRO3) aprovou a distribuição de dividendos intermediários. A informação consta na ata da reunião do conselho, realizada nesta quarta-feira, 25/10/23.
O valor total é de R$ 316.198.578,18 e correspondente a ~R$ 0,16 por ação ordinária.
Os dividendos serão pagos com base na composição acionária de 30 de outubro de 2023, sendo que as ações da companhia serão negociadas “ex-dividendos” a partir de 31 de outubro de 2023. O pagamento será realizado em 30 de novembro de 2023.
Viva o capitalismo Tarcísiano! Capitalismo Tucano na alma!!! Onde está o Ministério Público Estadual? Tribunal de Contas do Estado? Acorda!
Isto sim é comunismo! Distribuindo dinheiro público com “empreendedores”.
Mais uma “matéria” do sr. Jean Carlos sobre a concessão. Falta análise, faltam dados, existem trechos incorretos, etc. O próprio título da matéria contém informação falsa.
Caro Ivo, se existem erros pode nos informar, por favor. Alegar que o texto é tendencioso ou falso sem apontar os problemas, vou considerar apenas uma tentativa de tumultuar a discussão.