O governo do estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Parcerias em Investimentos, está trabalhando em rotas de trens intercidades para Franca e Marília.
As informações foram reveladas em documento sobre a implantação de trens turísticos no estado. O governo do estado delegou à Secretaria de Turismo e Viagens o estudo de rotas em traçados estudados pela SPI.
Algumas rotas já são conhecidas. O TIC Sorocaba-Campinas e Campinas-Ribeirão Preto foram anunciadas por intermédio do programa SP nos Trilhos.
A primeira rota terá função perimetral, integrando as duas cidades do interior com as cidades ao longo de seu trajeto. Ao todo cinco municípios serão atendidos. O segundo itinerário, entre Campinas e Ribeirão, passará por 14 municípios.
Duas novas rotas tiveram seus estudos confirmados por meio dos documentos. A primeira é a extensão da rota de Ribeirão Preto, fazendo com que os trens rápidos atinjam a região de Franca.
A segunda rota poderia ser considerada uma extensão do TIC Eixo Oeste, que liga Sorocaba até Marília.
A rota entre Ribeirão e Franca deverá passar por seis municípios da região nordeste do estado de São Paulo. O município de Franca possui mais de 350 mil habitantes.
Já o traçado até Marília deverá passar por 20 municípios, destacando-se Sorocaba, Botucatu, Bauru e o terminal Marília. Estas cidades somadas possuem 1,4 milhão de habitantes.
O governo do estado ainda avalia extensões de trechos que estão em fase avançada de estudos. Destacam-se a extensão leste de São José dos Campos para Taubaté e a extensão norte de Campinas para Araraquara.
Cabe citar que os planos de expansão da rede ferroviária paulista de trens de passageiros estão apenas em estudos. Não existem prazos para a implantação dos serviços.
A atual prioridade do governo é tirar do papel as rotas prioritárias partindo de São Paulo para Campinas, Sorocaba, Santos e São José dos Campos.
Interior de SP é rico, merece transporte de qualidade.
Projetos são bons (expectativas). Tirar do papel é que demonstra Boa Administração (realidade). Se 4 km de metrô da linha 2 verde tem “promessa” (pois já passou de 2026 para 2027), de entrega no final de 2027. A compra de 42 trens para o metrô, a licitação já foi cancelada algumas vezes e se arrasta por 2 anos, imagine tirar do “papel” Todos esses projetos que não foca em nada especificamente. Final de governo, é “N” projetos de trens e metrôs que te ilude. Realização, início de obras, até agora nada de novo (metrô linhas 15, 17, 2 e Rodoanel Norte, todos já estav assim em andamento adiantado). Descobriu-se nova forma de governar: Projetos. E daí a máxima: “De ilusão também se vive”.
O grande problema é que esses estudos projetam, num primeiro momento, serem mais a ressuscitar antigas linhas do que qualquer coisa é só por isso já esbarram em um grande problema: hoje muitos dos trechos (não todos) são utilizados por trens de carga, ou seja, necessitariam de uma autorização não só do governo federal como também da concessionária do trecho e nesta última que eu vejo o maior problema, pois ninguém vai querer trem de passageiro atrapalhando suas operações de carga (lembrando que o trem de passageiros tem por lei preferência de passagem sobre o trem de carga). Então um projeto construindo uma linha paralela ou do zero para locais com média demanda exigiria muita vontade política e dinheiro e com certeza se for numa ideia de uma concessão ou PPP seria quase que o governo injetando dinheiro a todo momento só para manter a operação.
Enfim, a necessidade é enorme, mas creio que o governo poderia começar com metas menores como deslocamentos locais por VLT e aos poucos ir avaliando essa expansão e integração entre as cidades por serviços de média e longa distância.