A implantação do sistema CBTC (Controle de Trens Baseado em Comunicação na sigla em inglês) se arrasta nas três linhas mais antigas do Metrô desde os anos 2000.
Executado pela empresa Alstom, o contrato teve início com a mudança do sistema de sinalização da Linha 2-Verde, que operou por algum tempo com duas tecnologias.
Após um longo processo de testes e correções, o ramal passou a operar com o CBTC pleno e a Alstom focou então na Linha 1-Azul, a mais antiga do sistema, que entrou em operação em novembro de 2022.
Parecia que daí em diante tudo sairia mais rápido, porém, o Metrô voltou a postergar a operação comercial do CBTC na Linha 3-Vermelha.
Antes prevista para dezembro do ano passado, a estreia da tecnologia foi remarcada para setembro de 2024, de acordo com informações mais recentes da companhia.
A empresa responsável pelo sistema segue realizando testes nas vias, mas por enquanto o CBTC parece não estar maduro o suficiente para ser usado em horários de menor movimento.
Segundo o Metrô, a Alstom tem causado está demorando para entregar as versões para testes além de apresentar “atrasos nos testes estáticos em campo pela contratada, prejudicando o início de testes integrados e dinâmicos”. Além disso, há “dificuldades da contratada para cumprimento das metas”.
Sistema CBTC em todos os ramais de metrô
Um sinal de que o projeto estava mais atrasado é que duas estações da Linha 3, Palmeiras-Barra Funda e Corinthians-Itaquera, receberam as portas de plataforma há meses, mas ainda não entraram em operação.
Emobra seja possível operá-las por um modo provisório, como em outras paradas do ramal, o Metrô ainda informa que elas estão em testes.
A entrada em operação do CBTC na Linha 3-Vermelha concluirá o processo de mudança do sistema de sinalização em toda a malha metroviária, encerrando a era do ATC, um sistema confiável mas menos preciso.
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O CBTC agora deverá estrear em um ramal de trens metropolitanos já que a CPTM está avançando com o projeto de implantação na Linha 10-Turquesa e, posteriormente, na Linha 11-Coral.
É possível dizer, em números, quantas viagens e oferta de lugares a mais que o CBTC proporcionou nas Linha 1 – Azul e 2 – Verde?
Absolutamente nenhuma a mais.
Na L2, até o presente momento, houve um tímido aumento de oferta, o qual ocorreria com ou sem CBTC.
E na L1, nada. Porém, nada justifica aumentar a oferta da L1, pois sua densidade atual de lotação máxima no pico já NÃO tem passado de uns 4,5 (4 e meio), aproximadamente, passageiros por m² (o que não quer dizer que está folgado, claro que não; mas longe de estar saturado).
Oferecer mais oferta na L1 seria quase como fornecer um serviço “premium” em pleno horário de pico, ao menos comparado com a maior parte do restante da rede.
Enfim, digo tudo isso pelo menos com relação aos intervalos programados (teóricos), pois com relação aos praticados (operacionais/reais), aí já não sei se houve ou não uma melhora mais sensível. Pode até ser que sim, já que o CBTC ajuda a tornar a operação mais fluida e, portanto, menos suscetível a atrasos.
Como sempre, é muita enrolação, sempre para enganar aqueles que precisam de agilidade no sistema de transporte de massa !! Sai governador, entra governador e a conversa é sempre a mesma ! Nada é entregue com antecedência!
Você leu a matéria? Nela explica muito bem o porquê do atraso, não tem relação vom governo nem muito menos com o próprio metrô
Não sei o que é mais engraçado, falar que isso agiliza a linha ou gera mais viagens, sendo que tá acontecendo o oposto. CBTC é lindo no papel.
Sua opiniao pessoal, e equivocada. Instalacao do CBTC nao é negociavel – é o futuro indistutivel. Quase todos os paises do mundo estao convertando suas ferrovias para CBTC.
Enquanto o CBTC da linha 3 nao estiver operacioanal, o intervalo das outras linhas ainda nao vai cair. So vai dar pra ver o real beneficio do CBTC a partir desse ano.
CBTC é mais facil de dar manutencao, permite economia de energia e na manutencao (freiadas e aceleradas mais inteligentes) e permite intervalores menores aumentando a capacidade de transporte. Até as PSDs funcionam melhor com CBTC
Arrisco dizer que num horizente de 40 anos o CBTC tem o potencial de se pagar só pelos beneficios gerados.
Nem vou falar nada. a linha que mais necessita de atenção, é a mais largada tanto pelo Metrô quanto pela Alston, especificamente nessa situação.
As três frotas que estão usando nela já estão apresentando desgaste visível, a Frota K é um lixo e todos os três são de, no mínimo, 10 anos atrás. Nunca vi um J ou um I por lá.
Ela deveria ter sido a primeira recebendo o CBTC dentre às três….
Se o Metrô não quer cuidar dela, privatiza… não tem muito o que fazer além disso.
Tanto Frota I quanto frota J foram reformadas na mesma época, e as duas no total são 10 anos mais velhas que a K.
Qual seu ponto?