Sindicatos confirmam nova greve no Metrô e CPTM na terça-feira, 28 de novembro

Após votação, categorias decidiram realizar nova paralisação unificada. Entidades querem barrar processo de privatização de empresas públicas
Linhas do Metrô serão paralisadas (Jean Carlos)
Linhas do Metrô serão paralisadas (Jean Carlos)

Os sindicatos dos Metroviários e Ferroviários confirmaram a realização da nova greve unificada nos transportes sobre trilhos. O resultado que confirma a paralisação foi dado após assembleia e votação das categorias.

A greve conjunta envolve trabalhadores do Metrô, CPTM, Sabesp e de outras entidades estaduais. A justificativa do movimento está pautada no processo de concessões e privatizações do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) e que também abrange o transporte sobre trilhos.

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A greve deverá paralisar as linhas do metrô e trens metropolitanos geridos pelo estado, são elas:

Metrô

Linha 1-Azul (Jabaquara – Tucuruvi)
Linha 2-Verde (Vila Madalena – Vila Prudente)
Linha 3-Vermelha (Barra Funda – Itaquera)
Linha 15 – Prata (Vila Prudente – Jardim Colonial)

Metrô não vai operar durante a greve (Jean Carlos)
Metrô não vai operar durante a greve (Jean Carlos)

CPTM

Linha 7-Rubi (Brás – Jundiaí)
Linha 10-Turquesa (Brás – Rio Grande da Serra)
Linha 11-Coral (Luz – Estudantes)
Linha 12-Safira (Brás – Calmon Viana)
Linha 13-Jade (Eng. Goulart – Aeroporto Guarulhos)

Trens da CPTM entrarão em greve (Jean Carlos)
Trens da CPTM entrarão em greve (Jean Carlos)

As linhas geridas pela iniciativa privada deverão operar normalmente, assim como o sistema de ônibus municipal e intermunicipal. As linhas privadas são:

Linha 4-Amarela (Luz – Vila Sônia)
Linha 5-Lilás (Capão Redondo – Chácara Klabin)
Linha 8-Diamante (Júlio Prestes-Amador Bueno)
Linha 9-Esmeralda (Osasco – Mendes Vila Natal)

Na última greve, realizada em 3 de outubro que envolveu as empresas públicas, o sistema metroviário foi totalmente paralisado, enquanto a CPTM conseguiu aplicar plano de contingência apenas nas linhas 7-Rubi e 11-Coral.

O governo do estado chegou a decretar ponto facultativo no estado para minimizar os efeitos da greve, uma vez que diversas pessoas seriam afetadas pela paralisação.

A gestão Tarcisio de Freitas já declarou em várias oportunidades que pretende realizar a concessão de todas as linhas da CPTM, sendo a Linha 7-Rubi a primeira que será repassada pela iniciativa privada em sua gestão. As demais seguem com estudos, assim como as linhas do sistema do Metrô.

Trens operados pela iniciativa privada irão circular normalmente (Jean Carlos)
Trens operados pela iniciativa privada irão circular normalmente (Jean Carlos)

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8 comments
  1. Sou favorável ao direito a greve, porém agora já bem tarde, deveriam ter feito essa pressão lá atrás quando começou essa patifaria de concessões iniciada com a Linha Lilás, era óbvio que depois disso seria um efeito cascata, sobretudo depois de eleitos candidatos que só não concedem a própria mãe porque não podem

  2. Parabéns! Ainda o metrô, trem estatal, além da ainda são as poucas categorias que interferem na economia do Estado e conseguem reivindicações frente aos governos de direita! vamos apoiar.

  3. O governador rindo vendo os caras ajudando ele a privatizar, cada vez que você ferra a população mais favorável ela fica com os serviços serem privatizados.

  4. A gestão do Tarcísio de Freitas (REP), vem colecionando lambanças consideráveis na área, deveria ter ficado em silêncio sobre as concessões a iniciativa privada quanto da CPTM e Metrô
    Poderia ter ficado em silêncio e quando houver as aposentadorias, iria fazendo de maneira gradual que inibiria os sindicatos.
    Fora que deixa a população com raiva ao dobro.
    Inicialmente por não combater efetuando demissões dos grevistas e não conseguir utilizar o serviço público.

  5. melhor alguns comentários, dizendo que a greve ajuda o processo de acelerar as concessões.

    a última greve trouxe a tona todo o processo de privatização que está acontecendo, e acendeu a luz do debate em todo o país. diversas matérias em jornais, na internet, nas redes sociais sobre a privatização, sendo contra ou favor, mas acendeu o debate. por isso que o governador ficou P, porque ele quer fazer o projeto dele de venda do estado e não quer discussão, quer que fique tudo “na miúda”, como se diz na gíria. então logo, a greve foi mais favorável aos trabalhadores do que ao governo, que apesar de encher a boca para falar em greve política e que as linhas privadas estavam funcionando, saiu manchado da história.

    o governo está fazendo as concessões sem ouvir a população e muito menos as categorias envolvidas. não há debate, o único lado que é ouvido é das empresas privadas, que cada vez exigem mais e o governo vai abrindo as pernas, com editais cada vez mais desfavoráveis e lesivos ao estado.

    sobre quem pede demissão e punição, a greve é um direito constitucional. quem julga sua legalidade é o TRT. vivemos numa democracia, não numa ditadura. a greve é um instrumento legal que os trabalhadores tem como forma de reivindicação, e isso inclui a privatização e a precarização dos serviços. eu não vi ninguém reclamando ou autoridades vindo encher a boca para falar quando os ônibus pararam por disputas internas de poder do sindicato dos motoristas. e aí, privatiza o privatizado? os passageiros de ônibus não estão sendo prejudicados? cadê o prefeito, que paga mais de 5 bilhões de subsídios com um serviço cada vez pior, tanto em quantidade como em qualidade? cadê a repugnarão desse povo quando o prefeito comprou boné e garrafa d’água com preço superfaturado? infelizmente tem gente que não se enxerga como trabalhador, acha que é da elite.

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