Acompanhamos os bastidores de um simulado de emergência na Linha 9-Esmeralda

ViaMobilidade realizou uma operação usando o serviço de ônibus PAESE na estação Pinheiros, para treinar funcionários e procedimentos emergenciais
Informações são posicionadas em pontos de decisão (Jean Carlos)
Informações são posicionadas em pontos de decisão (Jean Carlos)

A ViaMobilidade, operadora das linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda de trens metropolitanos, realizou no final de abril um simulado operacional de PAESE, um serviço de ônibus acionado quando há panes na operação de trens. A proposta é capacitar os agentes para as situações emergenciais.

Os simulados são treinamentos práticos ministrados para uma equipe de funcionários, fazendo com que cada colaborador coloque em prática as ações aprendidas em treinamentos teóricos.

O foco do treinamento do PAESE é definir as estratégias de atuação em situações onde a circulação de trens é interrompida. Definir funções e ações garante a melhor orientação dos passageiros em situações adversas.

Agente de segurança durante treinamento de PAESE (Jean Carlos)
Agente de segurança durante treinamento de PAESE (Jean Carlos)

Situação problema

O exercício, que contou com a participação de mais de 20 colaboradores, entre agentes de atendimento e segurança e agentes de manutenção, apresentava como cenário problema uma situação de interdição no trecho entre Pinheiros e Cidade Jardim. O site acompanhou a atuação na Estação Pinheiros.

O simulado ocorreu durante a operação comercial, porém, sem interferir com a circulação dos trens que ocorria normalmente. Ao mesmo tempo que as atividades transcorreram, equipes de gestão analisavam o tempo das ações.

Simulado de PAESE ocorreu na estação Pinheiros (Jean Carlos)
Simulado de PAESE ocorreu na estação Pinheiros (Jean Carlos)

Simulado

Assim que o foi autorizado o início do simulado, as equipes de segurança foram comunicadas. A SSO, centro de informações da estação, é quem coordena as atividades.

Os funcionários se dirigem até as salas operacionais. Suas primeiras ações precisam ser rápidas e eficientes no sentido de informar e orientar os passageiros sobre a situação de anormalidade.

Dentro do ambiente técnico, os funcionários mobilizam equipamentos de comunicação visual. Placas e cartazes já preparados devem ser afixados em pontos estratégicos da estação.

Os pontos estratégicos podem ser chamados também como pontos de decisão. Geralmente é o local onde o passageiro se depara com múltiplas rotas como subir uma escada ou seguir em frente, por exemplo. O objetivo é deixar claro o caminho correto permitindo facilidade no fluxo de pessoas.

Enquanto as equipes de segurança se preparam para orientar os passageiros nos pontos estratégicos, a equipe de manutenção realiza o controle de acesso através da liberação ou fechamento de bloqueios.

Em uma situação de evacuação, o ideal é que a maioria dos bloqueios esteja aberto para a saída de passageiros, evitando aglomeração.

Agentes liberando bloqueio (Jean Carlos)
Agentes liberando bloqueio (Jean Carlos)

Na entrada da estação uma grande placa indica o status da operação e o trecho afetado. A ViaMobilidade adotou um método bastante criativo para informar os passageiros com precisão, utilizando placas magnéticas onde é possível selecionar o tipo de ocorrência e o trecho afetado com facilidade.

Isso evita, por exemplo, placas pequenas que passam despercebidas ou improvisos, tornando a comunicação visual eficiente aos passageiros.

Na área externa da estação, um banner indica o local onde os ônibus do PAESE irão parar. Recordando, as placas sempre ficam em pontos de decisão facilitando o deslocamento.

Banner indicado local do PAESE (Jean Carlos)
Banner indicado local do PAESE (Jean Carlos)

Os banners também são estruturas especiais que a ViaMobilidade montou. Os itens são retráteis permitindo seu fácil armazenamento e instalação em qualquer ambiente.

Agentes também ficam posicionados na fila do PAESE e em pontos especiais para informar as pessoas. O uso de megafones torna-se eficaz em meio a grandes aglomerações onde o barulho é constante.

Dentro da estação, nas áreas de transferência e nas plataformas a situação é a mesma. Os agentes de segurança orientam os passageiros através de placas fixadas em pontos especiais.

Agentes ficam posicionados em posições estratégicas (Jean Carlos)
Agentes ficam posicionados em posições estratégicas (Jean Carlos)

Lidar com pessoas em estações requer um conhecimento aprofundado das áreas e dos fluxos de cada local. Tendo em vista isso, a ViaMobilidade fez estudos e dividiu a estação em diversos setores. A setorização ajuda na alocação de funcionários.

Além da mobilização inicial, os agentes de segurança ficam dispostos para atendimento aos passageiros orientando-os ou auxiliando aqueles com mobilidade reduzida.

Resultados

Após o fim do simulado, os gestores responsáveis calcularam o tempo de mobilização de 10 minutos. Ou seja, desde o início da interrupção da operação até a montagem completa de todo o esquema são necessários cerca de 600 segundos.

Existem também estratégias especiais para o fim do PAESE. Inicialmente há a desmobilização das estações e a verificação dos ônibus. O sistema só é efetivamente finalizado quando não houver mais passageiros nos coletivos. Geralmente isso ocorre entre 20 a 30 minutos depois do término da ocorrência.

Agentes da ViaMobilidade em preparação para o simulado de PAESE (Jean Carlos)
Agentes da ViaMobilidade em preparação para o simulado de PAESE (Jean Carlos)

O foco do treinamento de PAESE é fixar estratégias mais rápidas e eficientes para o atendimento e orientação dos passageiros. Em situações programadas é possível discutir e organizar as ações de forma prévia.

Entretanto, em situações emergenciais todo o roteiro precisa estar em mente. O que fazer, onde fazer e como fazer. Neste sentido, o exercício contribui para a melhoria do atendimento nas situações de adversidade operacional

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