No dia em que o Metrô de São Paulo completou 50 anos da primeira viagem comercial oficial, o governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) publicou uma lista de projetos que estão em curso para expandir a malha metroviária nos próximos cinco anos.
Os empreendimentos são bastante conhecidos e todos tiveram início em gestões passadas afinal raramente algum projeto desse porte é concluído dentro de um mandato.
O texto da agência de notícias do governo traz uma afirmação equivocada ao afirmar que “de forma inédita, São Paulo tem três tatuzões trabalhando simultaneamente”.
Na verdade isso já ocorreu durante a implantação da Linha 5-Lilás, mas com um tatuzão duplo e dois singelos.
Os dados informados, que preveem “43 quilômetros e 19 estações” apenas nas linhas operadas pelo Metrô também é confuso.
Efetivamente hoje existem 8 km na Linha 2 e cerca de 4,6 km na Linha 15 – a Linha 17, embora sob responsabilidade da companhia, será operada pela ViaMobilidade.
De resto, há o trecho da Linha 2 até Guarulhos, que deverá ser executado num futuro próximo mas que não é citado no comunicado.
Na soma feita por este site, serão cerca de 43 km, mas somados os ramais da Linha 17 e da Linha 6, além das extensões das linhas 4 e 5, também sob gestão privada.
Esse pacote sobre trilhos acrescentará 38 estações apenas ao sistema “metroviário” dentro de cinco anos.
Siga o MetrôCPTM nas redes: WhatsApp | Facebook | LinkedIn | Youtube | Instagram | Twitter
A lista traz prazos de entrega, alguns plausíveis e outros ainda pouco precisos. Confira o que deve ser inaugurado até 2029:
Linha 17-Ouro – Fase prioritária – 2026 (primeiro semestre)
O projeto de metrô mais próximo de virar realidade, acreditem, é a Linha 17 de monotrilho. Com obras avançando, sistemas sendo implantados e trens a caminho, o ramal de 6,7 km deve abrir no primeiro semestre de 2026.
É uma data possível já que há tempo hábil para ao menos uma operação assistida.
Linha 6-Laranja – Primeira fase – 2026 e 2027
O governo repetiu a previsão de que vai abrir um trecho entre Brasilândia e Perdizes em 2026 e o restante do ramal, em 2027. Apesar da dedicação da Linha Uni e da Acciona nesse sentido, ainda se trata de um projeto que sofre com incertezas.
Em tese, a concessionária precisará em um prazo de dois anos concluir as escavações dos dois tatuzões, instalar a via permanente, concluir as estações e implantar os sistemas.
Além disso, os 22 trens da Alstom terão que chegar possivelmente ainda em 2025 e então darem início a testes e mais testes. E isso tem que ocorrer enquanto o impasse na estação 14 Bis-Saracura segue sem uma solução satisfatória.
Linha 2-Verde – primeiro trecho em 2027, segundo trecho em 2028
A extensão da Linha 2 até Penha teve um novo prazo divulgado, com a adição de mais um ano. A primeira perna de quatro estações agora é prevista para 2027.
Ela depende do avanço do tatuzão, que está no meio do caminho e então todo um trabalho de obras civis, acabamento, sistemas e testes. E ainda esperar pela fabricação dos primeiros trens da Frota R, cuja concorrência está marcada para ocorrer no dia 30 de setembro.
A companhia terá de conseguir equacionar tudo isso em apenas três anos para viabilizar a extensão até Vila Formosa. A segunda perna até Penha, agora marcada para 2028, depende da evolução da segunda, embora as obras estejam indo bem.
Linha 15-Prata – estações Boa Esperança, Jacu Pêssego e Ipiranga – 2027
Em tese, a Linha 15 parece caminhar nos eixos, sobretudo trecho da Avenida Ragueb Chohfi. Os problemas com a readequação do viário parecem resolvidos, as estações e o novo pátio estão surgindo e os trens chineses da Alstom a caminho.
A estação Ipiranga praticamente teve as obras recém começadas, mas há tempo para que tudo fique pronto dentro de três anos.
Linha 5-Lilás até Jardim Ângela – 2028
Aqui a aposta é toda na atual gestão que levou à frente o aditivo para que a ViaMobilidade projete a extensão de duas estações. Não é uma obra simples, com trechos elevados e subterrâneos, adição de trens e o desafio de custar um valor vantajoso para o estado.
Linha 4-Amarela até Taboão da Serra – 2029
É o prazo mais distante embora o governo banque o início das obras em dezembro. Também terá duas estações, uma delas fora da capital.
Outros projetos fora do horizonte
O governo também incluiu em seu texto as linhas 16-Violeta, 19-Celeste, 20-Rosa e 22-Marrom, mas que estão em estágios embrionários e dificilmente serão entregues mesmo que parcialmente nesta década.
Caso eu esteja enganado, por favor me corrijam…
A expansão da Linha 2–Verde deverá levar mais de 8 anos entre V. Prudente e Penha, que são 8 km apenas (ou seja, menos de 1 km/ano de avanço em média).
Que velocidade “incrível”!!!
Pior ainda a 1ª fase até V. Formosa: 4 km em 7 anos no mínimo (ou pouco mais de meros 500 m/ano).
Lamentável essa demora!!!
Por outro lado, a Linha 6–Laranja (uma obra mais complexa, sobretudo por conta do relevo da região e das profundidades) pode levar 7 anos (talvez 8?) para entregar 15 km. Portanto, cerca de 2 km/ano de evolução, que é o mínimo que se espera de progresso em uma obra de linha de metrô (seja nova ou expansão de uma já existente).
Espero que a Linha 2 entre Penha e Guarulhos demore bastante assim também como entre V. Prudente e Penha, para dar tempo de a Linha 19–Celeste (se cujas obras forem mais rápidas) ficar pronta antes ou no máximo junto.
Senão, vão levar a Linha 2 para Guarulhos para atender Guarulhos apenas, já que as integrações gratuitas (nos horários de pico) em Penha (com Linha 11) e Gabriela Mistral teriam de ser fechadas para evitar um colapso ainda maior na Linha 2, ou seja, não só por questão de “conforto” de superlotação, mas sobretudo por questão de segurança mesmo das pessoas.
E quanto à Linha 15–Prata, muito dificilmente a expansão até Ipiranga vai abrir em 2027. Provavelmente, deve abrir só em 2028, coincidindo com a Linha 2 na Penha; já que, indo somente até V. Formosa, pouca demanda será incrementada na Linha 2, e, por isso, a Estação V. Prudente desta linha, bem como a própria linha, ainda conseguem dar conta “sozinhas” de toda a demanda da Linha 15.
Se a Linha 15 abrir em Ipiranga em 2027, será nos últimos dias do ano em operação restrita/assistida apenas.
Em op. comercial, só em 2028 mesmo, certamente!
Uma “solução” para a situação da superlotação da Linha Verde é dar prioridade pra um trecho “mais apertado” da Linha 19.
Eu não sei se isso é viável ou b*rrice da minha parte, mas pra agilizar a construção da L19 o tatuzão iria começar em Dutra com o objetivo de chegar em Silva Teles.
Completando esse trecho, de 9 das 15 estações planejadas, eles decidiriam o que fazer depois.
É aí que entra a expansão da Linha 4 – Amarela até Silva Teles, pois ela deveria ser o principal ponto de baldeação da Celeste com o resto do sistema.
É um erro essa expansão da Amarela não existir em nenhum plano, pois Anhangabaú; São Bento; Cerealistas e Dutra não serão adequadas para receber todo o enorme fluxo que virá da Zona Norte e Guarulhos.
Conectar uma Linha CPTM-L1-L3-L6-L2-L16-L20-L9 com uma linha CPTM-L1-L3-L6-L2-L16-L20-L9?
Oi?
Por que esta insistência em começar uma linha partindo do zero se na prática pelos padrões brasileiros demorara mais de vinte anos, ou seja na metade da década de quarenta!?
De acordo com dados da CPTM e ViaMobilidade, o Mobilidade Estadão, e publicados na Revista Ferroviária ranqueou as sete linhas de trem de São Paulo, demonstrando qual transporta mais passageiros.
Em primeiro lugar das procedentes do Alto Tietê, a Linha 11-Coral é campeã em movimento, com 516 mil viajantes que fazem o trecho entre a Luz e estação Estudantes.
Em último lugar, a linha de trem com menos movimento é a 13-Jade, que transporta passageiros da Estação Engenheiro Goulart até o Aeroporto de Guarulhos. Em julho de 2024 essa via contabilizou uma média de 22,7 mil passageiros nos dias úteis, ou seja 22 vezes menor, esta discrepância de usuários significa um total falta de planejamento, uma vez que fizer sua expansão até Guarulhos, é comprovadamente mais vantajosa tanto economicamente como em agilidade do que começar uma linha do Zero, além dos materiais rodantes disponíveis ela poderá estar pronta muito antes da chegada da Linha-2 Verde.
Pra atender uma grande demanda, pra dar opção para os usuários de Guarulhos e pra não sobrecarregar a Linha 2 além da conta como já foi dito milhões de vezes tanto pelo site quanto pelas pessoas que comentam aqui, das quais você vive insistindo que “dá conta sozinha”.
E outra, sempre tiveram obras em conjunto na metrópole, Linha 2 começou a ser construída quando a Linha 3 estava sendo finalizada, a expansão das Linhas 1 e 2 rumo Tucuruvi e Vila Madalena foram feitas na mesma época da construção do Expresso Leste e da Linha 5, com a Linha 4 e a expansão da 2 sentido Sacomã vindo logo depois. Tanto Linha 17 quanto Linha 6 ficaram paradas por anos pelo abandono das construtoras originais… Menos, Leoni. Linha 19 é necessária pra ontem.
Ele prometeu 43 km???
Eu prometo 243 km!!!
Votem em mim! Vou “lutar por vocês”!!!
PS: brincadeirinha….
Quase apertei aqui no “Report comment”… 😉
você promete 243?
eu prometo 666km!
vote em mim! não nele!
Você tem toda razão Victor M.
E não falta dinheiro para esses 8 km. da linha 2 Verde, até a Penha. Não tem problemas com desapropriação, com equipamentos, com nada.
O que Falta é comprometimento do governo estadual. Está empurrando a licitação dos novos trens, agora marcada para 30 de setembro se não atrasarem, sem motivos reais, mais uma vez (após assinado contrato, 2 anos para entrega).
Enfim, Qdo não há interesse da administração, Nada acontece.
Obs. Mas, divulgar projetos e mais projetos de expansão da rede metroviaria e ferroviária intercidades é sem parar. Gasta-se muito dinheiro e de concreto nso entrega nada além de projetos. E o povo achando que terão linhas de metrô perto de suas casas, igual a “ouro de tolo”. Em 4 anos de governo não conseguirá entregar 4 km de metrô até Vila Formosa, já iniciada em 2020, o que esperar?
Eu gostaria de entender como o custo para a expansão da L2 até a Dutra, tendo somente 8km custará praticamente o mesmo que a L6 inteira que tem o dobro da extensão.
Em matéria neste site de 10/9/24 “Governo prevê ‘prejuízo’ com operadoras privadas de trens entre 2026 e 2028”!?
Lá o atual secretário Benini tentou postergar e omitiu uma situação que já está ocorrendo atualmente, e não quando findar o cargo que inclusive já havia sido previsto por este site em anos passados entre outros que recursos oriundos das tarifas e câmara de compensação não seriam suficientes para cobrir os crescentes rombos financeiros que o Estado deveriam às concessionárias.
De acordo com os dados foram fornecidos pelo Ministério da Fazenda, via Lei de Acesso à Informação (LAI), o Estado em péssima situação financeira e ainda segundo o portal “Metrópoles”, na liderança ascendente como maior devedor está São Paulo, com cerca de R$ 281 bilhões, que corresponde a 1/3 das dívidas totais estaduais com União, seguido do Rio de Janeiro, com R$ 160 bilhões, Minas Gerais, R$ 147,9 bilhões, e Rio Grande do Sul, R$ 95,2 bilhões.
Como dito em um comentário acima, acho que é um erro não expandir em outras pontas tanto a linha 4 (amarela) quanto a linha 5 (lilás), num coeficiente mais amplo.
Se realmente houver uma sobrecarga de passageiros vinda de Guarulhos origem Dutra, é cabível estudar a expansão destas duas linhas até a estação Vila Maria, onde a linha 19 se conectaria com as linhas 4 e 5, dando vazão ao fluxo e distribuindo na própria Zona Norte passageiros que se dirijam ao Centro e regiões de Pinheiros, Moema, Paulista e Santo Amaro.
Em um estudo feito em um determinado momento num dos mapas “horizonte 2030” divulgados, umas das expansões da linha 5 depois de São Carlos era justamente até a estação Bresser-Mooca, podendo ser também até o Belém (pontos que podem receber passageiros e desafogar a linha 3, e não no Tatuapé, que recebe já outras linhas). Quanto mais conexões, melhor para o passageiro poder escolher onde efetuar a baldeação de sua viagem.
O estudo de possível expansão da Linha 5–Lilás até a Estação Bresser-Mooca foi, inteligentemente, descartado.
Nesse cenário, a Linha 5 ajudaria muito mais a Linha 3 do que a Linha 2.
Porém, após a chegada da L2 à Penha, quem vai estar com “água no nariz” (ou talvez já “na testa”) será a L2, e não mais a L3.
Portanto, nesse futuro cenário, o foco terá de ser desafogar a L2 (e não mais a L3, que já estará desafogada).