Se não houver imprevistos, o contrato de concessão do Trem Intercidades Eixo Norte (São Paulo-Campinas) deverá ser assinado no dia 29 de maio, uma quarta-feira.
A previsão foi feita pelo presidente da CPTM, Pedro Moro, em encontro com funcionários, cujo áudio foi obtido por este site.
“[O contrato] deve ser assinado agora no dia 29“, explicou o executivo, que comentou sobre o grupo que assumirá não só o serviço de trens expressos e intermetropolitanos, mas também a Linha 7-Rubi, operada hoje pela CPTM.
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A C2 Mobilidade Sobre Trilhos foi a única participante do leilão realizado pelo governo do estado em fevereiro. Ela é formada pelo Grupo Comporte, liderado pela família Constantino, também dona da companhia aérea Gol, e pela chinesa CRRC, que atua em diversos ramos do setor ferroviário.
A novidade em relação a esse contrato é que a C2 terá um período de seis meses para se preparar para a transição, uma espécie de “carência”, como explicou Moro.
Operação independente no final de 2025
Isso fornecerá tempo suficiente para que a concessionária tome conhecimento da infraestrutura que irá herdar antes do período de transição.
Essa fase também mudou em vista dos problemas enfrentados pela ViaMobilidade com as linhas 8 e 9.
Serão 12 meses – e não sete – para que a C2 assuma por completo a Linha 7-Rubi das mãos da CPTM. Como explicamos, a companhia do estado também poderá apoiar com seus funcionários a operação inicial da C2, que ressarcirá o estado pela “ajuda”.
Portanto, a futura concessionária deverá ficar à frente do ramal de trens metropolitanos a partir de dezembro de 2025. Até lá haverá o repasse dos 30 trens da Série 9500 além do fim do Serviço 710, que hoje une a operação das linhas 7 e 10-Turquesa.
Só lembrando que pela minuta do contrato a concessionária irá receber uma parcela fixa e não uma tarifa de remuneração por passageiro transportado.
Ou seja, independentement da qualidade do serviço, transportanto gente ou não, a concessionária irá receber do governo uma contraprestação pecuniária com valor fixo.
Vcs acham q a concessionária vai querer saber de prestar um serviço de qualidade se ela já tem garantido 90% da receita???
Qualquer modelo de gestão do transporte público há paradoxos, é praticamente impossível escapar disso. Ao meu ver, o modelo de concessão adotado especificamente para os trens intercidades é o melhor, mas não o contrato em si. Creio que não há necessidades da gestão pública deste sistema diferentemente do sistema metropolitano que jamais deveria ficar 100% na mão da inciativa privada.