Novas estações da Linha 13-Jade podem mudar de local ou serem suprimidas

Segundo avaliação do governo, Jardim dos Eucaliptos poderia ser retirada da concessão das linhas 11, 12 e 13. Estação São João tem alternativa a oeste para evitar desapropriações e custos maiores
Trem da Linha 13-Jade (Jean Carlos)
Trem da Linha 13-Jade (Jean Carlos)

A futura concessionária das linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade poderá se deparar com algumas decisões difíceis em relação a duas novas estações, Jardim dos Eucaliptos e São João.

Previstas para a extensão da Linha 13 até Bonsucesso, as duas paradas serão construídas após a estação Aeroporto Guarulhos e contornam as cercanias do terminal aéreo.

No entanto, segundo um documento ao qual o site teve acesso, o governo pretende mudar o projeto de ambas em virtude de algumas interferências e dificuldades.

A estação Jardim dos Eucaliptos, localizada a cerca de 1.200 metros da estação Aeroporto Guarulhos, é prevista em um terreno onde foi erguido um novo galpão.

Por essa razão, a Secretaria de Parcerias em Investimentos propôs um novo traçado para o ramal posicionado mais a leste.

Alternativa para a futura estação Jardim dos Eucaliptos
Alternativa para a futura estação Jardim dos Eucaliptos

Estação mais a oeste e semienterrada

Já a estação São João passa por questões mais complexas. Originalmente, o plano é que ela seja subterrânea, localizada na avenida Marcial Lourenço Serôdio.

Como o bairro fica em um região elevada, será preciso escavar um túnel, mas diante da falta de gabarito vertical suficiente, não haverá possibilidade de transposição direta entre os dois lados da avenida.

Relevo acidentado pode motivar mudança de lugar para a estação São João
Relevo acidentado pode motivar mudança de lugar para a estação São João

A solução alternativa sugerida é que a estação São João seja deslocada para oeste, onde poderá ser semienterrada – lembrando que as vias serão elevadas antes de chegar ao local.

Além de um custo menor, a nova localização permitiria a implantação de uma baia para ônibus e não afetaria a demanda prevista.

Nova área para a estação São João ficaria a oeste
Nova área para a estação São João ficaria a oeste

Possível supressão no projeto

Entretanto, o governo avalia a possibilidade de contingenciamento no projeto de expansão da Linha 13 e que nessa hipótese, a estação Jardim dos Eucaliptos seria suprimida.

Um dos motivos é a proximidade com a estação Aeroporto e a baixa demanda prevista. Os potenciais usuários poderiam chegar ao ramal por ônibus em percurso de cerca de 15 minutos.

Extensão da Linha 13-Jade para Bonsucesso (Jean Carlos)
Extensão da Linha 13-Jade para Bonsucesso (Jean Carlos)

Os estudos que determinarão de fato como será a extensão até Bonsucesso prosseguem e há ainda muito tempo para que mudanças possam ocorrer, sejam elas positivas ou negativas.

A concessão das linhas 11, 12 e 13, o chamado “Lote Alto Tietê”, terá o edital publicado nos próximos dias e o leilão deverá ser marcado para 27 de março de 2025.

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17 comments
  1. Devem entender melhor do que eu, mas não o que me peguei pensando foi: se fosse bairro de classe alta com pouca demanda, a hipótese de supressão da estação seria considerada?

  2. Por um lado, vejo como ruim suprimir Eucalipto quanto às possibilidades que a estação poderia ter para requalificar o entorno, e não só, sendo feita. Exemplo, uma nova estação lá poderia servir de hub para o Noroeste de GRU, 15 min a mais de onibus nem é tao pouca coisa não, quem disse isso não usa ônibus, posso presumir.

  3. Bom dia, prezado (a).
    O meu entendimento por ser morador do município de Guarulhos, a estação Jd. Eucaliptos não teria muita utilidade, pois, atenderia um público baixo e sobrecarregaria ainda mais a Avenida Natália Zarif onde já possui um transito ruim.
    Jd. São João, Pres. Dutra e Bonsucesso, há necessidade de ser contemplada, dois dos bairros citados há o terminal de ônibus e auxiliaria as vias dentro do município e as rodovias que cortam.

    1. Se a Avenida Natalia Zarif tem muito trânsito é porque tem muito tráfego e uma estação reduziria esse tráfego e consequentemente, o trânsito.

      1. Na verdade, estações não diminuem o tráfego local. Ocorre ao contrário até, pois gera tráfego com destino/origem nessas estações, inclusive carros de app (99 e Uber), os quais também costumam gerar trânsito.

        Se fosse assim, não haveria trânsito intenso na Radial Leste, por exemplo, nem na Cruzeiro do Sul, nem na Av. Jabaquara, nem na Paulista, nem na Dr. Arnaldo, nem na Heitor Penteado, nem sob o “Minhocão”, nem na Anhaia Mello… e assim por diante (etc.).

  4. Que ideia de girico deslocar a estação do centro do bairro e ao lado do terminal pras margens do bairro, essa concessões são o escárnio sem fim, decidem coisas absurdas em prol do senhor privado gastar menos e lucrar mais, o mesmo caso na L16 q cortaram parte essencial da linha pra reduzir custo

    1. Mas movendo a estação São João, é mais para manter a fluidez do bairro do que por ordem de concessionária, sendo que ainda não teve vencedor definido nessa concessão e bem normal mudanças no andamento do projeto como essas.

  5. Como morador de Guarulhos não vejo com futura baixa demanda a estação Jardim dos Eucaliptos. Na verdade facilitará a distribuição de embarque e desembarque de passageiros dividindo a demanda com a estação aeroporto pois essa região tem como característica grande adensamento urbano.

  6. Deveriam pensar em expandir esta linha até Arujá e a futura linha 19 celeste até o Parque Cecap para integrar com a linha 13 Jade

  7. Alguém duvidava que isso não ia acontecer? Na boa, goste ou não, essa é a diretriz do Tarcísio na área de mobilidade. Não adianta se iludir com esse plano ferroviário. Falar em suprimir a extensão para Bonsucesso beira a insanidade.
    Desculpem quem defende o atual governo, mas eles vão cortar tudo o que for possível sob alegações infundadas. No texto dessa matéria é citado que caso algumas estações sejam suprimidas, basta o passageiro pegar um ônibus que vai levar 15 minutos até o trecho existente. É mole? Afastar a estação São João do terminal de mesmo nome, impactando negativamente a integração modal é de uma burrada sem precedentes.
    Estive em uma das audiências públicas e quando foi questionado a não obrigação da construção de União de Vila Nova, alegaram que a estação teria uma demanda baixa e que não justifica o custo. Claro, quase 20 mil por dia é uma demanda baixa mesmo. Hipócritas!!
    Já não basta terem deixado a estação União de Vila Nova e o prolongamento para Parque da Mooca como investimento não obrigatório, agora estão avaliando a supressão do trecho para Bonsucesso também? Vocês acham mesmo que a extensão para César de Souza sairá, sabendo que, para isso, deverão ser suprimidas todas as PNs, negociar com a MRS (já que o trecho é uma concessão federal pertencente a ela) e duplicar a via? Não vai sair. Se estão lapidando projetos por uma suposta baixa demanda, então César de Souza não sairá, visto que nos documentos preliminares da concessão fala em uma demanda de 2 mil por dia.
    Agora pergunto: se estão retirando todos esses projetos, qual a razão da concessão??? Porque até agora justificaram a concessão para viabilizar todas essas obras. Mas se estão retirando, não há razão para conceder.
    Repito: a decisão de concessão é ideológica e nada além disso. Nada além!!!
    E você que defende a boa mobilidade e, ao mesmo tempo, as concessões, se posicione contra esse absurdo. Não seja capacho da gestão Tarcísio . Se é para conceder, que mantenham todos os projetos. A população aguarda esperançosamente a expansão da rede sobre trilhos.
    Lembrando que caso esse trecho seja suprimido, vai impactar na futura Linha 14, que terá conexão em Bonsucesso.

    1. Desde 1999, pelo menos, se fala na concessão das linhas de trem metropolitano na Grande São Paulo.

      Será que nesses anos todos, os defensores da estatal não conseguiram elaborar argumentos melhores que esses acima para defender o modelo estatal?

      Enquanto os defensores da estatal se fecharam em si mesmos, criando um abismo entre eles e a população, os políticos conseguiram vender a ideia da concessão até ela se tornar palatável para a maioria, que vota em candidatos defensores das concessões.

      Ao invés de falar em ideologia, os defensores da estatal deveriam se atentar ao mundo real:

      qual é o custo disso? estatal e privada

      aonde fizeram concessão, a vida melhorou?

      Se estatal é tão boa assim, por qual motivo não melhoraram o transporte (mesmo com dinheiro na mão, a CPTM fracassou)?

      Como acreditar novamente na estatal que descumpre prazos, projetos, etc?

      Apostar na ideologia, chamar as concessões de feias, bobas e malvadas não está funcionando.

      1. E você, Ivo? Consegue elaborar um comentário melhor do que falar do que foi ou não feito pela estatal ou empresa privada no passado? Você consegue raciocinar para além da sua bolha?
        O seu argumento se mostrar extremamente frágil e fraco quando você não limita a comentar sobre o assunto do artigo. A matéria é bem clara ao dizer que a extensão para Bonsucesso pode não sair, sabendo que essa foi a promessa para justificar a concessão. E o que você diz?
        Sobre as perguntas que você faz, todas elas já foram respondidas, mas a sua necessidade de acreditar em seus próprios devaneios ou de ter munição contra aqueles que pensam diferente de você, o faz ignorar o óbvio.
        Mas vá lá, meu caro. Defenda as concessões com todo o louvor possível. Quem um dia você tenha razão.

        1. Quando se cobra racionalidade aos funcionários, sindicalistas e defensores da CPTM, eles apelam para ideologia, paixão, louvor e outras coisas que não comovem ninguém.

          Os funcionários da CPTM sempre ignoraram a população, agora querem o apoio dela.

          Querem apoio da população, então apresentem propostas reais, que atendam ao interesse da população.

          Se os sindicatos fossem inteligentes, teriam contratado um estudo capaz de provar que mantendo os trens estatais, a passagem poderia baixar ou até ser “passe livre”.

  8. Fiz estágio na STM no final da década de 1990, época do PITU 2020, e a história se repete 25 anos depois: demoram tanto para ao menos desapropriar os locais onde serão as estações que aparece no local um galpão, um conjunto de prédios residenciais, um shopping center… aí da-lhe refazer o projeto, claro, financiado por um gordo aditivo contratual…

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