O Metrô de São Paulo vive um paradoxo em relação ao movimento de passageiros. Enquanto vê a média diária de passageiros crescer lentamente, o volume de viagens mensais têm caído desde agosto.
Dados de novembro divulgados pela companhia mostram que as quatro linhas atingiram os maiores níveis de demanda em dias úteis desde o começo da pandemia, em fevereiro de 2020.
A Linha 15-Prata, de monotrilho, superou sua média diária histórica mais uma vez, chegando a 130 mil usuários durante os dias úteis. Já a Linha 1-Azul, com 1,147 milhão de passageiros, está 18% abaixo da média de quase quatro anos atrás.
É um crescimento modesto e que tem dado mostras de perder ritmo, como mostrou o site recentemente.
Por outro lado, o total de passageiros, ou melhor, embarques, teima em cair. A Linha 2-Verde, por exemplo, transportou 17,4 milhões de pessoas em agosto e no mês passado viu esse volume cair para 15,4 milhões. Ou seja, perdeu cerca de 2 milhões de embarques.
A Linha 3-Vermelha foi além, vendo sua demanda mensal cair 2,5 milhões de passageiros em três meses.
Uma possível explicação para o fenômeno é o número de feriados em setembro, outubro e novembro, que acabam reduzindo a demanda. Além disso, há obras e interdições frequentes que também impactam na entrada de passageiros.
Até mesmo as paralisações podem ter afetado as estatísticas afinal tratam-se de interrupções de grande escala.
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O Metrô não divulga esse tipo de informação, mas imagina-se uma Linha 1-Azul operando em trechos menores como Ana Rosa-Tiradentes, longe de baldeações importantes. Certamente, bem menos que os mais de 1 milhão de usuários passaram por ela no dia 28, data em que ocorreu a última greve.
Ainda assim, espera-se que em 2024 o movimento cresça mais um pouco e fique mais perto da média histórica. Para o bem da saúde financeira da companhia.
