Prefeitura de São Paulo prevê VLT em funcionamento até 2027

Cada linha do “Bonde São Paulo” deverá ter 6 km cada e 27 paradas e abrangerá grande parte da região central da cidade
Projeção do "Bonde São Paulo" na Rua José Paulino (Jean Carlos)
Projeção do “Bonde São Paulo” na Rua José Paulino (Jean Carlos)

A cidade de São Paulo deve ter até 2027 duas linhas de VLT em funcionamento na região central. Os traçados preveem que as linhas passem por regiões comerciais como 25 de Março, Bom Retiro e Brás.

“O VLT não é um plano de mobilidade, é um catalisador da economia do Centro de São Paulo”, disse Rafael Barreto da Cruz, diretor de Desenvolvimento Urbano da SP Urbanismo.

O projeto, conhecido como “Bonde São Paulo”, foi apresentado esta semana na 30ª Semana de Tecnologia Metroferroviária

Parada ao lado do Largo do Paissandu
Parada ao lado do Largo do Paissandu

O custo total deve ficar em torno de R$ 4 bilhões e o projeto deve ser feito por meio de uma PPP (Parceria Público Privada). De acordo com a Prefeitura de São Paulo, a gestão já receber sinal verde para captar R$ 1,4 bilhão através do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

Atualmente a Prefeitura se dedica a elaboração de um anteprojeto que deve ser finalizado até fevereiro de 2025.

12 km de extensão e duas linhas

As duas linhas previstas terão 6 km cada e 27 paradas, das quais 13 distribuídas em cada uma das direções com uma conexão na avenida São João.

A primeira linha, denominada “Vermelha”, terá circulação em um único sentido, seguirá pela São João até a Avenida Duque de Caxias, onde fará uma curva à direita no sentido da Estação Júlio Prestes.

As duas linhas de VLT circularão no centro histórico
As duas linhas de VLT circularão no centro histórico

Depois seguirá ao bairro do Bom Retiro e a estação da Luz, tomando o caminho da avenida Cásper Líbero, passando pela rua Antônio de Godói até retornar ao Largo da Paissandu.

A segunda linha, “Azul”, terá circulação ida e volta, com mesmo ponto de partida, passará em frente a estação República e virando à esquerda na rua da Consolação até a Praça Dom José Gaspar.

Dali acessará os viadutos Nove de Julho e Jacareí e a rua Maria Paula, próximo ao terminal de ônibus da Praça da Bandeira. Mais à frente, a linha passará pelo Viaduto Dona Paulina, Praça João Mendes e então acessará a rua Anita Garibaldi, ao lado da Praça da Sé, no sentido Zona Leste.

Chegando a avenida Rangel Pestana, passará em seguida a avenida Prestes Maia passando em frente a estação São Bento, finalizando chegara a avenida São João.

O Centro de Controle Operacional e Manutenção será integrado com um complexo de uso misto
O Centro de Controle Operacional e Manutenção será integrado com um complexo de uso misto

Projeto Estratégico Prates

O centro operacional e de manutenção do VLT deve ser localizado na Rua Prates, na altura da Avenida do Estado, em um terreno hoje usado pela prefeitura para outras atividades.

Acima das instalações prevê-se um conjunto de uso misto, com moradias e equipamentos públicos dentro do “Projeto Estratégico Prates”.

Total
0
Shares
Antes de comentar, leia os termos de uso dos comentários, por favor
8 comments
  1. Alguém sabe qual é a vantagem de um VLT? Se ele ocupa uma via normal, não pode pegar velocidade alta como metrô. Ônibus podem desviar de obstáculos, VLT sim.
    Esse projeto pela “beleza” sai caro de construir e operar.
    Qual é a vantagem??

  2. Prazo irreal. O projeto ainda está no PMI, depois tem a fase de consulta pública e só depois vem o edital de licitação, isso leva muitos meses. Na melhor das hipóteses, a obra só começa no início de 2026.
    Porém, fico feliz de ver que é um projeto sólido, vai mudar a cara do centro.

  3. Antes do serviço entrar em operação, deve ser tratado prioritariamente a recuperação de imóveis e pontos turísticos nos entornos das linhas, caso contrário teremos um cenário pouco recuperado e com valores dos imóveis inflacionados, afastando ainda mais moradias populares e grandes comércios que se aglomeraram cada vez mais nos shoppings.

    E outra, ao invés de nomear como linha vermelha e azul, porque não usar linha A e B, já que nomenclaturas de letras foram descontinuadas no sistema e essa adoção de cores podem confundir os passageiros com as linhas 1 e 3.

  4. Este VLT será muito bem vindo, porém isso envolve bem mais do que a sua própria implantação. Não podemos esquecer do planejamento e revitalização das áreas atendidas. E também da readequação nos itinerários locais dos ônibus, a fim de garantir a necessária integração e complementaridade entre os modais, e evitar indesejaveis sobreposições e concorrências nos respectivos trajetos.
    Agora, essa promessa para 2027…sem chance!
    É fundamental que se determine um prazo de entrega, para qualquer obra que seja, desde que o prazo seja tecnicamente realista! Prazos fora da realidade só bagunçam o cronograma, e queimam a credibilidade da obra e da própria gestão que a realiza.

      1. Me refiro às linhas que vem de outros bairros para o Centro, ou que só passam pelo Centro, mas que são hoje também usadas por quem circula apenas pelo Centro.
        A função do VLT é tanto garantir uma circulação mais eficiente pelo Centro, quanto interligar Terminais de ônibus e Estações metrô-ferroviárias, alem de integrar linhas de ônibus com origem/destino em outros bairros.

Comments are closed.

Previous Post
Projeção da futura estação USP da Linha 22-Marrom

Veja onde ficará a estação do Metrô dentro do campus da USP

Next Post
Plataforma da estação Santa Marina já com piso tátil

Confira como está ficando a estação Santa Marina, a mais adiantada da Linha 6-Laranja

Related Posts