A operação das linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda da ViaMobilidade dá sinais de melhoras, mais ainda não conseguiu convencer os passageiros de sua qualidade.
A concessionária atingiu seu melhor resultado em mais de dois anos de operação, porém a percepção dos usuários não reflete isso. O site fez uma análise preliminar dos dados de desempenho dos primeiros meses de 2024.
Vale ressaltar que os dados expostos são oficiais e emitidos pela Secretaria de Parcerias em Investimentos (SPI).
Melhorias de desempenho
Nos primeiros meses do ano a concessionária manteve um nível mais alto no Coeficiente de Mensuração do Desempenho da Concessão (CMD). Nos últimos três meses de 2023 os valores giravam na casa dos 82% de eficiência.
Em 2024 a tendência se manteve, incluindo o recorde de melhor resultado da ViaMobilidade em mais de dois anos de concessão. Em abril a concessionária obteve CMD de 0,92 pontos. O coeficiente vai de 0 (muito ruim) até 1 (muito bom).
Especificamente neste mês a concessionária atingiu nota máxima em todos os indicadores de qualidade mostrando, por meio de dados oficiais, que a operadora tem melhorado.
Falta de confiança do passageiro
Apesar das notícias positivas para a concessionária, a ViaMobilidade ainda não pode comemorar. Durante o 5º semestre consecutivo a empresa teve nota zero no Índice de Satisfação do Passageiro (ISP).
O resultado se acumula com as pesquisas realizadas nos anos de 2022 e 2023. Veja o resultados das outras pesquisas:
- Nota Zero de Satisfação das Linha 8 e 9 no 1º Semestre/22
- Nota Zero de Satisfação das Linha 8 e 9 no 2º Semestre/22
- Nota Zero de Satisfação das Linha 8 e 9 no 1º Semestre/23
- Nota Zero de Satisfação das Linha 8 e 9 no 2º Semestre/23
Os dados que o site obteve mostram que tanto na Linha 8-Diamante como na Linha 9-Esmeralda os passageiros desaprovam a operação privada.
Os dados ainda são preliminares e deverão ser alvo de análise profunda pelo site no futuro, mas, para que a concessionária possa pontuar é necessário se atingir um nível mínimo de satisfação, algo que não ocorreu.
A pesquisa de satisfação avalia muitas informações como qualidade das instalações, lotação dos trens, tempo de espera, segurança e acessibilidade. Na tabela abaixo pode-se observar que o índice IQM (manutenção) teve pontuação máxima. Já o IQS (Operação) teve todos os indicadores perfeitos, exceto o índice de satisfação do passageiro, que zerou novamente.
Para melhor compreender os dados da tabela recomendamos os artigos onde abordamos a qualidade da operação e qualidade da manutenção
Conclusão
A ViaMobilidade conseguiu fazer algo que parecia muito distante antes da concessão, arruinar a imagem de eficiência da operação privada sobre trilhos em São Paulo, vista em outros ramais.
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Essa mácula em sua imagem é fruto de diversas questões. Um começo desastroso, um gerenciamento de crise questionável e pouca aproximação com os passageiros, que se sentem muitas vezes decepcionados, quando não indignados pela operação aquém do esperado.
Mesmo que os bilhões de reais de investimentos sejam divulgados de forma ampla, o passageiro ainda não sentiu de fato tantas melhorias.
Talvez seja questão de tempo para reverter esse quadro, mas até aqui a ViaMobilidade continua devendo.
A qualidade será alcançada somente quando for percebida pelos usuários, até lá são apenas números que não tem significado algum. Eu, como usuário da linha 8, posso afirmar, o serviço prestado ao usuário é horrível, trens atrasados, lotados, sujos, com portas que não abrem, trens lentos, sem horário previsível, ou seja, tudo o que um sistema ferroviário não deveria apresentar.
Outro dia viajei pela Linha 8 , concordo com os demais passageiros , o serviço poderia ser melhor , e olha que o vagão não estava cheio, surpresa foram algumas estações sendo modernizadas enfim, a ida na estação Barra Funda foi boa , porem a volta demorou muito tempo.
É justo falar que as outras operadoras privadas são nas Linhas 4 e 5, as mais modernas do sistema.
Só quando as linhas 1, 2 e 3 estiverem em plena operação privada é que será possível julgar se a viamobilidade 8 e 9 é realmente ruim (apesar de ser o mesmo grupo da 4 e 5) ou se privatizar linhas velhas é que é o problema.
Infelizmente, para confirmar isso, teremos que testemunhar a possível destruição da trindade clássica do Metrô.
N precisamos confirmar nada, já temos confirmação, a L5 tem baixa menos da metade da demanda da L1 e L3 e o mesmo perfil pendular, a L8 e L9 tem o mesmo perfil de todas as outras linhas da cptm e n vemos reclamações crônicas na operação, L4 recebe mto dinheiro pra rodar pouco e transportar mto na única linha com demanda distribuída do sistema, a L4 n é exemplo de qualidade pra nenhuma outra linha, nenhuma outra linha tem perfil semelhante ao da L4, talvez só a L1 teria esse perfil se fosse do Tietê a Santa Cruz somente, então n precisamos de mais fatos, já temos o suficiente, o metrô e a cptm operam melhor por menos subsídio, essas poucas modernizações n justificam a destruição das empresas q construíram e recuperaram sistemas velhos
Tirar 100% em todos quesitos e 0% na avaliação do passageiro mostra que tem algo muito errado com esses quesitos… não tem como tudo estar perfeito e o passageiro dar nota ZERO.
Mas pelo menos a Via Mobilidade construiu uma quadra kkk
Problemas resolvidos.
Essa é a diferença entre uma pesquisa independente e a pesquisa comprada pela CPTM que lhe atribui aprovação de quase 90%.
Se a CPTM passasse por uma pesquisa independente, os resultados seriam os mesmos.
Isso também demonstra que a população é facilmente manipulável e não sabe o que deseja. A imprensa, alguns partidos políticos e o MP criaram a imagem que a concessão é ruim e martelam isso diariamente na mente da população.
Se fizessem isso com a estatais, o resultado seria o mesmo.
so o Ivo não é manipulado, parabéns Ivo
“A imprensa, alguns partidos políticos e o MP criaram a imagem que a concessão é ruim e martelam isso diariamente na mente da população.”
errado, a imagem ruim da concessão é da própria concessionária, que sequer tem capacidade de limpar um trem. quem dirá o resto
A CPTM contratou uma empresa terceirizada para limpar trens em Presidente Altino.
Em 2012 o Lavador de trens de Presidente Altino foi desativado por problemas técnicos (falhas no projeto hidráulico existentes desde sua instalação). A CPTM preferiu pagar mais caro para colocar 50 pessoas para lavar os trens manualmente em um trabalho lento, perigoso, que desperdiçava água e despejava água suja com resíduos poluentes na rede da Sabesp. Como a CPTM alugava 36 trens Série 8000 da CAF e usava apenas 20 (no pico), deixava 16 trens sem uso e podia deixar trens sujos no pátio para aguardar a lavagem manual. Isso dava a impressão que a CPTM lavava frequentemente seus trens.
Posteriormente a CPTM contratou um consórcio de empresas para reconstruir o lavador de Presidente Altino. Coincidentemente uma das empresas do consórcio era a mesma que ofertava o serviço de lavagem manual dos trens. Após análise do TCE-SP, o contrato foi considerado irregular e acabou cancelado pela CPTM e o lavador ficou desativado e abandonado até recentemente quando a ViaMobilidade iniciou sua reconstrução.
Diferente da CPTM, a empresa privada não desperdiça recursos (e não gastaria rios de dinheiro para contratar uma ineficiente e dispendiosa lavagem manual de trens). E com a ação tresloucada do MP (que exige obras de escolas e parques da concessionária), os recursos de investimento da concessão se tornaram cada vez mais contados.
você não tem vergonha de mentir não, Ivo?
que há um contrato mal explicado de limpeza com a tejofran da família Covas, isso é um fato. isso mostra que quanto mais concessão e terceirização, mais gastos públicos e mais dinheiro que somem na nuvem da corrupção.
agora a questão da água, a mesma é realizada com água de reuso. tem um sistema de aproveitamento da água tanto de chuva quanto dá própria limpeza dos trens. vc que se julga bem informado de tudo deveria saber disso.
outra mentira: todos os trens da CPTM passam por limpeza, tanto a limpeza entre viagens, quanto limpeza após as revisões, assim como a lavagem no lavador. isso não era só para o 8000, era para todas as séries de trens que rodavam nas linhas 8 e 9 na época da CPTM.
o que a CCR faz é reduzir e maximizar lucros. e não cumpre o que determina o edital que é manter a limpeza dos trens
o que vc chama de ação transloucada do ministério público, foi um TAC proposto pela própria CCR para que não houvesse multa e cessasse qualquer medida de caducidade da concessão. e que até agora não saiu do papel. ou seja, a operação continua ruim, nenhuma multa foi paga, e a contrapartida da CCR até agora nada.
e por último, vc vai insistir até quando com essa história de trens emprestados? emprestado são os trens que estão com a CCR e estão com cronograma atrasado de devolução, sem qualquer multa.
você deveria sentir vergonha de defender um contrato lesivo ao estado e um serviço precário ao cidadão. ontem mais uma interrupção no serviço com trem as escuras que nem luz de emergência funciona. trens sujos, portas isoladas, ar condicionado que não funciona, a volta dos surfistas ferroviários, estação sem escadas rolante funcionando, e vc defendendo o serviço. deve estar ganhando o seu dinheiro com essa concessão macabra.
Ivo só sabe mentir, pego a L8 desde q me entendo por gente, sempre era visto pessoas limpando os trens nos pontos finais enquanto n saiam, limpezas simples mas q faziam a diferença, hj n se vê mais essa limpeza, mesmo os trens novos com menos de 1 ano de vida já estão sujos e encardadidos, e n adianta dizer q isso é culpa do passageiro, transportar milhares de pessoas por dia n gera limpeza, sujeira sempre vai surgir e é papel da mantenedora mantê-los limpos pro uso novamente, isso pq nem falamos da falta de manutenção e portar emperradas até menos nos série 8900
O lavador de Presidente Altino não tem sistema de reúso de água (não existia esse conceito em 1986 quando a máquina foi instalada), razão pela qual está interditado desde 2012.
Segundo a própria CPTM, o único lugar com sistema de reúso de água era a oficina de trens de Presidente Altino que captava água da chuva para um reservatório. Essa água era usada para regar plantas e lavar pisos. Depois do uso, essa água ia para a rede de esgoto cheia de resíduos (só consultar o Relatório de Administração da CPTM 2016, página 57).
Todo trem lavado manualmente em Presidente Altino utilizava água da rede da Sabesp que depois era despejada com resíduos na rede de esgoto. Por isso, o contrato de concessão exigiu a reconstrução do lavador dentro da legislação vigente, o que inclui a construção de uma pequena ETE no Pátio (empreendimento 57 do Anexo IIA do Contrato de Concessão-Página 64).
Sei que para você é decepcionante, mas a realidade é que a CPTM nunca teve compromisso ambiental em Presidente Altino.
E lesivo ao estado foi investir R$ 20 bilhões em recursos na CPTM em 30 anos e a empresa não conseguir atingir um único item de qualidade (intervalo, reforma de estações, troca de frota, sinalização, energia) estipulado pela própria empresa.
perfeito 👏🏽👏🏽👏🏽
um inteligente pelo menos
parabéns pela visão abrangente.
via 8 e 9 estão melhorando, porém o modo corporativo utilizado vai sempre gerar insatisfação do usuário. A velocidade do trem na linha diamante está sempre muito baixa devido à reparos, integração da linha amarela e lilas encerra antes do encerramento dos trens. horário de manutenção começa às 22:00, faz todo sentido, tem menor movimento porém é horário de voltar para casa em dias de lazer. vamos ver o que acontece próximo ano que teoricamente vão andar na velocidade certa.
A confiança do cliente pode ser perdida rapidamente, mas é reconquistada vagarosamente.
Se a CPTM, após 30 anos de evolução na qualidade em relação à RFFSA, ainda não é reconhecida como metrô nem pelos clientes e nem pelo próprio governo, quem dirá a ViaMobilidade, que está operando há 2 anos e meio e ainda sofre para manter uma operação ininterrupta?
Ainda em 2010, a CPTM operava trens com a lataria marcada por tiros e piso remendado com madeira, mas com elevada taxa de confiabilidade técnica. A mesma coisa precisa ser feita na ViaMobilidade, focando em manter a confiabilidade do maquinário e da infraestrutura, mesmo que precise ignorar parcialmente critérios estéticos como varrição e capinagem.
Não precisa de reconhecimento para dizer se é ou não metrô, a qualidade da CPTM é absurda frente a vários metrô mundo a fora, basta viajar para
observar.
E uma coisa não anula a outra, é obrigatório manter uma infraestrutura impecável e uma limpeza básica para receber seus usuários que (Ora) são chamados de clientes.
Os trens da Viamobilidade fedem e a sujeira é visível.
Nem vômito eles limpam. Uma vez eu peguei um trem em presidente altino e tinha um vômito seco lá, coisa que já estava ali a horas e nada de limparem. Tirei foto, denunciei e ela veio responder 3 dias depois. É assim o serviço da empresa, mas se a gente reclama, nós que estamos reclamando por ”ideologia”.
Eu dei utilizar diariamente, muitos atrasos e demora entre as estações, fora a lotação excessiva só vai até a Barra Funda e quando volta pra Itapevi é mega lotado,ppis espera dois ou três composições chegarem da Estação Júlio Prestes.
Sempre muita reclamação de passageiros no vagão…muito difícil assim.
A concessão irresponsável e a toque de caixade Dória e seu então secretário deixou a concessionária a mercê de muitas pegadinhas da operação, trens em mau estado e falta de informação sobre a infraestrutura das vias.
Tudo isso demandou tempo e pesados adiantamentos de investimento, basicamente para o usuário ter o que já percebia ter com a CPTM.
A partir dos trens novos e da estabilização da ocorrência de problemas da operação a concessionária poderá se dedicar mais à experiência do usuário.
Não será fácil, porque melhoras efetivas de fato seriam estações novas/reconstruídas e redução dos intervalos entre trens com aumento da homogeneidade. Além do custo alto, boa parte disto sequer consta em contrato.
Continua péssimo, só quem não usa que elogia e fica forçando que está “evoluindo”.
Os trens estão sempre atrasados, sujos por dentro e por fora (sujos de pó, mostrando que não é só culpa do usuário), portas que não abrem, falta de agentes de segurança, trens velhos que quebram e ela insiste em deixar rodando (principalmente na 8), etc.
As linhas sofreram sim um retrocesso enorme com essa concessão e a VM não parece estar interessada em atingir pelo menos o nível que a CPTM tinha nelas.
Vai continuar recebendo nota meia boca, enquanto o serviço continuar péssimo desse jeito.
Quais os critérios dessa tal avaliação? Está muito questionável e parece mais algo pra forçar a ideia de que a privatização deu certo, mas só deu certo pros bolsos da empresa e do governador que deve ganhar uma comissão desse festival de aporte financeiro com consecutivos aumentos. Utilizo as duas linhas há 20 anos e nunca foi tão ruim. Muitas vezes até no final de semana as estações parecem que estão em horário de pico por conta de alguma falha que por mais simples que seja a empresa não tem capacidade de resolver. Só quem nunca pisou nesses trens defende isso.
Anderson, se utilizasse as linhas há 20 anos como alega, então ele gostava de usar trens abafados, com pulso remendado, com acidentes e quebras frequentes, estações velhas, sujas e sem acessibilidade.
Sim, 20 anos atrás a Linha 8 era assim. Se, para ele, a situação atual é a pior, isso significa que suas críticas são por pura birra com a concessão.