Miguel Setas, CEO do Grupo CCR, destaca Trem Intercidades como projeto “muito significativo” para 2024

Grupo empresarial que é controlador da ViaQuatro e ViaMobilidade demonstrou interesse no projeto. Foco da empresa nos próximo 5 anos é de participar com R$ 180 bilhões em investimentos no setor de infraestrutura
Miguel Setas, CEO do Grupo CCR (Jean Carlos)
Miguel Setas, CEO do Grupo CCR (Jean Carlos)

A construção do primeiro trem de média velocidade do Brasil entre São Paulo e Campinas é alvo de estudos e de potenciais investidores. Nesta terça-feira (9), o CEO do Grupo CCR, Miguel Setas destacou o Trem Intercidades como investimento potencial para 2024.

O leilão do chamado TIC Eixo Norte, que engloba o serviço expresso entre a capital e Campinas, com parada em Jundiaí, o Trem Intermetropolitano e a Linha 7-Rubi, será leiloado no dia 29 de fevereiro.

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Em entrevista ao programa CNN Mercado, o executivo ressaltou que o projeto de trens está dentro de um portfólio bastante robusto. O TIC Campinas tem estimativa de investimento (Capex) de R$ 13,5 bilhões.

“Em termos de investimento em infraestrutura 2024 nós entendemos que há um espaço, há uma oportunidade de intensificar esses investimentos. E nós sabemos que há um conjunto de projetos muito significativos, aqui em São Paulo por exemplo o TIC que é o trem Intercidades entre São Paulo e Campinas”, disse Setas na entrevista.

Detalhamento do TIC (SPI)
Detalhamento do TIC (SPI)

Setas também destacou um potencial para investimento em projetos de infraestrutura de até R$ 180 bilhões para todas as áreas. O site mostrou no ano passado que o Grupo CCR mira diversos projetos de mobilidade sobre trilhos, cuja somatória ultrapassa os R$ 60 bilhões.

“Nós identificamos um potencial de cerca de R$ 180 bilhões no nosso mercado potencial, não só em rodovias como em mobilidade urbana, de projetos que vão se realizar, vão se maturar nos próximos 3 a 5 anos”

Investimentos privados podem chegar a R$ 62 bilhões (CCR)
Investimentos privados podem chegar a R$ 62 bilhões (CCR)

A entrevista dada por Setas por ser interpretada como recado evidenciando o potencial da empresa e o interesse crescente por novos projetos.

Nos últimos anos, as gestões, especialmente no governo do estado de São Paulo, vem estimulando projetos com maior participação do setor privado, sejam em novos empreendimentos ou na desestatização de empresas existentes.

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10 comments
  1. Agora eu entendi porque o projeto do TIC estava dando muitas garantias para a empresa vencedora, não ficaria surpreso se a CCR levar todas as linhas da CPTM para casa.

    1. Mas é óbvio que a CCR vai levar todas as linhas, essa máfia…ops concessionária tem mais poder no estado do que o próprio estado em si.

  2. Isso que é puro cartel …é o monopólio de tudo sem concorrência e preços de passagem mais barata para o povão 🤣🤣🤣 …
    Terceirização no transporte público metro Ferroviário nunca deu certo… É sinal de precarização… as melhores linhas 8 e 9 diamante e esmeralda op. por esta imobilidade tá uma zona…

  3. Será que já sabemos antecipadamente quem será o vencedor do leilão, se houver? Vejam a generosa contraprestação do Estado(cofres públicos) ao futuro operador privado. Se a CPTM operar o TIC/TIM e continuar com a linha 7-rubi tudo será mais simples, barato, sem abrir mão de eficiência e conforto.

    1. Eficiência e CPTM são palavras que não cabem na mesma frase. A CPTM está tentando reformar as estações, vias, sinalização e rede elétrica da Linha 7 desde 2009 e está falhando em tudo. Dinheiro não faltou, faltou foi a tal eficiência.

      1. Falhando? A L7 teve uma melhora absurda em intervalos meses 15 anos, renovou toda a frota de trens, reformou e reconstruiu algumas estações tudo recebendo o dinheiro de pinga do governo por conta das concessões, você mente muito ivo, mente descaradamente, cptm recebendo prêmios pela revitalização do sistema, pela melhora constante sem regressão e você tem a pachorra de dizer que q CPTM não tem eficiência

        1. A CPTM recebeu bilhões de recursos do estado e empréstimos pagos pelo estado. Boa parte foi perdida por má gestão da CPTM.

          Onde está o projeto ATO, contratado em 2009 para as Linhas 7 e 12. Nada foi instalado e a Linha 7 continua com a mesma sinalização obsoleta de 40 anos atrás. A CPTM desembolsou parte do contrato para, no fim, não ter nada instalado.

          E as reformas de Jaraguá e Pirituba, contratadas e abandonadas? A estação de Francisco Morato teve suas obras de modernização iniciadas em 2009 e concluídas em 2020, mesmo com a CPTM recebendo recursos mais do que suficientes para concluir as obras em menos de 4 anos. Em 30 anos de CPTM apenas 5 das 17 estações da Linha 7 foram modernizadas, mesmo com o estado investindo cerca de R$ 20 bilhões na CPTM nesse período (recurso suficiente para modernizar todas as estações, sinalização, comprar trens, etc).

          Essa é a eficiência da estatal?

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